"O clima quente e seco vem castigando as pastagens na Austrália, enquanto a seca em algumas regiões da Europa está reduzindo os volumes de leite", disse o Rabobank. O banco destacou também que a greve dos caminhoneiros no Brasil limitou o aumento da oferta e que o alto custo de ração animal pode começar a afetar a produção argentina. Nos EUA, o aumento da produção continua abaixo das médias históricas. A exceção é a Nova Zelândia, que vem registrando boa produção de leite neste início de temporada. O Rabobank estima que a produção nos sete principais exportadores (União Europeia, EUA, Nova Zelândia, Austrália, Brasil, Argentina e Uruguai) durante o terceiro trimestre de 2018 cresceu apenas 0,4% na comparação anual – o menor incremento desde 2016.
O impacto de custos mais elevados de ração animal e de margens mais apertadas para produtores é bastante evidente e deve continuar em 2019, disse o banco, acrescentando que os preços pagos ao produtor deveriam aumentar para compensar os custos mais altos e impulsionar os volumes.
O Rabobank afirmou que há incertezas consideráveis quanto à demanda, por causa dos possíveis danos econômicos globais causados pela guerra comercial entre EUA e China. O fortalecimento do dólar no mercado internacional também é motivo de preocupação. A depreciação das moedas na América do Sul continua afetando a confiança do consumidor e o crescimento econômico, ao mesmo tempo em que eleva a inflação, e tudo isso está prejudicando a demanda, disse o banco.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.