Tecnologia no campo: 'robôs fazendeiros' são nova aposta dos produtores americanos

Cerca de 150 vacas da propriedade Rivendale Farms usam coleiras semelhantes ao Fitbit para monitorar seus padrões de alimentação, movimento e pasto. São ordenhadas por máquinas robóticas. Uma pequena estufa, cheia de couve, rúcula e cenouras, é automatizada.

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Cerca de 150 vacas da propriedade Rivendale Farms, em Pittsburgh, EUA, usam coleiras semelhantes ao Fitbit para monitorar seus padrões de alimentação, movimento e pasto. São ordenhadas por máquinas robóticas. Uma pequena estufa, cheia de couve, rúcula e cenouras, é automatizada. Temperatura, umidade e luz do sol são controlados por sensores e telas metálicas retráteis. E, em breve, é possível que pequenos robôs caminhem pelos 2,83 hectares de plantação de verduras em busca de pragas e ervas daninhas.

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A agricultura é uma atividade que envolve cada vez mais alta tecnologia. Drones, imagens de satélite, sensores de solo e supercomputadores ajudam na produção de alimentos. Mas essa tecnologia é criada principalmente para as grandes fazendas industriais, cujos campos se estendem até onde o olho alcança. A Rivendale Farms, que completou recentemente seu primeiro ano de funcionamento, oferece uma amostra da tecnologia que está disponível para o pequeno agricultor.

Figura 1
Pequenas propriedades agrícolas estão apostando em novas tecnologias para produzir alimento saudável usando menos combustíveis fósseis e fertilizantes.  Foto: Ross Mantle para The New York Times

A Rivendale pode gastar com tecnologia de ponta e pesquisa científica porque o proprietário da fazenda, Thomas Tull, é um grande empreendedor, investidor em projetos de tecnologia e ex-produtor de cinema. Gastou milhões de dólares com Rivendale. Ele diz que o plano é tornar a fazenda autossustentável já em 2020.

Com isso, Rivendale pode fazer mais apostas simultâneas do que a maioria. Mas, para especialistas, tais esforços fazem parte de uma tendência entre os pequenos agricultores, que tentam produzir alimentos saudáveis usando menos combustíveis fósseis, fertilizante e ração processada.

A propriedade possui aproximadamente 70,82 hectares. 

Ao entrar no celeiro da Rivendale, não vemos pessoas - há apenas as vacas, um sistema automatizado de distribuição de ração e três máquinas de ordenhar. "As vacas são ordenhadas quatro vezes ao dia, quando se sentem prontas, em comparação às duas ordenhas diárias das fazendas operadas por humanos. E seu gado Jersey produz 15% mais leite do que a média dessa espécie, com mais proteína e menos gordura", disse a gerente-geral, Christine Grady. "As vacas comem quando desejam, deitam-se quando desejam e produzem leite quando querem", disse Christine. "E uma vaca mais contente produz leite melhor e em maior quantidade".

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A ordenha robótica está disponível há anos. Mas a tecnologia foi aprimorada, exigindo muito menos assistência humana do que há alguns anos. As máquinas custam cerca de US$ 200 mil cada. "Sem elas e o sistema de alimentação automatizado, o celeiro de ordenha de Rivendale exigiria cinco funcionários em vez de um", disse Christine.

As máquinas são produzidas pela holandesa Lely. "Em alguns países europeus, até 30% das vacas são ordenhadas por máquinas, enquanto nos Estados Unidos essa proporção é de aproximadamente 2%", estima Mathew Haan, da Universidade Estadual da Pensilvânia. Ele disse que a diferença é explicada pelos programas mais generosos que subsidiam o preço do leite na Europa, bem como o custo mais elevado da mão de obra, fatores que incentivaram o investimento na automação.

O proprietário da fazenda Rivendale, Tull, não tem dúvidas quanto à transformação que os avanços da tecnologia trarão para as pequenas propriedades rurais. Mas, depois de observar as operações no ano passado, ele disse ter aprendido a respeitar muito o agricultor, "que desempenha um trabalho árduo e complexo. A chave está no equilíbrio entre arte e ciência".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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