Produção de máquinas agrícolas e rodoviárias aumenta à espera da renovação do crédito

De olho na renovação dos financiamentos no próximo Plano Safra (2019/20), que deverá entrar em vigor em 1º de julho, e nas entregas pendentes após a Agrishow - feira que aconteceu recentemente em Ribeirão Preto (SP) -, a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias no país chegou a 5.442 unidades em maio, altas de 23,2% em relação a abril e de 18,6% ante a maio de 2018, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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De olho na renovação dos financiamentos no próximo Plano Safra (2019/20), que deverá entrar em vigor em 1º de julho, e nas entregas pendentes após a Agrishow - feira que aconteceu recentemente em Ribeirão Preto (SP) -, a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias no país chegou a 5.442 unidades em maio, altas de 23,2% em relação a abril e de 18,6% ante a maio de 2018, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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"Ainda temos que esperar como será o novo Plano Safra - que teve adiado seu anúncio -, mas acredito que a produção deverá continuar a crescer, visto que ainda temos clientes da Agrishow por atender", afirmou Alfredo Miguel Neto, vice-presidente da Anfavea.

Figura 1

As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias somaram 3.087 unidades em maio, com quedas de 0,7% em relação a abril e de 5,8% ante maio de 2018. As retrações já eram esperadas, uma vez que as principais linhas de crédito oficiais para a aquisição de tratores, colheitadeiras e colhedoras de cana, entre outros equipamentos, estão praticamente esgotadas depois da forte demanda dos primeiros dez meses do Plano Safra 2018/19. Segundo Miguel Neto, o recuo refletiu particularmente a menor venda de colheitadeiras, habitual no período.

Enquanto o novo Plano Safra não é lançado, as fabricantes buscam alternativas para atender aos pedidos. Normalmente utilizado para financiar máquinas importadas, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) tem sido oferecido como opção.

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Na CNH, que detém as marcas New Holland e Case, os juros da linha caíram de 13% ao ano para 7,5%. No entanto, o prazo de carência é de cinco anos, ante sete no caso do Moderfrota. "Tivemos que subsidiar o juro para ficarmos mais competitivos, mas, honestamente, é um custo muito alto e pouco viável", afirmou Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland AG para a América Latina.

A estratégia foi adotada uma semana antes da Agrishow. "Fizemos modalidades de um ano, dois e até cinco anos, com juros progressivos para atrair produtores de pequeno porte", disse Miotto.

Segundo ele, a medida terá impacto nas margens das montadoras, mas deverá ser amenizada pelo novo Plano Safra. "Se vier [nas condições que se espera], as margens voltam ao normal", observa.

Ele espera que os novos recursos já estejam disponíveis assim que começar o novo ano-safra e que os prazo e carência das linhas sejam mantidos. Miotto, contudo, já prevê ajustes no plano. "Acredito que haverá aumento nos juros para grandes produtores e que pode haver alterações nos limites, mas quero acreditar que esse tripé será mantido", diz.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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