RS: baixa adesão à IN 51 é preocupante
Os produtores gaúchos de leite precisam correr contra o tempo para se enquadrarem às novas regras de qualidade previstas na IN 51 e que entram totalmente em vigor em 1 de janeiro de 2011. Segundo o professor e coordenador do Serviço de Análises de Rebanhos Leiteiros (Sarle) da UPF, Carlos Bondan, apenas 10% dos produtores de leite gaúchos atendem à exigência de presença de até 100 mil Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por ml de leite.
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Atualmente, o limite é de 750 mil unidades por ml. Metade dos produtores, acrescenta ele, também obtém produção com índice de sólidos não-gordurosos abaixo do nível de gordura desejado. "Precisamos de mais qualidade no leite seja por meio da adoção de manejo adequado, seja com raças que rendam melhores índices de sólidos", conclamou o professor no segundo dia do Avisulat durante o painel "Custos e Qualidade - Fator de Competitividade para a Cadeia Láctea".
O ganho de qualidade traz reflexo no bolso do criador e, consequentemente, estabilidade de abastecimento na indústria. Bondan reforça que as menores variações de contagem de células somáticas e bactérias estão exatamente nas empresas que dispõem de diferenciais de remuneração e fomento a produtores.
Equalizar qualidade e custos na busca pelo equilíbrio econômico foi o desafio feito pelo consultor Christiano Nascif. "O produtor precisa pensar no conceito de empresa rural." Ele recomenda que se avalie aumento de produtividade com olhos nos custos e nos riscos da atividade. De acordo com Nascif, o segredo para a lucrar está em buscar a relação mais vantajosa entre capital imobilizado e produção.
A matéria é de Carolina Jardine, publicada no Correio do Povo (RS), resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL - ESTUDANTE
EM 10/01/2011
alguém pode me explicar isso??
sólidos não-gordurosos ( PROTEÍNAS, SAIS MINERAIS), o que tem a ver com os níveis de gordura no leite?
abraço
me corrijam se estiver errado....
joão luis

RAUL SOARES - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 25/11/2010
Em meu ponto de vista, acho que o produtor não tinha que esperar entrar em vigor uma normativa que obrigasse a produzir leite de qualidade, na verdade sou novo na área mais meu pai me contava muita história de antigamente de quando os produtores viajavam no lombo de burros e mulas até a cidade, hoje não, todos tem no mínimo uma moto nova na garagem, uma televisão, uma geladeira e por ai vai, o que eu quero dizer é que se o produtor acompanhou a tecnologia dentro de casa, porque isso não está sendo feito dentro de seu curral, ou dentro de sua propriedade?
As informações estão ai para serem levadas e aplicadas, assim como houve avanços na tecnologia em todas e diversas áreas, houve também para o campo, o que está faltando é o produtor abrir um pouco a cabeça e aceitar as mudanças.
Ao invés de se preocupar com preço de leite (que aqui entre nós, o que dita isto são os consumidores finais "mercado", e outra o nosso preço se não for o maior está entre os maiores de todo o mundo), preocupar-se em ter um técnico que o ajudasse a administrar seu patrimônio, e aplicar novas tecnologias.
Alguém já viu algum produtor de soja plantar soja na matraca?
As coisas evoluiram...
Podemos definir os produtores como extrativistas e não como produtores (produtores empresários que visa o lucro e não o carinho com a vaca mimosa que é a primeira vaquinha da fazenda e nem dente na boca existe mais), o empresário preocupa-se em intensificar, em ter o rebanho estabilizado e ter escala de produção, uma boa cria e recria de fêmeas e por ai vai, estamos em novos tempos, produtor que não fizer isto irá ficar fora do mercado.
A normativa 51 poderá ser bem aplicada, mais o que adianta fazer acontecer e não ter uma pessoa que vá até o produtor e mostre como aplicá-la em sua fazenda? Sozinho ele não fará isto.
Como já diz a linda canção: ´ é preciso a chuva para florir´.
Um grande abraço a todos.
COROMANDEL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 24/11/2010
Prefeituras têm suas Secretarias de Agricultura e Pecuária que de forma alguma fazem falta no caso de sua extinção; entretanto são compostas de cargos politicos onerosos e sem qualquer retorno em beneficios. Alguem esta querendo ser mais realista que o rei... prezo qualidade, mas a mão dupla é necessária: assistencia, remuneração, apoio...
NITERÓI - RIO DE JANEIRO
EM 23/11/2010
Eu espero realmente que a IN51 seja posta em prática e não vire uma daquelas portarias que não são cumpridas e ninguém é punido. Mas vamos observar também pelo lado do produtor que é muito mal remunerado pelo seu produto.
Outro dia lendo um comentário postado por um amigo em outro tópico, este falava do sistema de premiação pago pelas industrias para o leite produzido com qualidade, ou seja a premiação era zero o que existe é a redução do valor pago quando o leite não atinge a qualidade requerida pela industria.
Acho que o sistema de pagamento deveria atuar nas duas direções, pagando a mais pelo leite produzido com qualidade e penalizando o leite que não se enquadra nas especificações da industria, assim o produtor menos atencioso no quesito qualidade sentiria no bolso e iria procurar melhorar o seu produto para receber igual valor daqueles que tem preocupação constante com a qualidade do produto que vendem, e aqueles que já tem esta preocupação estariam recebendo um justo premio pelo seu esforço e iriam procurar continuamente manter-se no padrão que a industria requer.
Um grande abraço
ramon Benicio
TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL
EM 21/11/2010
UMIRIM - CEARÁ
EM 20/11/2010