RS: qualificação mobiliza cadeia produtiva do queijo serrano

Para alinhar as medidas de qualificação da cadeia produtiva do queijo serrano, entre prefeituras, governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e escritórios municipais da Emater, ocorreu nessa quarta-feira (17), em São Francisco de Paula, um dos 16 municípios da região de abrangência da futura Indicação Geográfica (IG), um seminário que tratou do convênio federal, em execução, voltado à qualificação da cadeia do queijo artesanal serrano produzido nos Campos de Cima da Serra.

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Para alinhar as medidas de qualificação da cadeia produtiva do queijo serrano, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e de escritórios municipais da Emater, ocorreu nessa última quarta-feira (17), em São Francisco de Paula, um seminário que tratou do convênio federal, em execução, voltado à qualificação da cadeia do queijo artesanal serrano produzido nos Campos de Cima da Serra (Rio Grande do Sul e Santa Catarina).
 
O convênio firmado entre a SDR e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem como objetivo principal contribuir para a melhoria da qualidade do queijo produzido na região, atrelando a manutenção da tradição do saber-fazer ao atendimento dos requisitos sanitários para fomento da legalização e sustentabilidade da cadeia produtiva local. 
 
Para tanto, serão investidos R$ 786.054 na região dos Campos de Cima da Serra. O recurso será destinado às capacitações em Boas Práticas Agropecuárias (BPA) e de Fabricação (BPF) tanto dos produtores responsáveis pelas queijarias selecionadas, quanto dos técnicos das prefeituras e da Emater.
 
Além disso, o convênio contempla entrega de kits de BPA e BPF, compostos por itens tais como: termômetro digital, uniforme branco completo, kit para medição do cloro, kit para monitoramento de mastite clínica e subclínica, dentre outros, bem como desenvolvimento de manuais de BPF e ferramentas de autocontrole, assistência técnica continuada ao público, monitoramento da qualidade da matéria-prima, água e queijo e ainda prevê a elaboração de um estudo técnico-científico para respaldar uma possível diminuição no tempo de maturação dos queijos feitos tradicionalmente com leite cru
 
Para a execução do projeto foram selecionadas 53 queijarias de sete municípios da região de abrangência (Bom Jesus, Cambará do Sul, Caxias do Sul, Muitos Capões, Jaquirana, São Francisco de Paula e São José dos Ausentes). As capacitações em BPA já foram finalizadas com êxito e, em novembro, serão concluídas as turmas de BPF. 
 
“Para que esse convênio se realize de forma exitosa, precisamos do apoio das prefeituras no sentido de estruturação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), para que essas queijarias possam aderir ao convênio e também ao Programa Estadual de Agroindústria Familiar (Peaf) e assim ter acesso a políticas públicas, como o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper)”, lembrou o secretário da SDR, Tarcísio Minetto, durante o evento.
 
O cadastro no Peaf foi definido como um dos requisitos para a seleção do grupo, já que se trata de uma política pública de Estado, e que oferece uma série de serviços no âmbito sanitário, ambiental e tributário, bem como linhas de crédito. Das 50 queijarias, 41 já estão cadastradas no Peaf.
 
“A sinergia entre esse convênio federal e o Peaf, juntamente com as legislações específicas e inclusivas, casam perfeitamente. Um exemplo é a possibilidade de acessar financiamento para aquisição de equipamentos e/ou recurso para reformas ou construções viabiliza adequações sanitárias apontadas pelo Serviço de Inspeção Municipal onde as queijarias estão localizadas”, explicou a médica veterinária da SDR, Maluza Machado Feltrin, uma das fiscais do convênio na SDR.
 
Até 2019, o plano de trabalho prevê 1,2 mil visitas individuais em queijarias, com média de duração de 4 horas, 1,8 mil análises de leite em laboratório, 300 análises microbiológicas de leite, 300 análises microbiológicas de água, 300 análises microbiológicas de queijo e 300 análises físico-químicas de queijo. 
 
A assistência técnica está sendo prestada pela Emater, que é conveniada da SDR e foi contratada mediante inexigibilidade especificamente para esse convênio, e as análises serão feitas por um laboratório que integra a Rede Brasileira de Laboratórios de Qualidade do Leite (RBQL).
 
O projeto ainda engloba um estudo científico em diferentes tempos de maturação com o objetivo de redução desse período, que hoje é de cerca de 60 dias, o que aumenta os custos para o produtor. 
 
Sobre o queijo serrano
 
É um produto típico e exclusivo dos Campos de Altitude do Rio Grande do Sul (Campos de Cima da Serra) e de Santa Catarina (Planalto Sul-Catarinense). É produzido nessas regiões há cerca de 200 anos, através da adaptação de receita de origem portuguesa, passada de geração para geração. Até hoje, é um dos principais produtos para cerca de 3 mil fazendas serranas, representando mais da metade da renda agrícola bruta dessas propriedades rurais e a principal atividade na rotina diária das famílias. A produção anual gira em torno de 800 toneladas, com faturamento de R$ 10 milhões ao ano.
 
As informações são do Governo do Rio Grande do Sul.
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NELIO RAMOS
NELIO RAMOS

GOIÂNIA - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/10/2018

Senhores, Gostei bastante da reportagem, apesar de saber que ainda dependemos muitissimo da interferencia estatal para que a industria possa continuar! Minha pergunta é: Nós temos uma festa do queijo serrano? Este produto especial chega aos mercados de maior valor agregado de São Paulo? Sou bastante positivo ao dizer que SEMPRE podemos melhorar uma situação! Se não existe no momento formas de melhorar as vendas é porque não foram analizadas todas as possibilidades adequadamente! Este queijo maravilhoso deve estar sendo promovido de forma adequada!
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