Produtores de leite aguardam nova prorrogação para instrução normativa 51

Entidades ligadas a produtores de leite no Rio Grande do Sul aguardam uma nova prorrogação da entrada em vigor da instrução normativa 51, que prevê regras mais rígidas na atividade leiteira. Prevista para julho deste ano, a medida foi prorrogada para janeiro de 2012 no Centro-Sul do país. No Nordeste, o novo prazo ficou para a metade do ano que vem.

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Entidades ligadas a produtores de leite no Rio Grande do Sul aguardam uma nova prorrogação da entrada em vigor da instrução normativa 51, que prevê regras mais rígidas na atividade leiteira. Prevista para julho deste ano, a medida foi prorrogada para janeiro de 2012 no Centro-Sul do país. No Nordeste, o novo prazo ficou para a metade do ano que vem.

"Se a lei fosse implementada hoje, da forma como está escrita, de 20% a 30% dos produtores não estariam adequados. Nós precisamos ver de que forma esses produtores venham a se adequar ao que exige a norma para não ficarem fora da produção e comercialização do produto" afirma Airton Hochscheid, assessor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag).

A proposta das entidades é uma nova prorrogação. "Nós precisamos implementar a normativa, mas precisamos que aquele produtor que não está adequado possa ter um período de seis meses ou até um ano para corrigir ou aperfeiçoar seu processo de produção" explica o assessor.

Um dos fatores que ainda preocupa é redução no número de células somáticas aceitáveis nas amostras de leite. Células somáticas se reproduzem em defesa do organismo e migram para o leite quando existe risco de doenças como a mastite. Para garantir o cumprimento das exigências, o produtor precisa garantir a temperatura do leite após a ordenha e deve contar com um tanque de resfriamento.

A matéria é do Canal Rural, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Kleber Antonio Strapazon
KLEBER ANTONIO STRAPAZON

CONSTANTINA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/12/2011

Bem, temos que ter a clareza e conseguir entender o que é um pequeno produtor de leite e um pequeno proprietário rural.  Lendo o que o Sr. José de B. Guarita escreveu, me remete a pensar que muitos pequenos em área (5 - 10 ha) são ou poderão ser grandes produtores de leite. A limitação  está na cabeça do produtor e nas instituições que o apoiam. Hoje no RS, tem uma onda de criar associações e peq,  Cooperativas ditas da agricultura familiar, que parecem que vão resolver a questão, mas é só para criar estruturas, custos e pegar dinheiro barato ou de graça do governo. Criar estruturas para vender leite, pegar o melhor preço, leiloar, como se isso fosse a solução para os pequenos.
Quem não investiu ou não melhorou é porque não quis, ou não teve competência, pois com todo o aparato da Emater, Sec. Agric. e Cooperativas, falarmos em falta de A. Técnica? Acho que não falta ! Falta de recursos? Nunca existiu nesse país tanto recurso para o pequenos produtor, via PRONAF, com juro barato, subsidiado, com rebate, carencia, etc.  CTB é higiene e tem baixíssimo custo.

Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/12/2011

Prezado Clemente: Fato é se pretendemos nos transformar em grandes exportadores de lácteos, jamais poderemos abdicar da qualidade. Destarte, lamentos que demonstram a fragilidade do setor neste comenos, o que nos desanima sobremaneira, eis que, com certeza, servirão de base para o aumento das importações do produto. O que mais nos causa estupefação é que, como você mesmo disse, as medidas necessárias à transformação deste quadro são bastante singelas, exigindo, apenas e tão somente, vontade individual para tanto. Com certeza, não somos "os joãozinhos do passo certo", como quis fazer valer o Senhor José Getúlio, mas, pelo menos, não andamos tão errados.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

Joseph Crescenzi
JOSEPH CRESCENZI

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/12/2011

Acredito que a soma dos comentários  prefere que a implementação da normativa 51 seja logo em janeiro de 2012 e que os competentes se adequam rapidamente. Somente assim, terremos as portas abertas para finalmente ingressar no mercado internacional como concorrente forte. Hoje, o mercado externo determina nosso futuro, não pode continuar assim.
Ronaldo Marciano Gontijo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2011

Senhores,
Os pequenos que estão com leite ruim não são os de produção pequena, são os de mentalidade pequena. Já vi fazendas com 100 litros/dia com CCS abaixo de 200 mil, e já vi produtor com mais de 2000 litros/dia com CCS superior a 1500 mil. Em relação a contagem bacteriana não precisamos nem entrar em detalhes, é apenas limpeza, qualquer um pode fazer, se tiver vontade ela fica abaixo de 10 mil de um dia para o outro. Na minha ignorancia eu acredito que quem mais ganha produzindo um leite de boa qualidade é o produtor, vacas saudaveis são vacas produtivas.
Um abraço a todos
Ronaldo
Clemente da Silva
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 09/12/2011

Sr Guilherme, endosso todas as suas palavras e gostaria de estar enganado quanto as palavras do sr Wingert mas acho que não. Que pena que hajam pessoas nos dias de hoje , que apesar de saberem estar fazendo a coisa errada relutam em mudar porque não têm a contra partida, como se estivessem fazendo um favor em produzir com má qualidade. Mesmo no Rio Grande do Sul, um estado com a maior tradição em produção de leite no Brasil, ainda se vê coisas desse nível. Também no Rio Grande do Sul, eu deparei com propriedades cujo leite continha altissimos níveis de CBT, ou UFC, e com medidas muito simples de higiene, tiramos as propriedades da faixa de imundas, para as melhores, em questão de dias; menos de uma semana, para ser mais exato. Quanto a CCS, concordo que é um pouco mais difícil, de se chegar num patamar entre 700 a 500 mil/ml, já que não depende apenas de higiene, mas, também de manejo sanitário, com assistência de qualidade. Quanto a pequenos produtores, eu nada tenho contra desde que ele tenha a sensatez de produzir com higiene e apresentar um produto que a família dele não tivesse nojo de consumir. O problema com o pequeno é que não há como ele sobreviver nos dias de hoje, e não adianta chorar nem espernear, muito menos dizer que não aceita nada na marra, porque o rolo compressor não vai se intimidar.


Abraços.


Clemente.
Darlani de Souza Porcaro
DARLANI DE SOUZA PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2011

Temos que  implantar  uma  normativa  ao  governo  , isto é, defender e dar  condições  do  produtor  ganhar  dinheiro  com o leite. Implantar  barreiras , fiscalizar, cotizar , todo o  leite  importado. Fiscalizar  melhor  também, todo  leite  de  laticínios, tudo  isto  e  mais  algumas  outras  medidas, antes  de  cobrar  do  produtor brasileiro, medidas que  até em países  de  primeiro  mundo  não conseguem  fazer  direito.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2011

Prezado José Getúlio Wingert: Muitos produtores cruzaram os braços e nada fazem para melhorar a qualidade do leite, que, como você mesmo disse, "obrigação básica" não só dos que possuem situação financeira boa, mas de todos aqueles que se arvoram em produzir alimentos. Há um ditado muito antigo, segundo o qual, "quem não tem competência não se estabelece". Conheço dezenas de pequenos produtores que fizeram sua parte (não é muito fazer pós e pré "dip", ter higiene) mesmo sem ter os tão anunciados "recursos". Lembro a você que a Instrução Normativa 51 já foi editada há vários anos e nada foi feito por aqueles que reclamam mais tempo. Enquanto isso, eu, pequeno produtor (2000 litros/dia), tenho níveis de CCS e UFC abaixo de 80.000. Se eu consegui, por que os demais não? Meus gastos com qualidade são insignificantes (15 litros de clorexidina, que é o desinfetante que utilizo no pré "dip" e na desinfecção da ordenha, custam R$ 150,00 por mês e a solução de Iodo - pós "dip" - menos que R$ 100,00 mensais). Quanto aos gastos com sanidade do rebanho (remédios), mesmo aqueles que não se enquadraram os têm, com certeza, porque um animal doente não produz nada, só consome. O resto é água e detergente (pouco mais que R$ 6,00 por mês). Como vê, higiene e qualidade não custam tanto. Em tempo: nunca tive ajuda de Governo, nunca fiz empréstimos bancários nem dependi de qualquer ajuda externa: só TRABALHEI SÉRIO, o que, infelizmente, quase nenhum pequeno fez, esperando o tempo passar e na esperança das coisas continuarem na mesma. Só que o mundo evoluiu, e, como acontece em todo os setores da vida, quem não acompanhou, morreu.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
Jose Getulio Wingert
JOSE GETULIO WINGERT

RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2011

Prezados colegas produtores:
Leiam novamente o que escreveram.
Respeito aos que melhoraram? SIM.
São os joâozinhos do passo certo? NÃO!
Apenas cuidaram do seu negócio, obrigação básica de quem TEM RECURSOS.
Venham ao Noroeste e vejam a realidade: os 20/30% são falácia, mais de 60% dos produtores do País não atingem os índices propostos (dados da última feira de Chapecó-SC).
É Portaria, Lei ou outra imposição que implanta qualidade? NÃO. É trabalho, o que estamos fazendo. Temos dinheiro público já investido na cadeia, organizações de agricultores trabalhando intensamente na mudança de concepção e paradigma e muita vontade de mudar. Mas, o que venho repetindo há muito, antes de cinco anos não mudaremos um atraso de 100. E "pequenos" são do tamanho das oportunidades que recebem, o que até agora foi NADA.
Mudaremos, sim, mas não na marra.
Na luta,
Juca Wingert
Central de Cooperativas da Região Celeiro Yucumã
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2011

Prezado Clemente da Silva: Pior que "defender os incompetentes" é não defender os que o são. E, é isso que está acontecendo. Não vi ninguém alçar a bandeira dos que fizemos nossa parte, investindo em tecnificação e qualidade. Somente vejo defesas dos que nada construíram, dos que cruzaram os braços na certeza da impunidade. Todavia - esqueci - são os pequenos, os menos favorecidos pela sorte, os que menos podem consumir leite é que votam no Partido Oficial.
Um abraço,
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

   
Clemente da Silva
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 08/12/2011

Há 25/30anos atrás, o Saudoso reporter Amaral Neto, Alertava as autoridades para o dia em que o morro descesse, e o crime organizado chegasse à Brasília. Ninguém deu bola e hoje o morro já desceu e devastou a grande cidade, ocrime organizado está em Brasília, e muito bem estabelecido. O povo é refém de tudo isso, por pura falta de competência de nosso sistema de governo. Um dos maiores crimes está se cometendo hoje com o leite e parece que a cada dia, aparecem mais impecilhos para que se implante de uma vez por todas, medidas mínimas para qualidade de um produto que jamais poderia ser produzido de qualquer jeito, como sempre foi o leite brasileiro. O que me intriga, é que há um montão de gente preocupada em defender os incompetentes que não querem se adequar às novas regras, do que em defender a saúde pública que mata milhares de crianças por esse país afora, em função de alimentos de má qualidade, entre eles, o leite. QUE VERGONHA, PARA O NOSSO PAÍS AOS OLHOS DO MUNDO!
Paulo R. F. Mühlbach
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/12/2011

É muito fácil pedir uma nova prorrogação (como se os prazos concedidos já não tivessem sido mais que suficientes para um produtor profissionalizado) chamando a si uma pretensa representatividade dos produtores sulriograndenses em geral. No fundo, é uma ação demagógica de interesse essencialmente político, iludindo pequenos produtores rurais com a fantasia de que poderão sobreviver como "tiradores de leite", sem propor alternativas concretas e realizáveis. O abastecimento do mercado nacional e o potencial de todo ser humano ligado à atividade rural, certamente permitirão a este a sustentação a partir de outro produto agrícola, de menor complexidade e de menor necessidade de infraestrutura do que o mínimo exigido por uma exploração leiteira racional.
Kleber Antonio Strapazon
KLEBER ANTONIO STRAPAZON

CONSTANTINA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/12/2011

Se prorrogar, mais uma vez os produtores de leite organizados irão pagar a conta e ficar de bobos, pois investiram e melhoraram seu sistema  de produção. Os Governos e Entidades de Classe tem que parar de defender o que não tem defesa, pois certamente boa parte desses 30% sairão da atividade, é assim em todas as atividades, é assim no mundo, é assim no mercado de trabalho.


Ou nos enquadramos e levamos a sério, pois estamos produzindo alimentos, ou caimos fora. Chega de demagoria em cima da produção de leite, só para conseguir votos e defender instituições.
Joseph Crescenzi
JOSEPH CRESCENZI

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/12/2011

Os "20% a 30% dos produtores não estariam adequados" representam uma fatia pequena do leite produzido. Se prorrogar de novo, o ônus fica com os que fizeram os investimentos para adequarem as normas.
RONALDO CARVALHO SANTOS
RONALDO CARVALHO SANTOS

CURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 07/12/2011

Eis o esperado,fruto de Políticas Públicas editadas por pessoas inescrupulosas que enriquecem se elegendo e reelegendo ás custas dos miseráveis. Aqueles que se jactam e sugam o Erário Público. Quanto mas carentes e os denominados ,"Sem algo", emendas parlamentares, mais tutela e falsas interpretações ideológicas, Assim se age para deliberadamente incitar lutas de classe, e, continuar a sugar as mamadeiras de ouro.
Querem trabalhar sério, criem mecanismo para entrega direta aos que êles costumam rotular de pequenos (são maiores que a pequenez política) produtores, de animais que possuam aptidão leiteira, livres de doenças.
Equipamento de infraestrura tecnólogica de produção, tudo isto perto do custo Zero. Assim não haverá necessidade de Instruções Normativas , que se sabe impossiveis de serem cumpridas.,e, a mínima intromissão no aparelho produtivo.
Me parece que, há interesse em manter um plantel doente, uso de latões enferrujados transvase, embalagens inadequadas reutilizadas, falta de estradas para escoamento. Repasse a Estados de vultosas verbas para Defesa Sanitária, mal usadas , ou.............
Que tal levar a sério e recomeçar ? Sou visinário ?
Chega de engôdos, não descassifiquemos  a IN-51,a ponto de transformá-la em 171.
Bruno de Castro Moura
BRUNO DE CASTRO MOURA

DIAMANTINA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 07/12/2011

Parabens pelo comentário Guilherme, adiar não vai resolver o problema o que falta é incentivo por parte dos laticínios e uma fiscalização intensa do governo.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/12/2011

Prezados Senhores: Pretender mais uma prorrogação da Instrução Normativa 51 é conferir um atestado total de incompetência ao setor leiteiro. É sintoma da falta de profissionalismo de alguns produtores e um desprespeito aos que tomaram a sério medidas de adequação à norma, investiram capital pesado na qualidade e optaram por sistemas de produção mais eficientes.  





GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
Ronald Matos dos Santos
RONALD MATOS DOS SANTOS

VIÇOSA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/12/2011

Para garantir o cumprimento das exigências da IN 51 o produtor precisa muito mais do que somente adquirir um tanque de resfriamento para armazenar e resfriar o leite.
Qual a sua dúvida hoje?