ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Queda do milho em Chicago chega ao país

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/08/2019

3 MIN DE LEITURA

0
0

A recente queda das cotações do milho no mercado internacional começou a ter reflexos sobre as negociações do cereal no Brasil, o que pode ser negativo para as exportações, apesar do câmbio favorável, mas beneficia os frigoríficos de aves e suínos, por manter os custos das rações sob controle.

Em decorrência de fatores como colheita nos EUA, demanda americana por etanol, disputas comerciais entre Washington e Pequim e peste suína africana na China, os preços dos contratos futuros acumulam queda de cerca de 10% na bolsa de Chicago neste mês. Com isso, a variação acumulada em 2019, que era positiva, passou a ser negativa e já supera 3%, de acordo com o Valor Data.

Apesar de o mercado brasileiro não ter seus preços totalmente balizados por Chicago, como acontece com a soja, a queda não é ignorada pelos agentes do país, que tem se consolidado como o segundo maior exportador de milho do mundo, atrás dos EUA.

"Temos uma safra e um estoque enorme de milho no Brasil, mas se ficar mais barato importar, com certeza as empresas farão isso", diz Cleiton Gauer, analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea/Famato). "Isso fez todos se movimentarem nas últimas duas semanas".

O tombo na bolsa americana foi aprofundado depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou uma estimativa de área de cultivo no país maior que a esperada pelo mercado - o órgão cortou em "apenas" 2% sua projeção esta safra 2019/20, para 36,4 milhões de hectares, e o mercado esperava 35,6 milhões.

A estimativa de rendimento divulgada pelo USDA ficou em 10,6 toneladas por hectare, ante expectativa média de analistas de 10,4 toneladas por hectare, e com isso a colheita americana foi projetada em 353,1 milhões de toneladas, 20 milhões a mais que o esperado.

Parte da baixa em Chicago foi compensada pelo fortalecimento do dólar em relação ao real, mas não toda. E a paridade de exportação do milho em Mato Grosso para o contrato de julho de 2020 (o principal negociado no momento), apresentou forte queda de quase 9% na média de agosto (até o dia 16), chegando a uma mínima no mês de R$ 19,63 a saca. Houve uma pequena reação, mas o patamar ainda é inferior aos R$ 22 negociados em julho.

"Mesmo que o dólar tenha exibido uma valorização significativa, superior a 4% em relação ao mesmo período de 2018, diante do retorno do embate comercial entre China e EUA, o que puxou a paridade para baixo foi a forte desvalorização em Chicago em dois ou três dias", afirma Gauer.

Além disso, o prêmio de exportação no porto de Paranaguá (PR) caiu. Passou de US$ 0,25 o bushel, em julho, para US$ 0,20 na média de agosto até o dia 16, o que contribuiu para que o preço de paridade recuasse ainda mais.

Esse declínio nas últimas semanas, afirma o analista, despertou o interesse dos compradores, que tentaram avançar nas negociações. Mas a demanda elevada permitiu que os produtores ficassem um pouco retraídos. "Temos um cenário de demanda forte particularmente em Mato Grosso, com novas indústrias de etanol de milho e tradings atuantes nos mercados interno e externo. E o cenário de crescimento das vendas de aves e suínos também ajuda a aumentar a demanda pelo cereal", diz.

Apesar da "calma" dos produtores em vender, as negociações com o cereal disponível (2018/19) em Mato Grosso aumentaram 6 pontos percentuais até a terceira semana de agosto ante julho, para 83,23% do total colhido. E também garantiram um interesse maior da próxima safra (2019/20), ampliando o total negociado antecipadamente para 32,38% da colheita prevista.

Animados, os produtores mato-grossenses já começaram a adquirir insumos para o plantio da próxima safrinha, no início do ano que vem, e a expectativa é de crescimento da semeadura. Na safrinha de 2018/19, a estimativa é que a colheita tenha alcançado 31,14 milhões de toneladas, 19% mais que no ciclo anterior, quando a safra quebrou por problemas climáticos.

As informações são do jornal Valor Econômico.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures