RS: técnicos auxiliam produtores na melhoria da qualidade do leite

Um programa que busca melhorar a qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul está levando técnicos a propriedades do Noroeste do estado para checar os sistemas de ordenha, máquinas de resfriamento e equipamentos de manutenção do leite.

Publicado por: MilkPoint

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Um programa que busca melhorar a qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul está levando técnicos a propriedades do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul para checar os sistemas de ordenha, máquinas de resfriamento e equipamentos de manutenção do leite. 

A iniciativa, com foco em 70 propriedades da região, foi desenvolvida pela Associação dos Produtores de Leite (APL) e pela Fundação de Capacitação e Desenvolvimento

O técnico, Rogério Ressel visitou 35 terrenos nos últimos meses e, segundo ele, a incidência de problemas é muito grande. “Começando pela vedação, bomba de vácuo produzindo pouco, pulsadores batendo muito rápido e membranas de pulsadores muito antigas”, afirma o técnico. 

Isso ocorre, principalmente, porque, na maioria dos casos, é a primeira vez que um profissional visita a propriedade para realizar essa medição. No caso de Cristiane Pellenz, que trabalha com o marido na mesma sala de ordenha desde 2011, a manutenção é realizada periodicamente. 

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A produção de leite é a principal fonte de renda da propriedade do casal que fica no interior de Santo Cristo. A produtora diz que sempre trabalhou para entregar um leite de boa qualidade. “É importante para nós e também para a indústria porque, para a indústria, para produzir produtos de qualidade, ela precisa de matéria-prima de qualidade. E nós, quando consumidores, também buscamos por um produto de qualidade”, afirma Cristiane.

Como a identificação da maior parte dos problemas exige equipamentos específicos, os produtores de leite que não recebem as visitas muitas vezes acabam não percebendo as alterações, o que prejudica a produção. Os ajustes que precisam ser realizados normalmente são simples e podem ser feitos pelo técnico da propriedade. 

O programa que propõe as visitas é pioneiro. Segundo o Diorgenes Albring, gestor da FUNCAP, a ideia surgiu graças a uma demanda da região. O principal objetivo é dar condições para que o produtor entenda o processo de funcionamento das máquinas. 

“Nós queremos ter o produtor o mais próximo possível, no momento das aferições, e explicar para ele o que está acontecendo na máquina dele, quais ações ela realiza”, afirma Diorgenes. 

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Segundo a Emater, a produção diária de leite na região é de 1,7 milhão de litros. Levando em conta a Fronteira Noroeste, a região é uma das maiores produtoras do país - são 234 litros por km² ao dia.

Qualificação para toda a cadeia leiteira

A APL Leite, em parceria com a Faculdade de Horizontina (FAHOR), está oferecendo cursos gratuitos em oito municípios da região. As especializações abordam gestão para indústria da cadeia do leite, boas práticas de fabricação para indústria e segurança no trabalho. A ideia é qualificar profissionais que atuam ou venham a atuar em empresas ligadas ao setor lácteo, contemplando todos os processos, desde insumos ao processamento de leite.

Para o professor Jonas Diogo Silva, os cursos contribuem para a qualificação profissional dos participantes. “Resulta em maior competitividade e aumento de riqueza, com empregos, renda e geração de tributos”, entende o educador. Ao todo, 150 profissionais devem ser qualificados. 

A família do Leandro Cortiana sempre trabalhou com a produção de leite, mas foi há dois anos que ele começou a atuar na propriedade. “A questão é que tu tira um pouco de um lado e vai faltar do outro. A gente precisa saber administrar a propriedade, o negócio", acredita. 

Já a vendedora Lindiana Leski está buscando qualificação. Ela trabalha em uma loja nos processos de faturamento e abertura de caixa, mas quer levar o conteúdo do curso para dentro de casa. “Eu vim aqui para adquirir um pouco mais de conhecimento, ajudar no meu trabalho e também o meu esposo, que é agricultor e administra as lavouras. Acho que o curso vai ajudar ele também”, explica. 

O professor aponta que tanto o programa de aferimento das máquinas quanto os cursos buscam melhorar a cadeia como um todo. "Identificando os equipamentos que precisam ser melhorados na propriedade, a indústria pode fabricar melhor, gerar melhor condição de produtividade, e a qualidade do leite também melhora, o que possibilita que a indústria produza bons produtos, agregando valor e ganhos para toda a cadeia”, completa Jonas.

As informações são do portal de notícias G1.

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