Rabobank: seca na Rússia influi nos preços dos lácteos

A seca na Rússia está por trás do aumento nos preços do leite, à medida que os compradores da importante nação consumidora aumentaram as importações para preencher a lacuna na oferta deixada pela baixa produção doméstica. A Rússia é, mesmo em um bom ano para sua produção leiteira, o maior importador de lácteos do mundo, responsável por cerca de um terço do comércio de manteiga e queijos.

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A seca na Rússia está por trás do aumento nos preços do leite, à medida que os compradores da importante nação consumidora aumentaram as importações para preencher a lacuna na oferta deixada pela baixa produção doméstica. A Rússia é, mesmo em um bom ano para sua produção leiteira, o maior importador de lácteos do mundo, responsável por cerca de um terço do comércio de manteiga e queijos.

Entretanto, analistas do Rabobank disseram que o país "parece ter entrado no mercado com vigor renovado nas últimas semanas", estimulando a surpreendente recuperação de 17% nos preços do leite determinados pela Fonterra. "As condições de seca afetam a produção local e deixam os processadores sem o produto", disse o banco.

Os comentários foram feitos após várias questões terem sido levantadas entre os investidores sobre como a indústria pecuária da Rússia, que o país tem impulsionado através de assistência direta e contenção das importações, vai resistir à pressão nas ofertas domésticas de alimentos animais causada pela pior seca registrada no país.

"Ouvimos muito sobre o que aconteceu nas colheitas de grãos da Rússia durante a seca, mas e as pastagens?", disse o representante do Linn Group, Roy Huckaby. "Eles terão forragem suficiente para fornecer aos animais durante o inverno?". Os estoques de cevada deverão, segundo os analistas, chegar a níveis mínimos, colocando ainda mais pressão nas baixas ofertas de trigo e milho.

As compras da Rússia serão cruciais para a continuação dos altos preços dos lácteos, disse o Rabobank, preterindo o aumento dos outros compradores como um "estímulo temporário" e sinalizando um salto na produção, especialmente no hemisfério sul.

Na Nova Zelândia, o maior exportador mundial de lácteos, a produção de leite parece ter aumentado em 5% com relação ao ano anterior, no período de junho a agosto, impulsionada por uma "boa umidade do solo" e condições relativamente boas do clima.

Tabela 1. Crescimento da produção de leite frente ao mesmo período do ano anterior nos principais exportadores.

Figura 1


Embora a produção em parte do sul da Austrália tenha caído por causa das mais fortes chuvas da última década, prejudicando o acesso a caminhões de leite a algumas fazendas e negando acesso ao pasto para os animais, a queda foi temporária. A chuva "apoiou a melhor alocação de água de irrigação em anos, preparando os pastos para um crescimento excepcional assim que secarem e o clima começar a esquentar", segundo o relatório do Rabobank.

As informações são do Agrimoney, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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