Produtores brasileiros apreensivos com o leite uruguaio
Aproveitando um amplo mercado de quase 200 milhões de consumidores, o Uruguai está exportando sua safra de lácteos, principalmente o leite em pó, no mercado nacional. Com a revogação das licenças de importação não-automáticas e a ausência de cotas, de janeiro a julho deste ano, o país exportou para o Brasil 18,8 mil toneladas de produtos lácteos. O resultado do crescimento da oferta é que, em plena entressafra, o preço ao produtor tem recuado e se tornado atrativo para os consumidores.
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O resultado do crescimento da oferta é que, em plena entressafra, o preço ao produtor tem recuado e se tornado atrativo para os consumidores. O litro de leite longa vida no varejo apresentou queda de até 15% entre junho e julho, em levantamento foi realizado pelo site Mercado Mineiro em Belo Horizonte-MG.
Lideranças dos produtores da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste estão reivindicando que o governo federal estabeleça cotas para o Uruguai, como ocorreu com a Argentina, também integrante do Mercosul. "A concorrência com o Uruguai é predatória. O governo deve limitar a entrada de leite uruguaio no Brasil, caso contrário as fazendas brasileiras poderão virar sucatas", defende Rodrigo Alvim presidente da Comissão de Pecuário de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que ontem (11) participou de encontro do setor na Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg).
Ele aponta que ao negociar a abertura do mercado uruguaio para o frango brasileiro, o país vizinho protegeu sua indústria estabelecendo limites para a importação, já o Brasil abriu as portas sem restrições.
Cerca de 60% do leite em pó e soro uruguaio que desembarga no porto de Vitória-ES é consumido pela indústria de alimentos. Já o leite longa vida e os queijos têm chegam ao Sul do país, devido à logística facilitada. "Desde o ano passado sofremos fortemente com a concorrência uruguaia. Os preços já caíram 9% desde junho e a tendência é de mais 2% em agosto", diz Nelton de Souza, vice-presidente de finanças da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc).
Outra questão que está deixando a pecuária nacional apreensiva é o avanço das importações de soro do leite. Como o produto é mais barato e pode substituir o leite na fabricação de diversos alimentos, os pecuaristas já solicitaram ao governo brasileiro abertura de fiscalização para rastrear o destino do soro. No mês de junho entraram no país, 4,5 mil toneladas do produto, volume 86% superior a junho/09. "Para que tanto soro? Se por acaso este produto estiver substituindo o leite, o valor de proteína dos alimentos é reduzido, daí temos um enorme problema", pondera Rodrigo Alvim, presidente da Comissão de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Uma das estratégias do Brasil seria uma parceria com a Argentina, com financiamento conjunto do BNDES e do Fundo de La Nacion. "Queremos criar uma plataforma para trabalhar um terceiro mercado mundial", diz Alvim. Historicamente, a produção de leite brasileira enfrenta os preços cíclicos do mercado.
A matéria é de Marinella Castro, publicada no jornal Estado de Minas, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 02/05/2011

BELÉM - PARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 22/08/2010
meus respeitos marcelo

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 18/08/2010
EM ETERNO LUTO .... CAROLINA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 16/08/2010
Em luto, Carolina.
ANGATUBA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 15/08/2010
abraços de um produtor que ainda tenta sonhar.
LUZ - MINAS GERAIS
EM 14/08/2010

IVINHEMA - MATO GROSSO DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 13/08/2010
BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 13/08/2010
Só que eles tem um país com a popuação do município do Rio de Janeiro e ainda limitaram os volumes de frango. Ou seja, a jogada do governo Lula não aumenta os preços do frango no mercado nacional, já que o volume de exportação é irrisório e de quebra ainda reduz muito os preços do leite em plena entressafra com o grande aumento das importações. = CESTA BÁSICA MAIS BARATA EM ANO ELEITORAL.
Como já disse se a jogada tem como objetivo colher frutos eleitorais, a única medida eficaz contra esse absurdo seria uma medida capaz de levar prejuízos eleitorais ao governo. Só consigo pensar em uma saída: MANIFESTAÇÃO.
Alguns segundos na mídia de uma manifestação bem organizada e pacífica, exibindo nossos animais lá no palácio do planalto, sem jogar uma gota de leite fora, fariam o governo tomar atitude imediata impondo limites ao Uruguai.
Um abraço à todos
Sávio Santiago

CAMPINAS - SÃO PAULO
EM 12/08/2010
A propósito, é para esse tipo de ação que srve a CNA? Estamos mesmo, muito mal orientados. Depois que a vaca vai para o brejo, não adianta fazer cercas; o prejuízo está estabelecido.
Clemente.

ITAPURANGA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/08/2010

VIDEIRA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/08/2010
so se preocupa em colocar comida barata na mesa do brasileiro,e não se preocupa com quem ta produzindo!!!!(QUE PAIS É ESSE)
CARRANCAS - MINAS GERAIS
EM 12/08/2010
O soro em pó é um problema seríssimo e até hoje não foi tratado com a seriedade que precisa.
Ignorar o destino do soro em pó é fazer como o avestruz.
Enquanto isso, o produtor de leite perde competitividade e dinheiro.