Relatório flexibiliza regras do Código Florestal
Dedicado aos "agricultores brasileiros", o projeto com mudanças no Código Florestal apresentado ontem em comissão especial da Câmara dos Deputados reduz de 30 para 7,5 metros a área mínima de preservação ambiental às margens dos rios. A medida integra um pacote de flexibilização das atuais regras de proteção do ambiente, estabelecidas desde os anos 60. Elas vêm sendo descumpridas pela maioria dos 5,2 milhões de produtores rurais do país. Caso a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) vire lei, caberá aos Estados definir quais áreas desmatadas devem ser recuperadas, inclusive com espécies exóticas.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 3 minutos de leitura
Na Amazônia, onde a proteção é maior, leis estaduais poderão reduzir para até 20% o porcentual de preservação das propriedades com vegetação de Cerrado. Por cinco anos a partir da vigência da lei, ficam suspensos novos desmatamentos, com exceção daqueles autorizados até essa data. Em compensação, nesse período da moratória antecipada ontem pelo Estado, fica liberado o uso de áreas desmatadas até 22 de julho de 2008, sem risco de embargo. Essa é a data do decreto editado pelo presidente Lula em sua primeira tentativa de fazer valer o Código Florestal.
Por causa da pressão dos ruralistas, a aplicação de multas pela falta de registro das áreas de Reserva Legal e pelo desmatamento das Áreas de Preservação Permanente (APP) havia sido suspensa até junho de 2011. Pelo projeto, há possibilidade de anistia completa aos desmatadores. As condições de recomposição serão definidas em planos estaduais em até cinco anos. Ou seja, as eventuais punições ficariam suspensas até o fim do mandato do sucessor de Lula.
Entre as mudanças mais relevantes, o projeto dispensa da exigência de Reserva Legal as propriedades com até 4 módulos. A medida varia para cada município, mas a maioria das propriedades do Sul e Sudeste deverá ficar isenta da preservação ambiental. O porcentual mínimo de 20% de proteção ambiental só seria exigido das parcelas de quem ultrapassarem os 4 módulos. Entre as brechas, o projeto propõe estímulos aos produtores rurais que preservarem além das exigências da lei. Essas terras seriam convertidas em Cotas de Reserva Ambiental , um título público que poderá ser comercializado para compensar a Reserva Legal no mesmo bioma.
"Eu busquei fazer um projeto que beneficiasse todos, pois precisamos da proteção da natureza e da produção agrícola. Durante os cinco anos de moratória para abertura de novas áreas, não haverá nenhuma autorização para desmatamento para agricultura e pecuária nas propriedades já abertas nem em propriedades futuras. Nesses cinco anos, quem não se adaptar à lei terá que voltar a responder pelo rigor da legislação atual", disse Rebelo.
Os principais argumentos dos ruralistas na defesa de mudanças no código são o custo elevado da recuperação das áreas já desmatadas para uso do agronegócio, chamadas por eles de "consolidadas", e as consequências econômicas do suposto encolhimento da área dedicada à agricultura e à pecuária. Segundo relatório, a redução de área ocupada pelo cultivo de alimentos e pela pecuária provocaria queda tanto no Produto Interno Bruto (PIB) como na arrecadação de impostos. A queda seria superior a R$ 22 bilhões. Embora insista que ouviu argumentos de todos os lados, o relator apontou os agricultores como vítimas do código e criticou ONGs, a quem atribui uma espécie de conspiração contra o agronegócio do país.
"Assim vai o nosso agricultor, notificado, multado, processado, embargado na sua propriedade, mal arranca da terra o seu sustento e já se vê sustentando o fiscal ambiental, o soldado, o delegado, o oficial de Justiça, o promotor, o desembargador, o advogado, o banqueiro e a ONG que inspirou o seu infortúnio", escreveu Rebelo no relatório.
Texto que será debatido nesta quarta-feira atribui mais autonomia aos estados para legislar sobre meio ambiente, retira a obrigatoriedade de reserva legal para pequenas propriedades e prevê que as áreas atualmente em uso para produção rural serão consideradas espaço consolidado da atividade agrícola.
A reportagem é do Jornal Estado de São Paulo e Agência Câmara, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Estamos realizando a 8º edição da Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos. Clique aqui para indicar confinamentos e concorra a DVDs com palestras dos eventos do BeefPoint.
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

MONTE ALEGRE DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 28/06/2010
Esta lei antiga tem que ser revista.
Outro aspecto importante é impedir o capital extrangeiro de comprar terras no Brazil, daqui a pouco os aparece um louco do exterior clamando por um estado colonial em nosso pais e se dizendo dono porque comprou e pagou.
Se o governo e estas ONgs querem 20% de reserva então que paguem pelo valor de mercado e fiquem com esta area e faça a preservação da mesma.
Fazer reserva legal por conta do produtor rural é facil.
É a mesma coisa que confiscar um quarto de sua casa para um sem teto...

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/06/2010

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 11/06/2010
Mas, precisamos também mostrar ao Brazil (com z mesmo) e ao mundo, que a base do crescimento deste país é a agropecuária... Além disso, temos que produzir para alimentar bem mais de 200 milhões de pessoas.
Também é preciso dar um basta na ação dessas ONG´s ambientalistas fajustas que estão por aí, visto que a maioria delas representa interesses de empresas multinacionais e governos de países desenvolvidos, além de praticarem a biopirataria em nossa país, sem que qualquer coisa seja feita contra isso. Já passou da hora de mandarmos esse pessoal embora do país!!!

CANARANA - MATO GROSSO - FOOD SERVICE
EM 09/06/2010
assim eu descrevo a atual proposta, até então estamos a mercê de idéias dos eco bobos deste país que se quer tem conhecimento real do que acontece no campo produtivo, em contra partida nós temos conciência dos pecados ambientais herdados do passado e que precisa ser consertado, mas com medidas coerêntes e não com processos, multas exorbitantes e porque não dizer com atitudes exageradas de autoridades enfluenciadas por essas ONGS com o pseudo nome de defensores da natureza
ao meu ver tudo é jogo de interesse e qual seria o verdadeiro objetivo dessas ONGS tão engajadas em defender o MEIO AMBIENTE.

GUAÇUÍ - ESPÍRITO SANTO
EM 09/06/2010
(Um amigo meu foi condenado pelo código ambiental e pena foi pagar 02 salários mínimos a uma ong lá da capital que ele nunca vil falar, nem sabia que existia.
Ele reclamou comigo que se sentiu unjustiçado duas vezes, primeiro porque ele não considera crime o que ele fez, porque não causou nenhum dano à natureza.
Segundo; porque se era para pagar, se é o dinheiro que importa, ele preferiria ver o dinheiro dele sendo aplicado em alguma boa ação no município dele ou na comarca, melhor dizendo.
Conclusão, ele está se sentindo roubado!

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 09/06/2010
Grata surpresa para nós produtores, foi a desenvoltura e dedicação do deputado Aldo Rebelo que, mesmo sendo do partido comunista, mostrou-se sensato, equilibrado e conciliador. Sua origem humilde do campo talvez o tenha ajudado a enxergar tão bem as realidades do meio rural. Ouviu exaustivamente o setor produtivo, técnicos da área ambiental e também os ambientalistas, antes de apresentar seu relatório. Como político experiente, sabe que sempre haverá oposição, principalmente quando o tema é tão polêmico e complexo, mas tem demonstrado conhecimento do assunto e convicção de que está no caminho certo.
A guerra ainda não está vencida. Muitas batalhas ainda virão e se os produtores não estiverem unidos e vigilantes, ainda corremos sérios riscos porque grandes interesses internacionacionais e também nacionais não pouparão esforços para nos prejudicar, acabar com nossa competitividade.

NOVA MONTE VERDE - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 09/06/2010
Vamos fazer algo que de pra cumprir e preservar, assim vamos dispensar estes Ambientalistas e Onguistas que estão gastando dinheiro e não produzem nada alem de não terem nem um arvore para consumir os dejetos deles proprios.

CEDRAL - SÃO PAULO
EM 09/06/2010