Em apoio ao projeto do novo Código Florestal brasileiro, do relator e deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP), produtores do Clube Amigos da Terra de Tupanciretã (CAT) se mobilizaram essa semana para pedir urgência na votação do documento. Produção de alimentos de forma ecologicamente correta em todos os biomas, uso econômico de modo sustentável e índice zero de averbação de Reserva Legal são apenas alguns dos pontos levantados pelos agricultores da região a favor do projeto.
Os produtores do Clube Amigos da Terra asseguram que o uso incorreto da Reserva Legal será um desastre ambiental, econômico e social, e que, por isso, a sustentabilidade deve englobar essas três vertentes. "Essa é a fórmula para que o Brasil possa cumprir sua função social", afirma Almir Rebelo, presidente do CAT.
"Nós, produtores de Tupanciretã, um dos polos agrícolas do país, acreditamos que é possível produzir mais e melhor, e de forma sustentável", aponta o agricultor. Para ele, a grande maioria dos agricultores já está de acordo e segue as regras para uma produção ambientalmente correta. "O projeto é mais do que necessário para propiciar um uso consolidado da área", acredita.
Para a entidade, a não aceitação do novo código será um desrespeito e uma afronta à democracia brasileira. "Apoiamos que o Ministério da Agricultura seja respeitado e ouvido para que possa incentivar a produção de alimentos de maneira sustentável. Não reconheceremos nem um tipo de substitutivo que não aceite o novo projeto", explica.
Deputado recebe prêmio Ambientalista de Ouro
O deputado Aldo Rebelo recebeu do CAT o prêmio Ambientalista de Ouro. "Nossa região é o maior polo de adoção do sistema do Plantio Direto na Palha no Brasil. Essa é a técnica de cultivo que causa menos impacto na natureza e nos orgulhamos por nosso pioneirismo", afirma Almir. "Vivemos da terra e, portanto, somos os maiores interessados na preservação do meio ambiente".
De acordo com o projeto de sua autoria, os pequenos produtores (com até quatro módulos rurais) serão dispensados da chamada Reserva Legal. Para os outros agricultores, a área de conservação comprometerá 20% da propriedade. Além disso, a redução passará de 30 para 15 metros junto às margens de rios e riachos, com o plantio de mudas de árvores e vegetação, para garantir proteção ao meio ambiente.
Documento elaborado pelo CAT e entregue ao deputado traz apoio a pontos importantes. Veja abaixo:
1) Pelo índice ZERO de averbação de Reserva Legal;
2) Pelo uso econômico de modo sustentável da Reserva Legal;
3) Pela produção de alimentos de forma sustentável em todos os biomas;
4) Pela manutenção das áreas de uso consolidado até julho/2008;
5) Pelo respeito à Lei na época de ocupação de áreas rurais;
6) Pelo pagamento dos serviços ambientais ao produtor rural;
7) Pelas mesmas exigências urgentes de sustentabilidade com o ambiente urbano;
8) Pelo reconhecimento da tecnologia do Plantio Direto na Palha com Biotecnologia como consolidação do uso sustentável de APPs e Reserva Legal;
9) Pelo reconhecimento da integração Lavoura/Pecuária como consolidação do uso sustentável de APPs e Reserva Legal;
10) Pela votação JÁ do projeto do Novo Código;
11) Pela aprovação do Novo Código sem ônus ao Produtor Rural;
Sobre o CAT
Fundado em 1989, o Clube Amigos da Terra de Tupanciretã é uma associação sem fins lucrativos em defesa do Plantio Direto na Palha e da biotecnologia, com o objetivo de desenvolver o agronegócio da região e compartilhar as melhores práticas de produção e manejo de lavouras. Possui 83 associados atuantes que representam 100 mil hectares e mais de 300 mil toneladas de grãos produzidos ao ano. Com cerca de 20 mil habitantes, o município gaúcho de Tupanciretã é um dos pioneiros do Brasil no plantio de soja transgênica. A região é considerada a "capital nacional da soja transgênica".
As informações são do CAT, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
RS: Agricultores apóiam novo Código Florestal
Em apoio ao projeto do novo Código Florestal brasileiro, do relator e deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP), produtores do Clube Amigos da Terra de Tupanciretã (CAT) se mobilizaram essa semana para pedir urgência na votação do documento. Produção de alimentos de forma ecologicamente correta em todos os biomas, uso econômico de modo sustentável e índice zero de averbação de Reserva Legal são apenas alguns dos pontos levantados pelos agricultores da região a favor do projeto.
Publicado por: MilkPoint
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ANTÔNIO ELIAS SILVA
CAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 18/02/2011
Prezados,
Não li o novo Código, mas pelos artigos á respeito das mudanças que ele propõe, uma coisa me preocupa: a proibição do desmatamento não engessaria por demais a atividade pecuária? Não atrapalharia conversão de pastagens em lavouras? É sabido que as pastagens têm geralmente mtas árvores, e que sua conversão implica arrancá-las, ao mesno minimamente, pois do contrário as máquinas não podem transitar. O novo código contempla isso? O Brasil deve transformar 100 milhões de ha de pastagem em áreas agrícolas nas próximas décadas. Se não for permitido eliminar algumas árvores das pastagens, esse processo de incorporação de pastagem pela agricultura será invibializado.
Outra coisa, concordo com a manutenção das áreas já consolidadas, mesmo pq o país não conseguiria arcar com os custos de reflorestar todas as APPs e RLs, pois além dos gastos com reflorestamento ainda há as receitas perdidas com as plantações, etc, o que significaria R$ trilhões. Apesar de concordar com esse e mtos outros pontos do código, acho mto radical a moratória sobre o desmatamento. Aqueles que preservaram suas áreas além do exigido pela lei serão tremendamente penalizados, a não ser que houvesse compensação à altura pelo Estado. Não acredito que o pagamento por serviços ambientais cobriria as perdas desses produtores. Os valores propostos atualmente são irrisórios. Então, como é que ficarão esses produtores que têm subexplorado suas terras e agora não mais poderão fazê-lo?
Grato,
A Elias
Não li o novo Código, mas pelos artigos á respeito das mudanças que ele propõe, uma coisa me preocupa: a proibição do desmatamento não engessaria por demais a atividade pecuária? Não atrapalharia conversão de pastagens em lavouras? É sabido que as pastagens têm geralmente mtas árvores, e que sua conversão implica arrancá-las, ao mesno minimamente, pois do contrário as máquinas não podem transitar. O novo código contempla isso? O Brasil deve transformar 100 milhões de ha de pastagem em áreas agrícolas nas próximas décadas. Se não for permitido eliminar algumas árvores das pastagens, esse processo de incorporação de pastagem pela agricultura será invibializado.
Outra coisa, concordo com a manutenção das áreas já consolidadas, mesmo pq o país não conseguiria arcar com os custos de reflorestar todas as APPs e RLs, pois além dos gastos com reflorestamento ainda há as receitas perdidas com as plantações, etc, o que significaria R$ trilhões. Apesar de concordar com esse e mtos outros pontos do código, acho mto radical a moratória sobre o desmatamento. Aqueles que preservaram suas áreas além do exigido pela lei serão tremendamente penalizados, a não ser que houvesse compensação à altura pelo Estado. Não acredito que o pagamento por serviços ambientais cobriria as perdas desses produtores. Os valores propostos atualmente são irrisórios. Então, como é que ficarão esses produtores que têm subexplorado suas terras e agora não mais poderão fazê-lo?
Grato,
A Elias