RJ: estado propõe mais incentivo ao setor leiteiro

O governo do estado enviará, nos próximos dias, à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma mensagem pedindo a aprovação da proposta de pagamento às cooperativas de créditos tributários, em torno de R$ 50 milhões. Outra medida importante em benefício do desenvolvimento do setor leiteiro do estado foram mudanças na legislação que rege esta atividade produtiva, onerando a produção de fora do estado e zerando a alíquota de ICMS dos produtores locais.

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O governo do estado enviará, nos próximos dias, à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma mensagem pedindo a aprovação da proposta de pagamento às cooperativas de créditos tributários, em torno de R$ 50 milhões, proposta esta que é objeto de discussão no setor há algum tempo.

Segundo o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Christino Áureo, isso significará mais máquinas, mais equipamentos, mas, principalmente, será um apoio direto ao produtor de leite: tanque de expansão, forma de colocação de inseminação artificial, transferência de embriões e, acima de tudo, um compromisso de preço ao produtor por parte das cooperativas e indústrias.

Outra medida importante em benefício do desenvolvimento do setor leiteiro do estado foram mudanças na legislação que rege esta atividade produtiva, onerando a produção de fora do estado e zerando a alíquota de ICMS dos produtores locais.

"Tínhamos uma legislação que fazia com que a produção de leite no estado se tornasse, de alguma maneira, uma penalidade. As cooperativas e indústrias de laticínios localizadas no Estado do Rio acabavam tendo de enfrentar a concorrência desigual de estados onde a produção leiteira é abundante. Com isso, o mercado produtor interno ruiu e produtores, mesmo próximos do principal mercado consumidor, não tinham condições de brigar com produtos vindos de outros estados", completou o secretário.

As informações são do Governo do Rio de Janeiro, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Ramon Benicio Lima da Silva
RAMON BENICIO LIMA DA SILVA

NITERÓI - RIO DE JANEIRO

EM 14/03/2010

Até que enfim surge uma proposta para ajudar o setor leiteiro do RJ. A questão agora é saber se na hora de realmente o produtor ser beneficiado não vai esbarrar numa burocracia perversa que serve para desanimar o produtor.
Savio
SAVIO

BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 12/03/2010

Boa noite a todos;

A realidade dos incentivos do Rio é um pouco diferente do que se divulga.
O crédito de ICMS acumulado pelas Cooperativas e Indústrias na compra do produtor é um crédito cumulativo mas inegociável na prática.
Após uma atitude equivocada do governo em um passado recente, as cooperativas e indústrias do estado, já combalidas pelos incentivos de outros estados que entravam com produtos no Rio com ganho real de ICMS, foram literalmente usurpadas de 50% ou mais do crédito real tendo doar o restante para o reestabelecimento da CCPL. O problema é que essa atitude do governo foi equivocada em dois pontos cruciais:

1o - O estado do RJ não necessitava de mais indústrias e sim de melhorar as já existentes para produzirem o leite que não atende á 30% do consumo no estado. Nessa direção a primeira atitude à ser tomada seria incentivar a produção no campo, nas Cooperativas e Indústrias do estado;

2o - A CCPL estava morta e enterrada e sua viabilidade judicial, fiscal e financeira era conhecidamente inexistente.

Quando foi evidenciada essa falha a solução encontrada foi arrendar a usina da CCPL para a Avipal, atual Brasil Foods, outro equívoco como segue:

1o - Colocamos na porta do Rio de Janeiro uma empresa que se utilizava, com todo o direito, de créditos compensáveis de outros estados e que vinha de um estado com excesso de produção considerável e sazonalidade distinta do sudeste. Ou seja sobrava lá quando faltava aqui e essa balança era desovada no Rio via CCPL. Prejuízo para os produtores do estado;

2o - Era questão de tempo o desinteresse da Avipal em uma usina ultrapassada e na parceiria com uma Cooperativa tão complicada no âmbito político, financeiro e judicial. A empresa não durou muito à frente do negócio fechando mais uma vez o "elefante branco".
A dívida da CCPL cresceu, estourando mais uma vez nas sofridas Cooperativas singulares e por sua vez em seus produtores.

Esses erros todos poderiam ter sido evitados se antes das atitudes os produtores de leite do estado fossem consultados sobre quais melhorias necessitavam para o incremento real da produção e do ganho com o leite no estado.

Ano passado o governo do estado começou a corrigir as falhas lançando o ICMS zero para produtos oriundos de produção interna, captados de produtores do estado, essa sim foi uma atitude estratégica e benéfica.

Sobre o anúncio atual do Secretário, se realmente viabilizar o real retorno dos créditos será uma excelente novidade para o estado.

Os produtores do Rio são muito sacrificados porque compram insumos quase que 100% de outros estados, tendo que arcar com o ICMS. É ainda conhecida nossa grande deficiência de mão de obra qualificada que já levou muitos produtores a desistir da atividade.

Precisamos urgentemente de incentivo realizável. Se essa for a intenção do governo parabenizo desde já o Sr Cristino e o Sr Sérgio Cabral e garanto que os retornos para o estado serão imediatos.

Um abraço a todos.

Sávio
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