Produção de soja deverá diminuir quase 12% no Paraná

Mais uma vez a região oeste do Paraná será responsável por uma quebra da produção de grãos no Estado.O clima quente e seco de novembro e dezembro fez com que o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado reduzisse em 11,9% sua estimativa para a colheita total de soja do Estado nesta safra 2018/19 em relação ao cenário traçado anteriormente, que previa estabilidade em relação a 2017/18.

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Mais uma vez a região oeste do Paraná será responsável por uma quebra da produção de grãos no Estado. O clima quente e seco de novembro e dezembro fez com que o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Estado reduzisse em 11,9% sua estimativa para a colheita total de soja do Estado nesta safra 2018/19 em relação ao cenário traçado anteriormente, que previa estabilidade em relação a 2017/18. Ou seja, as 16,9 milhões de toneladas agora calculadas representam quedas de 11,9% sobre a temporada anterior e de 14% na comparação com as primeiras projeções para o ciclo corrente.

Figura 1

Na temporada 2017/18, a região oeste do Paraná sofreu com perdas de produção na segunda safra de milho - a safrinha. Houve redução de 25,6% em relação às primeiras projeções para a safra, que ficou em 9,1 milhões de toneladas. "A gente está colhendo as piores áreas de soja agora. Foram as lavouras mais precoces do oeste e do centro-oeste do Estado que sofreram com o clima seco e quente", explicou Marcelo Garrido, economista do Deral. A produtividade da safra 2018/19 foi revisada de 3.503 quilos por hectare para 3.108 quilos.

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Até o momento, 15% dos 5,4 milhões de hectares estimados para a safra paranaense foram colhidos. Cerca de 70% das lavouras que ainda estão nos campos apresentam condições boas de desenvolvimento, mas o Deral aponta que 23% das lavouras estão em condições médias e 7%, em condições ruins. "Ainda assim, eu posso dizer que não teremos uma produção maior que 16,9 milhões de toneladas. Se houver revisão, será para baixo", disse Garrido.

O levantamento do Deral mostrou que 29% das lavouras estão em fase de maturação, 46% em frutificação, 21% em floração e 4% em desenvolvimento vegetativo. O Deral também apontou que as vendas de soja ainda caminham a passos lentos no Estado. Segundo dados divulgados ontem, chegaram a 3,7 milhões de toneladas, apenas 22% da colheita estimada.

Para a primeira safra de milho, o Deral reduziu em 3,3% sua estimativa em relação ao previsto em dezembro, para 3,1 milhões de toneladas, com produtividade média de 8.707 quilos por hectare. A colheita está em 3% dos 356 mil hectares estimados para a safra de verão.

Com relação à safra de inverno do cereal, o Deral elevou a área estimada em 0,2%, para 2,192 milhões de hectares, 4% a mais que no ciclo 2017/18. "A colheita acelerada da soja pode até estimular que o agricultor aumente mais a área de milho de segunda safra em detrimento do trigo", afirmou Edmar Gervásio, economista do Deral. Segundo ele, até o momento as previsões apontam para boas condições de desenvolvimento do cereal. A produção da segunda safra está estimada em 12,7 milhões de toneladas no Paraná, avanço de 39% ante a temporada de inverno de 2017/18. As vendas antecipadas de milho já chegam a 5% da produção projetada.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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