Produtores criticam projeto que nivela preços
A notícia publicada na última terça-feira (9) sobre a aprovação dos deputados de um projeto de leite que visa a divulgação, até o dia 25 do mês, do preço que será pago ao produtor pelos laticínios, foi o assunto mais comentado no MilkPoint durante a última semana. De um lado, congratulações ao deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) por aumentar a transparência na precificação do produto. De outro, enormes críticas pelo fato do projeto propor o fim da diferenciação de preços entre produtores da mesma empresa, nivelando-os provavelmente por baixo.
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De um lado, congratulações ao deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) por aumentar a transparência na precificação do produto. De outro, enormes críticas pelo fato do projeto propor o fim da diferenciação de preços entre produtores da mesma empresa. É essa a opinião de Eduardo Amorim, produtor de leite em Patos de Minas (MG):
"Aqueles que investiram em infra estrutura, melhoramento genético, ganhos de produtividade, qualidade do leite (CCS, CBT, proteína e gordura), além de terem aumentado o volume de produção, para atender ao crescimento da demanda de lácteos, serão duramente penalizados caso este projeto de lei seja aprovado. Se cada laticínio for obrigado a igualar os preços muito provavelmente o farão nivelando por baixo, prejudicando, desde os grandes produtores, passando pelos médios, e atingindo os milhares de pequenos produtores que investiram ou deveriam estar investindo para atender a IN 51 e para aumentar a qualidade do leite e a produtividade do rebanho de leite brasileiro que é uma das piores do mundo. Quem regula preços de commodities como o leite é o mercado, de acordo com a "lei" da oferta e da demanda de cada bacia leiteira. A intenção do legislador pode ter sido boa, mas do modo como está redigido o texto, é uma faca de dois gumes, e o silêncio sepulcral dos representantes da indústria/laticínios, diz tudo".
Roberto Jank Jr, da Agrindus S/A, coloca um outro ponto: "O formato proposto nesta lei é absurdo, infantil e, pior, extremamente excludente. Ao obrigar os laticínios a tabelar preços, estes logicamente vão optar apenas por produtores com melhor qualidade, volume e menor distância; a lei não tem como obrigar um agente do mercado a receber leite de todos.A informação prévia de preços é salutar apenas como referência de valor base e horizonte de mercado; a partir do valor base devem ser aplicados os bônus e ônus que sinalizam os critérios estabelecidos pelo mercado e livre concorrência.Moderno mesmo seria obrigar a publicação do valor base no final do mês anterior e publicar as sinalizações de ônus e bônus a partir dos critérios da IN51."
Qual a sua opinião sobre o assunto? Clique aqui para ler na íntegra a proposta do deputado Reginaldo Lopes e participar do debate no MilkPoint.
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GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/08/2011
Abraços Homilton
<b> Caro Homilton, </b>
Na realidade o projeto irá a votação sem esse artigo de nivelamento de preços.

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 17/08/2011
Lembrando que o preço tabelado base é variável pela lei da oferta e demanda, não poderá ser fixo pelo ano todo.

UBERABA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 16/08/2011
Sobre o assunto da matéria em questão, concordo com todas a opiniões. Mas temos que dar o devido valor à iniciativa do Dep; Reginaldo Lopes do PT mineiro. Acredito que o Decreto que irá regulamentar a lei seja o mais detalhado na sua redação referente a detalhes, como mecanismos pelos quais as industrias de laticínios poderão se orien-tar além da IN51 entre outras. No paragrafo 2º do Artigo 3º da lei, a responsabiliza a empresa pela assistência ao produtor de leite, no decreto deve estar bem descrito a forma que a empresa deva atuar. Fica aqui uma sugestão. Em locais que a empresa tem entreposto, pois na sua maioria não tem equipe técnica, para fazer o que sujere a lei. Sugiro que no Decreto tenha varias opições de como este paragrafo deva ser con-templado. É na elaboração desse Decreto que devemos intervir, através da CNA, EMBRAPA leite e das entidades de classe do setor leiteiro.

IPAMERI - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2011
GUARACI - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2011
Isto é que da deputado mal acessorado ou mal intensionado. Vamos alertar aos demais deputados para não embarcarem nesta. O que precisa sim é ter uma base de preço oficial tipo CONSELEITE de cada estado, o qual é projetado para o mês seguinte, sempre na 1a quinzena de cada mês. desta forma o produtor sabe com antecedencia o que vai receber por conta da sua produção, o preço real é então negociado com o lacticinio com alguma , = ou - sobre a base do CONSELEITE, tudo idto com antecedencia média de 20/30 dias.

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2011
Os artigos segundo e terceiro devem ser excluidos por serem absurdos, e só favorecem a oportunistas que não tem compromisso efetivo com a produção de leite no Brasil, tamto em termos quantitativos como qualitativos, um dos motivos pelo qual o Brasil há muitos anos é importador de leite, tirando trabalho e renda do nosso interior.
Espero que a CNA se posicione e lidere movmento para serem suprimidos o artigo segundo e terceiro.
Marcello de Moura Campos Filho

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2011
Com relação a proposta em si, convém lembrar uma das maiores críticas feita ao preço tabelado, que era a não remuneração diferenciada para quem investia na produção, na qualidade e na eficiência. Simplesmente nivelava todos os produtores em um mesmo patamar, o que não estimula a eficiência, ao contrário acolhe de bom grado àqueles que não se preocupam em melhorar a sua produção. É preciso cuidado ao comparar regulamentações de mercado estrangeiras, nosso setor está em franco processo de desenvolvimento, ao contrário de países que já atingiram a maturidade.
Precisamos sim melhorar e incentivar produtores e indústrias que trabalham para a melhorar a produtividade da cadeia, uma boa sugestão foi a feita pelo Sr. Roberto Jank Jr. com relação Ao pagamento pela qualidade. As empresas e cooperativas devem ter total liberdade para compor suas políticas de preço, entretanto com relação à qualidade seria importante saber os critérios e quem realmente paga pela qualidade.
Não acredito em exclusão de produtores, pois todos sabem a necessidade que as indústrias tem por matéria prima leite, mas como ficará a disputa por esse leite? As empresas não poderão fazer ofertas fora do regulamentado, talvez fique cômodo para as empresas delimitarem suas áreas de atuação e não realizarem concorrência. Neste caso a ineficiência industrial também não seria privilegiada?
E o pagamento pela qualidade? Como fica? O produtor poderá receber menos que o mínimo caso seja penalizado?
Com relação a transparência, com certeza seria benéfico. Entretanto o que se chama transparência, avisar o produtor qual será o preço para o próximo mês é transparência? Isso é compromisso, algumas empresas já fazem isso. Agora se há empresas que não divulgam e não se comprmetem com o produtor, cabe ao produtor procurar empresas sérias.
Precismaos nos tornar mais eficazes para produzir comodites a preços competitivos e ganhar espaço.
Atenciosamente

ANGATUBA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2011

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2011