Produtor fala sobre o setor leiteiro uruguaio no Interleite 2011

"Nós trabalhamos para duplicar a produção de leite em uma década", disse o representante do Uruguai o Interleite, Horacio Leániz Carrau. Para ele, que é diretor da Câmara Uruguaia de Produtores de Leite, as exportações deverão crescer 150% nesses 10 anos. "Requerem-se US$ 400 a US$ 500 milhões adicionais e outra porção de investimento no setor industrial. Haverá menos produtores e esses serão maiores. Nosso grande desafio é o comércio exterior".

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"Nós trabalhamos para duplicar a produção de leite em uma década", disse o representante do Uruguai o Interleite, Horacio Leániz Carrau. Para ele, que é diretor da Câmara Uruguaia de Produtores de Leite, as exportações deverão crescer 150% nesses 10 anos. "Requerem-se US$ 400 a US$ 500 milhões adicionais e outra porção de investimento no setor industrial. Haverá menos produtores e esses serão maiores. Nosso grande desafio é o comércio exterior".

Após oferecer aos organizadores do evento doce de leite "Lapataia" por ser "um símbolo do Uruguai, produzido em Punta del Este por uma sócia da Câmara", Leániz falou do "setor leiteiro que se vê". Em sua análise, detalhou como está aumentando a produtividade no país. Ele disse que os produtores estão afinando dietas, com mais grão e melhor bem-estar.

Por outro lado, ele disse que também foi dada ênfase na dieta através de pastagens, alfafas, palha, azevém e sorgo forrageiro. Ele disse que se tem utilizado mais pastoreio mecânico e mais silos. Ele explicou aos quase 1.000 participantes do Interleite que se tem melhorado os solos, com alta porcentagem de plantio direto, cuidando do balanço de nutrientes, aumentando o carbono orgânico com rotações e reciclando efluentes.

Em sua análise setorial, Leániz mencionou as economias de escala: "há menos fazendas, mas maiores", explicando que se utiliza a contratação de semeadura, cultivo e ensilagem com assistência profissional em grupos com auto-gestão. Ele valorizou as vendas e compras em conjunto e mencionou o caso da Prolesa, com mais de 40% do mercado de insumos, destacando a promoção feita pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) de estratégias associativas.

Leániz também citou as restrições do setor, como custos internos crescentes, à mercê de atraso cambial, falou das restrições quanto à energia elétrica, a insuficiente capacitação de jovens, a escassa pesquisa em irrigação, o investimento insuficiente em algumas indústrias e a alta dependência de mercados regionais.

As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Paulo R. F. Mühlbach
PAULO R. F. MÜHLBACH

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/07/2011

Vejo esta retratada evolução uruguaia como uma possibilidade de desenvolvimento da produção leiteira em propriedades de médio  porte no Rio Grande do Sul, integrando lavoura e pecuária.
Qual a sua dúvida hoje?