A situação da pecuária leiteira se mostra estagnada no estado do Rio de Janeiro. A avaliação foi feita pelo diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Alberto Figueiredo. O consumo de leite tem aumentado no Rio, mas a participação da produção interna no consumo tem diminuído.
"Nós já chegamos a oferecer ao mercado 70% daquilo que consumimos e hoje oferecemos 22,5%", disse Figueiredo. O principal fator para isso, segundo ele, é que o Estado nunca conseguiu organizar o sistema de industrialização e comercialização em torno de empresas fortalecidas economicamente. "São cooperativas ou pequenas usinas pulverizadas que não conseguem ser competitivas no mercado", afirmou.
O governo fluminense concede incentivos da ordem de R$ 3 milhões por mês que, "teoricamente", deveriam ser em favor dos produtores, afirmou o diretor. Em sua opinião, os grandes incentivos têm sido mais direcionados para as usinas de beneficiamento do que para os produtores. Figueiredo observou que na medida em que o governo destina 11% de incentivo fiscal sobre o preço do produtor, o preço do leite no Rio deveria ser 10% maior do que a média nacional. Ou seja, em torno de R$ 0,77 por litro.
O setor enfrenta entraves, como a deficiência de assistência técnica especializada, ausência de programas de incentivo ao uso de terras mais planas pela pecuária de leite e estradas mal conservadas que dificultam o transporte diário de leite. O diretor citou também, entre os problemas, os apagões constantes de energia elétrica no interior, que levam o produtor a perder a produção, além da ociosidade das plataformas de industrialização.
No ranking nacional, o Rio de Janeiro ocupa a 13ª colocação entre os produtores. As deficiências do setor foram discutidas ontem (13), no 2º Congresso Rio Eco Rural, em Nova Friburgo/RJ.
As informações são da Agência Brasil, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
RJ: Congresso discute deficiência do setor
A situação da pecuária leiteira se mostra estagnada no estado do Rio de Janeiro. A avaliação foi feita pelo diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Alberto Figueiredo. O consumo de leite tem aumentado no Rio, mas a participação da produção interna no consumo tem diminuído. No ranking nacional, o Rio de Janeiro ocupa a 13ª colocação entre os produtores. As deficiências do setor foram discutidas ontem (13), no 2º Congresso Rio Eco Rural, em Nova Friburgo/RJ.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 1 minuto de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!
SAVIO
BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 14/05/2010
Bom dia;
Parabéns Alberto pelo trabalho, sua história de trabalho pelo estado do Rio te dá respaldo para agir e mudar nossa situação interna;
Gostaria de complementar algumas coisas;
1o - O Rio não atende expressivamente seu mercado, mas empresas de São Paulo, Minas e Espírito Santo compram grandes volumes de leite no estado para serem usinados fora. Quando a situação é inversa, o leite crú de Minas Gerais tem que pagar icms a vista na barreira fiscal para ser vendido para fora;
2o - O incentivo de 12,28% do produtor não acrescenta em preço de leite porque na prática ele não é realizável financeiramente. É um acumulo de papéis, sem valor que foi usado somente na reativação da CCPL em detrimento de 50% do saldo das indústrias e cooperativas mais o deságil da negociação;
3o - Esse governo implantou outro com incentivo que é o icms zero na venda de produção interna. Porém a fiscalização é falha e mercados continuam se creditando de icms de fora na compra de leite e sub-produtos oriundos de indústrias de outros estados. Esse fator torna nulo o benefício, que apesar dos entraves foi um avanço e pode ser melhor utilizado.
As cooperativas e pequenas indústrias tem boa competitividade regional e podem se expandir, porém com a concorrência de indústrias do sul do país que se instalaram no estado e continuam aproveitando crédito de fora, com a concorrência de indústrias que compram leite no Rio e usinam fora do estado e com a inoperancia prática do nosso sistema de incentivos fiscais, a situação da baixa competitividade à nível estadual fica realmente impossível de ser alterada.
Um abraço;
Sávio Santiago
Parabéns Alberto pelo trabalho, sua história de trabalho pelo estado do Rio te dá respaldo para agir e mudar nossa situação interna;
Gostaria de complementar algumas coisas;
1o - O Rio não atende expressivamente seu mercado, mas empresas de São Paulo, Minas e Espírito Santo compram grandes volumes de leite no estado para serem usinados fora. Quando a situação é inversa, o leite crú de Minas Gerais tem que pagar icms a vista na barreira fiscal para ser vendido para fora;
2o - O incentivo de 12,28% do produtor não acrescenta em preço de leite porque na prática ele não é realizável financeiramente. É um acumulo de papéis, sem valor que foi usado somente na reativação da CCPL em detrimento de 50% do saldo das indústrias e cooperativas mais o deságil da negociação;
3o - Esse governo implantou outro com incentivo que é o icms zero na venda de produção interna. Porém a fiscalização é falha e mercados continuam se creditando de icms de fora na compra de leite e sub-produtos oriundos de indústrias de outros estados. Esse fator torna nulo o benefício, que apesar dos entraves foi um avanço e pode ser melhor utilizado.
As cooperativas e pequenas indústrias tem boa competitividade regional e podem se expandir, porém com a concorrência de indústrias do sul do país que se instalaram no estado e continuam aproveitando crédito de fora, com a concorrência de indústrias que compram leite no Rio e usinam fora do estado e com a inoperancia prática do nosso sistema de incentivos fiscais, a situação da baixa competitividade à nível estadual fica realmente impossível de ser alterada.
Um abraço;
Sávio Santiago