Programa incentiva cultivo e uso de palma forrageira no semiárido mineiro

O programa Palmas para Minas, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) em conjunto com outras 13 entidades, está mostrando resultados positivos. O projeto tem o objetivo de estimular o plantio e o uso da palma forrageira no semiárido mineiro, uma vez que o produto é uma opção para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos quando existe limitação de outros itens, como o milho, por exemplo.

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O programa Palmas para Minas, desenvolvido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) em conjunto com outras 13 entidades, está mostrando resultados positivos. O projeto tem o objetivo de estimular o plantio e o uso da palma forrageira no semiárido mineiro, uma vez que o produto é uma opção para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos quando existe limitação de outros itens, como o milho, por exemplo. De acordo com o engenheiro agrônomo, analista de agronegócio da Faemg e coordenador do Palmas para Minas, Caio Coimbra, as pesquisas envolvendo a palma forrageira estão avançando e o Estado já conta com 33 campos de multiplicação de palma distribuídos em 17 municípios do Norte e Jequitinhonha.
 
“Começamos o projeto em meados de 2017 e ele vem avançando bem. A interação entre as entidades envolvidas está mais próxima e gerando resultados. Exemplo disso é que a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig) está desenvolvendo as pesquisas que avaliam as variedades de palma que mais se adaptam ao clima, o que é fundamental para que o projeto dê certo e estimule o plantio da palma por parte dos produtores”, explicou Coimbra.
 
No Estado já foram plantados 33 campos de multiplicação. Nas unidades, estão sendo testadas 25 variedades de palma forrageira. O objetivo dos estudos é avaliar o desempenho das cultivares e selecionar as melhores opções para diversos microclimas. Entre os itens avaliados estão a produtividade e a resistência à seca. Nas unidades também são distribuídas mudas para os produtores rurais, que se comprometem a distribuir o mesmo volume recebido para outros produtores.
 
“Apesar de o clima semiárido apresentar um certo padrão, existem microclimas que variam conforme as altitudes diferenciadas, umidade, regime de chuvas diferentes, e o objetivo é avaliar o desempenho em regiões variadas. Isso garante maior segurança para o plantio e permite que o produtor escolha a variedade que melhor se adapta conforme a região. Por enquanto, estamos recomendando o plantio de três variedades de palma em Minas: a orelha de elefante mexicana, a miúda e Ipa Sertânia. Essas variedades são resistentes à cochonilha do Carmim, principal praga que acomete a cultura da palma”.
 
Capacitação
 
Outra conquista do projeto foram os cursos Produção de Palma Forrageira e Alimentação do Gado com Palma Forrageira, que são ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de Minas Gerais (Senar-Minas).
 
A realização das capacitações acontece conforme a demanda dos sindicatos rurais. Os cursos são considerados fundamentais por capacitarem os produtores e ensinarem técnicas que os auxiliam a ter melhor desempenho tanto no plantio como no uso da palma para a alimentação dos bovinos.
 
Os responsáveis pelo programa da palma também estão realizando seminários para divulgar as informações sobre a cultura. A expectativa é de encerrar 2019 com pelo menos cinco seminários.
 
“Tanto os cursos como os seminários são importantes formas de divulgar informações sobre a cultura da palma e o uso da mesma na alimentação de bovinos, caprinos e ovinos. A palma já é muito utilizada no Nordeste do País e é uma boa opção para alimentar os animais em períodos de escassez de alimentos, evitando o emagrecimento e, até mesmo, a morte dos animais”.
 
Por ser menos dependente de água em relação ao milho, por exemplo, a palma pode ser cultivada em áreas com baixa oferta do recurso hídrico, garantindo, assim, a alimentação dos animais. Amplamente adotada no semiárido nordestino do Brasil, a palma forrageira é um cacto originário da América Central, que tem 75% da proteína bruta fornecida pela silagem de milho.
 
De acordo com Coimbra, uma das iniciativas mais importantes conquistadas através do programa foi o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a palma forrageira, que agora também será feito em Minas Gerais. O estudo, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
 
O zoneamento é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados a fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio da cultura nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.
 
Crédito rural
 
“Além de ter acesso a informações sobre a melhor época de plantio, com o zoneamento o produtor de palma forrageira de Minas Gerais passa a ter condições de acessar o crédito rural, uma vez que o zoneamento é uma das exigências para acessar os recursos”, explicou Coimbra.
 
As informações são do Diário do Comércio.
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