Produtores de leite da região de Ouro Preto do Oeste estiveram ontem (18) em duas audiências na Promotoria Pública, para pedirem apoio da justiça para os criadores que não aderem à paralisação na entrega do produto aos laticínios. Ontem, um criador da Linha 17 da Linha 80, requisitou escolta da Polícia Militar para transportar seu leite até o laticínio. Todavia, a PM não tem aparto para atender todos os criadores.

Os criadores querem do MP a garantia e a segurança para transportarem o leite da propriedade para o laticínio. O promotor Julio César Souza Tarrafa disse que não pode determinar que a PM faça escolta dos caminhões coletores, e sugeriu aos criadores que entrem com uma Liminar na Justiça pedindo garantias para entregarem o produto. Hoje pela manhã, um advogado dos produtores vai entrar com ação no Fórum da comarca. O comandante da 2^a Companhia da PM, capitão Áureo César, enfatiza que a polícia não pode tomar posição em favor dos grevistas ou produtores, e busca apenas manter a ordem.

Desde que os piquetes foram montados em frente aos laticínios de Ouro Preto, cerca de 100 mil litros de leite já foram derramados por protestantes que impedem produtores rurais de entregarem o produto. Na manhã de quarta-feira (17) houve o protesto mais violento. Dois tanques de leite foram furados à bala. Na terça-feira (16), um caminhão coletor foi interceptado na rodovia 470, na esquina da Linha 20; na ocasião, 12,5 mil litros de leite foram derramados do caminhão à força por um grupo que foi denunciado pelo produtor, conforme consta em registro policial lavrado na delegacia civil.

As informações são da Folha de RO, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.