Produtores da Argentina pedem aumento de 15% no preço do leite

A ocorrência da seca afetou a produção leiteira argentina e a relação entre os produtores de leite e as indústrias voltou a ficar tensa por causa do preço do leite. Em meio a esse cenário, os produtores reclamam aos empresários uma recomposição de 15% no preço do leite.

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A ocorrência da seca afetou a produção leiteira argentina e a relação entre os produtores de leite e as indústrias voltou a ficar tensa por causa do preço do leite. Em meio a esse cenário, os produtores reclamam aos empresários uma recomposição de 15% no preço do leite.

"Precisamos de um aumento de 15%, porque estamos recebendo os mesmos preços de um ano atrás e há aumento nos custos", disse o presidente da Câmara Pampeana de Produtores de Leite, Alfredo Eléspuru.

Segundo ele, os produtores de leite deveriam estar recebendo no mínimo 1,70 pesos (US$ 0,39) por litro. Embora o último preço informado pelo Ministério de Agricultura corresponda ao de novembro passado, o valor médio é de 1,48 pesos (US$ 0,34) por litro. Para Eléspuro, há produtores recebendo menos que isso.

Junto com as câmaras leiteiras de Santa Fé, Córdoba e Santiago del Estero, a entidade que representa os produtores de leite de La Pampa emitiu um comunicado para pedir uma melhora "urgente" no preço.

O presidente do Centro de Indústria Leiteira (CIL), Miguel Paulón, preferiu não opinar sobre isso até a próxima semana, quando se reunirá com uma comissão técnica conjunta de produtores e empresários.

Nesse contexto, a Federação Agrária Argentina (FAA) resolveu pedir ao ministro da Agricultura, Norverto Yauhar, e ao vice-secretário do setor leiteiro, Arturo Videla, uma audiência para tratar o que considera uma "situação desesperadora dos pequenos e médios produtores de leite". Segundo a FAA, a falta de rentabilidade dos produtores se soma à seca que, em sua opinião, obrigará os produtores a abandonar a atividade.

Em novembro passado, os produtores de leite agrupados na FAA, junto com outras entidades do setor, pediram uma audiência à presidente Cristina Kirchner, que nunca respondeu.

Para os produtores de leite, as indústrias têm um alto nível de vendas no mercado interno e nas exportações, que permitem que possam pagar mais aos produtores. Somente no setor de leite em pó, nos primeiros onze meses de 2011, as empresas exportaram 40% mais em volume (207.491 toneladas) e 62% em valor (US$ 835milhoes) com relação ao mesmo período de 2010. No setor de queijos, as exportações aumentaram em 23% em volume (55.096 toneladas) e em 37% em valor (US$ 251,8 milhões) com relação ao mesmo período de 2010.

"Não é muito o que pedimos em função do que as empresas estão exportando e vendendo no mercado interno", disse Eléspuru.

Em 2011, a produção de leite na Argentina cresceu 14% e superou os 11 bilhões de litros, um volume recorde. Eléspuru lamentou que, apesar dessa conquista, a indústria não tenha recomposto os preços aos produtores.

A reportagem é do La Nación, traduzida e resumida pela Equipe MilkPoint.
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