Produtores de Goiás trocam pecuária leiteira pelo cultivo da cana-de-açúcar
A Produção de leite do Estado de Goiás tem caído nos últimos anos influenciada pelos altos custos e baixa rentabilidade.
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O MilkPoint abordou essa questão em artigo escrito em final de junho: http://www.milkpoint.com.br/mercado/editorial/o-que-acontece-com-o-leite-em-goias-72750n.aspx
O 10º Seminário do Leite, organizado por uma cooperativa em Rio Verde, reuniu cerca de 300 pessoas entre pecuaristas, produtores de leite e estudantes. O presidente da Centroleite, Haroldo Max, uma das principais cooperativas do Estado, participou do evento e falou sobre a situação atual do mercado.
- O produtor que está mais ou menos organizado está conseguindo ganhar dinheiro com leite em Goiás - revela.
Durante o seminário os especialistas afirmaram que a produção leiteira em Goiás tem caído muito nos últimos anos. Em 2010 foram produzidos cerca de 2,5 bilhões de litros de leite. Para 2011 a expectativa é de uma redução de cerca de 4%.
O produtor de leite Dijalma Costa trabalha há 20 anos com leite e produz diariamente cerca de 700 litros. Ele observa que a entrada da cana na região e os altos custos fizeram muita gente deixar a atividade.
- Os pequenos mudaram para outra área, em torno de 60 a 80% não conseguiram ficar - conta.
O seminário foi divido em seis estações. Em cada parada foram 40 minutos de aprendizado sobre manejo nutricional, produção de silagem e outros temas importantes para a atividade. Uma oportunidade de obter conhecimento até para quem ainda não atua na área.
A matéria é de Wenya Alecrim, para o Canal Rural, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 24/09/2011
Enquanto existirem produtores que insistem em se mater na atividade mesmo perdendo dinheiro ou em troca de salário minimo, de empresas processadoras comprando leite podre, buscando apenas pagar o minimo e consumidores sem consciência sobre a qualidade do que estão levando, o consolidação do setor não vai acontecer.
Lembro ainda que a produção leiteira não vai deixar ninguém rico e nem é uma opção de vida fácil, nem no Brasil e nem nos paises citados como referência, mas pode-se produzir leite com dignidade e com qualidade de vida, mas só com profissionalismo.

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 23/09/2011
Como ter ambição de lucros com:
Genética não especializada.
Baixa eficiência na produção e uso de volumosos.
Gestão deficiente.
Só com milagre!

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 23/09/2011
O negócio então é continuar nessa luta inglória: trabalhando feito em desesperado, para ganhar nada ou quase nada.

NOVA CRIXÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 22/09/2011
Pesquisa realizada em 2009/2010 em 17 fazendas em Piracanjuba revela que:
1) prevalecem hoje as fazendas tocadas com mão de obra familiar. Na nossa amostragem compunham 85% das propriedades.
2) Utiliza-se tecnologia, mas não é homogênea. Varia o padrão racial das matrizes, varia o padrão racial do touro, entre outros.. Pode-se dizer que não existe ainda um sistema de produção consolidado e aceito por parte dos produtores .
Em todas as propriedades pesquisadas a margem bruta da atividade foi positiva.
Mas esta margem remunera na verdade apenas a mão de obra familiar. E muito abaixo do que ela verdadeiramente vale.
Há um um vício nas planilhas (CEPEA, S.T. Gomes etc.) tidas como referência no setor:
Há sub-avaliação do pro-labore familiar. Lançam para o produtor o salário de um vaqueiro, ca. de 2 salários mínimos. Isto é muito pouco. O trabalho do produtor teria que ser equiparado ao salário de um gerente de fazenda, no caso de propriedades de produção acima de 1000 l/diário, no mínimo 3,5 a 4 salários mínimos, acrescido dos encargos, décimo terceiro salário e férias.
Fazendo este ajuste, e considerando-se a depreciação das instalações e equipamentos na fazendas, desaparece o lucro bruto do produtor. A margem líquida passa a ser praticamente zero.
Em outras palavras, o leite hoje, remunera - mal - a mão de obra familiar. Não está remunerando o capital investido. Não é, portanto, atividade competitiva.
Por isto os jovens rurais estão deixando o campo.
Caminha-se a passos rápidos para um impasse.

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 20/09/2011
Bom dia.
Você tem razão. A propósito como é a produção de leite na sua região. Você tem obtido resultados financeiros. Se tem, como são suas vacas, qual a base nutricional, tipo de pastejo, e quantos litros de leite você vende. Nasci em Juiz de Fora, moro em Goiânia e por aqui brinco de tirar leite, só tenho despesas, estou na atividade porque gosto de vacas de leite, quando criança visitava fazendas, aí na região, nos finais de semana com meu pai a passeio, talvez por isto goste de vacas deleite.
Obrigado.
José Manoel.

LIMA DUARTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/09/2011
O próprio artigo fala em "conseguir ganhar dinheiro". É sintomático, um claro indicativo da diferença entre as duas atividades. A moda agora é a produção em piquetes, em pequenas áreas. O alvo é quem não tem tamanho para plantar. Até quando vamos protelar uma profissionalização séria da produção? Só quando faltar leite para valer!