RS: alta de preços no varejo não chega ao produtor

O preço do litro do leite longa vida ultrapassou a casa dos R$ 2,00 o litro no varejo no Rio Grande do Sul. Conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o valor varia de R$ 1,70 a R$ 2,10/litro. O impacto nas gôndolas gera reclamação no campo, já que os produtores alegam não terem recebido o mesmo repasse percentual.

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O preço do litro do leite longa vida ultrapassou a casa dos R$ 2,00 o litro no varejo no Rio Grande do Sul. Conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o valor varia de R$ 1,70 a R$ 2,10/litro. O impacto nas gôndolas gera reclamação no campo, já que os produtores alegam não terem recebido o mesmo repasse percentual.

Conforme o presidente da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul), Elton Weber, houve elevação ao produtor, mas em proporção menor. "O aumento nos supermercados é 40%, 50% acima do que para o agricultor. Hoje, 80% do leite consumido no Estado está de R$ 1,80 a R$ 2,10. E não precisaria passar de R$ 1,80".

Os supermercadistas, no entanto, afirmam que a elevação de preço repassada ao consumidor é menor do que a imposta pela indústria. Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, o varejo opera com margem de lucro de 10% a 15% no leite, mas quando vai ultrapassar os R$ 2,00, acaba absorvendo parte da elevação do custo. "Quando o preço está a R$ 1,90, por exemplo, e tem que subir para R$ 2,05, muitas vezes o supermercado opta por manter em R$ 1,99, porque o consumidor tem uma percepção de preço diferente quando passa de R$ 2,00".

Para Longo, os pecuaristas levam somente em consideração o preço do longa vida e se esquecem de produtos como iogurtes, que têm variação de preço diferente e para onde também é destinada parte do leite produzido.

O secretário executivo do Sindilat/RS (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos do Estado), Darlan Palharini, pondera que existe um período de ajuste até a elevação nas gôndolas chegar à indústria e ao agricultor, mas reconhece que, neste ano, o impacto da entressafra chegou ao consumidor mais cedo. "O mercado não se ajusta imediatamente. Existe um intervalo para que o aumento chegue ao produtor de até 30 dias." Segundo ele, com isso, o criador é beneficiado quando o movimento é de queda, pois a remuneração não sofre baixa imediata.

O tema está na pauta da reunião de hoje do Conseleite, que tem a participação de indústrias e produtores e ocorrerá em Anta Gorda/RS.

As informações são do Jornal Correio do Povo, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Eliseu Nardino
ELISEU NARDINO

MARIPÁ - PARANÁ

EM 23/04/2010

Parace brincadeira quando é pra subir contam uma história, e quando é pra baixar não dá nem tempo que a baixa vem, e vem sempre em vários centavos por vez.

Só uma pergunta a vocês do Rio Grande so Sul, quais são as maiores indústrias que captam leite no Estado?
Qual a sua dúvida hoje?