Primeira vacina contra metrite protege vacas leiteiras

Pesquisadores de Cornell criaram as primeiras vacinas que podem prevenir a metrite, que é a infecção do útero, uma das doenças mais comuns dos bovinos. As novas vacinas pode previnir a ocorrência de infecção no útero e reduzir os sintomas quando essa se instala, uma situação que poderia levar os Estados Unidos a economizarem [...]

Publicado por: MilkPoint

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Pesquisadores de Cornell criaram as primeiras vacinas que podem prevenir a metrite, que é a infecção do útero, uma das doenças mais comuns na reprodução dos bovinos. A infecção não somente prejudica os animais e os lucros da fazenda, mas também, leva a mais uso de antibióticos sistêmicos em vacas leiteiras do que qualquer outra doença.

As novas vacinas previnem a ocorrência de infecção no útero e reduz os sintomas quando essa ocorre, uma situação que poderia levar os Estados Unidos a economizarem bilhões de dólares por ano e ajudar a conter uma crescente resistência epidêmica a antibióticos. A pesquisa foi publicada no jornal PLOS One em 17 de março.

A metrite normalmente se desenvolve após a vaca parir, quando bactérias se aproveitam da vagina e da cérvix aberta para se instalar no útero. As vacas infectadas apresentam febre, dor, inflamação, falta de apetite, depressão e menor capacidade reprodutiva. A metrite afeta cerca de 25% das aproximadamente 9 milhões de vacas leiteiras nos Estados Unidos, custando quase US$ 400 por caso na perda de produtividade e custos de tratamentos.

É a causa número um do uso de antibióticos sistêmicos, que age o corpo inteiro do animal ao invés de apenas uma região específica, disse o professor assistente de medicina da produção leiteira da Faculdade de Medicina Veterinária, Rodrigo Bicalho. Três das vacinas que o laboratório de Bicalho desenvolveu reduziram a incidência de metrite e reduziram seus sintomas em vacas que as receberam, mostrando uma promessa para alternativas a antibióticos na resolução da doença.

“Nosso laboratório vem desenvolvendo a vacina há anos agora baseado em nossa pesquisa dessa doença. Criamos vacinas multivalentes, coquetéis complexos com vários componentes que identificamos como importantes no aparecimento da metrite”.

Bicalho e os pesquisadores de seu laboratório testaram cinco combinações de vários ingredientes e fizeram três aplicações via subcutânea e duas intravaginal. Todas as vacinas subcutâneas foram efetivas, reduzindo de forma significativa a incidência da doença em até 83%. As vacas que foram vacinadas por via subcutâneaa, tiveram menor incidência de febre pós-parto e metrite puerperal, períodos mais curtos da doença e melhor desempenho reprodutivo comparado com aquelas que não receberam a imunização.

“A proteção poderosa que essas vacinas produziram nos surpreendeu. Esperávamos algum efeito protetor, mas nada tão forte como o que encontramos. Uma vacina efetiva contra doenças uterinas terá um impacto positivo significante na indústria de lácteos, limitando o uso de antibióticos e reduzindo as perdas econômicas devido a essas doenças. Nosso próximo passo é simplificar os complexos de vacinas que criamos identificando quais componentes são os mais efetivos e remover o restante”.

O laboratório de Bicalho, em colaboração com a Merck Animal Health, está trabalhando para obter licenças das vacinas junto ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), sendo que depois disso, essas devem estar disponíveis para uso. A pesquisa foi financiada pela Merck Animal Health.

A reportagem é do http://www.news.cornell.edu, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

O Professor Rodrigo Bicalho é um dos palestrantes do INTERLEITE BRASIL 2014.

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Neper Ferreira Cruz
NEPER FERREIRA CRUZ

MANAUS - AMAZONAS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/04/2014

Que as novas vacinas de prevenção da metrite estejam o mais breve possível no mercado,

hajam vistas as recentes descobertas minimizarem os custos da atividade leiteira.
FERNANDO GIORGETTI
FERNANDO GIORGETTI

RIO CLARO - SÃO PAULO

EM 23/04/2014

Aquardo com muito interesse pois a metrite tem um impacto negativo altamente relevante na produçao e reproduçao animal.
Laura de Sousa Borges
LAURA DE SOUSA BORGES

ORIZONA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 23/04/2014

Esperar os avanços e resultados é nosso dever!! Se tudo correr bem vamos nus livrar de um grande problema, que assola nossas propriedades desde sempre. Que venham mais pesquisas para melhoria do cenário da sanidade leiteira mundial.
SAVIO HENRIQUE MAURO
SAVIO HENRIQUE MAURO

PATO BRANCO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 17/04/2014

Vamos ver os resultados a campo,mas tecnologia de prevenção e muito bom.
Qual a sua dúvida hoje?