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PR: 'Programa Leite das Crianças' gera rentabilidade para laticínios e produtores

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/04/2018

6 MIN DE LEITURA

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Um programa paranaense lançado há 15 anos continua sendo importante para produtores e laticínios de pequeno porte, com resultados interessantes, que dão um fôlego e rentabilidade para a cadeia em 2018.  A Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) renovou este ano o contrato de fornecimento de leite para o PLC (Programa Leite das Crianças), no valor de R$ 140 milhões. Em 2018, 42 laticínios credenciados - três a mais que o contrato anterior – fornecerão 36 milhões de litros do produto durante o ano para crianças com idade de seis meses a três anos, de famílias carentes. 
 
Atualmente, o programa atende 123 mil crianças que recebem todos os dias um litro de leite cada uma. Além da vertente social inerente ao trabalho, pelo lado do agronegócio, o objetivo é que pequenos produtores e a indústria se fortaleçam, tanto na rentabilidade como evolução da qualidade, afinal, os critérios sanitários do PLC são muitos.
 
Uma das novidades do novo contrato, em vigor até março de 2019, é a rigorosidade para que o produtor receba mais pela qualidade do leite enviado aos laticínios. Isso será verificado pelas auditorias da Seab e a usina que quiser se habilitar a receber por qualidade do produto terá de comprovar que está repassando o adicional ao produtor, que claro, apresentar qualidade na matéria-prima entregue ao laticínio.  "A partir deste ano, exigimos que as usinas encaminhem individualmente o preço pago mensalmente por litro para cada produtor e vamos monitorar isso de forma mais rigorosa. Um dos objetivos principais do programa é desenvolver a cadeia produtiva do leite. Enquanto Seab, nosso público alvo são os produtores e queremos que eles tenham essa alavancagem da produção e melhoria na qualidade da matéria-prima. Por isso a exigência para pagar o adicional pela qualidade, senão o produtor não tem estímulo nenhum", explica o médico veterinário da secretaria responsável pelo programa, Massaru Sugai. 
 
Com o pagamento por qualidade, a usina que comprovar que está pagando seus produtores fornecedores 1% a mais nesse quesito vai receber R$ 2,15 por litro de leite. E a que comprovar pagamento de 2% aos produtores receberá R$ 2,17 por litro. "Não existe nenhum equipamento milagroso que faça uma matéria-prima de péssima qualidade se transformar num produto de boa qualidade. Por isso a origem do produto tem de ser bem cuidada. As usinas exigem que a qualidade seja superior porque o consumidor também passa a exigir isso, e no caso, são crianças." 
 
Sugai relembra que quando o programa iniciou, em 2003, eram 80 laticínios. "Ao longo do tempo, houve uma seleção natural das usinas que não conseguiram atender as normas sanitárias, serviço de inspeção e logística. Cada vez mais estamos exigindo a aplicação das normas de inspeção", conclui. 
 
PR: 'Programa Leite das Crianças' gera rentabilidade para laticínios e produtores
Um programa paranaense lançado há 15 anos continua sendo importante para produtores e laticínios de pequeno porte, com resultados interessantes, que dão um fôlego e rentabilidade para a cadeia em 2018
 
Programa fortalece laticínios menores e estimula futuros consumidores
 
O presidente do Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Paraná) e coordenador da Aliança Láctea (que reúne PR, SC e RS), Ronei Volpi, ressalta a importância do PLC (Programa Leite das Crianças) para a cadeia leiteira estadual desde seu surgimento, há 15 anos. 
 
Sob o aspecto do desenvolvimento econômico, ele relata que o PLC incentiva pequenos produtores e indústrias a crescerem, fortalecendo o controle de qualidade do produto e, assim, auxiliando o mercado como um todo, já que é necessário seguir boas práticas, uma alta rigorosidade que existe em contrato. "Em 15 anos de programa, já temos até dados concretos da diferença de desempenho escolar das crianças que foram beneficiados", salienta Volpi. 
 
Para as pequenas indústrias, que são a maioria nos contratos, o representante da cadeia explana que o PLC acaba se tornando uma ferramenta importante para projetar o futuro. "É um estímulo, mas é preciso aproveitar essa oportunidade para se emancipar posteriormente. A indústria precisa se desenvolver, usar esse recurso para alçar voos próprios". 
 
Outro ponto positivo, segundo o representante, é que se cria o hábito das crianças tomarem leite, ou seja, estimulando o consumidor do futuro, que interessa à cadeia produtiva. Apesar do volume ser pequeno comparado à produção estadual, não deixa de ser um estímulo importante. 
 
Volpi salienta que a cadeia continua em constante evolução, selecionando cada vez mais os produtores, aqueles que investem em qualidade e profissionalismo. "A cadeia produtiva no setor primário está passando por uma revolução enorme, com menos produtores, mais qualificados e com a produção em crescimento". "Daqui dez anos teremos metade dos produtores que temos hoje. As indústrias não vão correr atrás de quem produz 50, 100 litros por dia, porque fica antieconômico. Na Nova Zelândia, por exemplo, se capta 250 a 300 litros de leite por quilômetro rodado. Nós ainda não captamos nem 20". 
 
Cenário de altos e baixos, com muita superação 
 
O cenário de altos e baixos na cadeia leiteira pode ser exemplificado por tudo que já passou a proprietária do laticínio Puríssimo, Alice Ranieri Licorini. Filha de produtor rural em Cornélio Procópio, ela conseguiu colocar de volta sua indústria este ano no PLC, mas passou por muitas dificuldades até chegar neste momento, digamos, de maior alívio para o negócio. 
 
O bacana na história de Licorini é que quando mais jovem seu pai lhe deu uma vaca para que pudesse consumir o leite junto com sua família. Como o animal tinha boa produção, ela começou a vender o leite excedente, na época em que se podia sair com a leiteira comercializando pelas ruas. "Cheguei a entregar 300 litros de leite cru na cidade. Quando foi proibido, surgiu a ideia de investir num laticínio, ganhei um terreno da prefeitura para isso." 
 
Muitas dificuldades apareceram até chegar ao patamar atual, com produção de 1.700 litros de leite por dia recebidos de seis produtores parceiros. Para o leite, são dois nomes fantasia: o "Puríssimo" e o "Alice". Além disso, a indústria também trabalha com iogurte, manteiga e o queijo meia cura. "Passei por dificuldades, comprei maquinário errado, entre outras situações. Depois, entrei com um financiamento no Banco do Brasil e consegui o maquinário que era meu sonho de consumo, isso já em 2008. Na época investi R$ 50 mil num pasteurizador, mais R$ 50 mil numa padronizadora, além de uma Kombi para transporte, empacotadeira, maquinário para queijo, foi uma loucura... Aliás, vendi as vacas para colocar esse maquinário no laticínio." 
 
Atualmente, o laticínio trabalha com a família e mais dois funcionários. Licorini acabou participando do Leite das Crianças no início dos trabalhos, mas como sua indústria não estava completamente estruturada, teve de sair do programa. "Fiquei desgostosa naquela época, abatida com tudo que estava acontecendo. Estava endividada e não podia entrar no programa. Ano retrasado ficou faltando um documento até que finalmente deu certo". 
 
A partir desta semana, ela iniciou o envase e distribuição do leite do programa. A empresa vai fornecer 10 mil litros. "Estou muito feliz, apesar de ser apenas 351 litros por dia, estamos precisando. Minha vontade é não sair mais (do programa)". 
 
Para atingir a qualidade necessária, Licorini tem uma relação franca com seus produtores parceiros. Ela preza por remunerá-los se receber uma matéria-prima que atenda às exigências. "O laticínio não faz milagre e por isso a importância dos produtores receberem mais quando entregam qualidade. O primeiro passo é uma qualidade na mangueira de cada um deles. Chegando na indústria, o leite já passa por todo o processo laboratorial necessário".
 
As informações são da Folha de Londrina, resumidas pela Equipe MilkPoint. 
 
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