Preços na NZ, UE e EUA têm alta ao produtor em junho

Segundo dados divulgados pela <i>Land-en Tuinbouw Organisatie</i> (LTO - Nederland), Federação de Agricultura e Horticultura da Holanda, os preços pagos ao produtor (valores nominais), em dólares, no mês de junho/2010 apresentaram alta na Nova Zelândia, Europa e Estados Unidos, em relação ao mês anterior.

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Segundo dados divulgados pela Land-en Tuinbouw Organisatie (LTO - Nederland), Federação de Agricultura e Horticultura da Holanda, os preços pagos ao produtor (valores nominais), em dólares, no mês de junho/2010 apresentaram alta na Nova Zelândia, Europa e Estados Unidos, em relação ao mês anterior.

Analisando o gráfico 1, observa-se que em junho de 2010 os preços do leite na Nova Zelândia, em dólar, apresentaram alta de 9,15% (de US$ 0,3371/kg para US$ 0,3680/kg - valor considerando leite contendo 8,6% de gordura + proteína), comparados a maio. Na Europa, os preços, em dólar, subiram 2,67%, de US$ 0,3595/kg no mês de maio para US$ 0,3691/kg em junho. Nos Estados Unidos, houve leve alta de 1,77% em comparação ao mês anterior (de US$ 0,3344/kg para US$ 0,3403/kg).

Na Europa, os maiores preços foram praticados na Itália, com a Granarolo pagando 0,3398 euros por quilo (US$ 0,4270/kg), em média.

Gráfico 1. Evolução dos preços na Europa, Brasil, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia e EUA, em US$/litro.

Figura 1
Clique na imagem para ampliá-la.

No Brasil, o preço médio ao produtor (Cepea-Esalq/USP), em dólar, ficou em US$ 0,4272/kg em junho.

Equipe MilkPoint
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Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/08/2010

Não é o que o produtor brasileiro recebe em reais que inviabiliza as exportações, mas sim a conversão desses valores para US$ por um câmbio onde o real está supervalorizado. É esse mesmo câmbio super valorizado que estimula as importações.

A pressão das importações sobre da produção derrubando os preços aos produtores, é decorrente da importação grandes quantidades de leite em pó, de soro de leite e agora até de leite UHT. Se o Governo e a indústria não tomarem uma posição firme com relação a essa questão talvez por muito tempo seremos, como o fomos no passado, significativos importadores de leite para atender as necessidades de nosso mercado interno.

Maercello de Moura Campos Filho
Rogério de Abreu Torres
ROGÉRIO DE ABREU TORRES

BARRA MANSA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/08/2010

Cuidado com as informações simplistas.De acordo com esta o leite é caro no Brasil,o que inviabiliza a exportação e se as industrias acreditassem mudariam os parques industriais e exportariam para cá.E olha que ném falou do subsidio.Segundo dizia os avós e melhor escutar certas coisas do que ser surdo.
Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/08/2010

Prezado Laércio Barrbosa

O que inviabiliza a exportação não é o preço da matéria prima em si, em reais, mas sim a conversão para US$ com um real valorizado em cerca de 31% com relação ao dolar americano.

Se temos uma oferta crescente. que supera a demanda, porque importamos leite em em pó em quantidades significativas, e agora começamos a ver uma importação crescente de leite longa vida? Qual a razão do crescimento enorme das importações de soro? Se a demanda já supera a oferta, o efeito dessas importações no equilibrio entre a oferta e demanda não seria devastador, levando o pais reduzir a produção interna a ponto de nos tornarnos, como já o fomos no passado, importadores de leite e lácteos para atender ao abastecimento interno?

Abraço

Marcello de Moura Campos Filho
José Humberto Alves dos Santos
JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOS

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/08/2010

Ou com o aumento do consumo
Laércio Barbosa
LAÉRCIO BARBOSA

PATROCÍNIO PAULISTA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 13/08/2010

Esses preços de matéria prima e o câmbio atual inviabilizam completamente a exportação de lácteos brasileira, estimulando ainda mais as importações.

Com a produção interna também crescente, o resultado é uma pressão de oferta de produtos no mercado que provocará uma queda ainda maior nos preços.

O país está neste momento totalmente dependente do mercado doméstico, e essa situação de equilíbrio entre oferta e demanda somente poderá ser alcançada no curto prazo com a redução do produção interna.
Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/08/2010

O gráfico mostra que o preço ao produtor no Brasil é de US$ 0,43, nos USA é de US$ 0,36/litro e na Argentina de US$ 0,33/litro, sugerindo que o produtor brasileiro é o que mais recebe e o argentino o que menos recebe.

Tenho dito que comparações simplistas convertenbdo o que o produtor recebe em moeda local pela taxa de câmbio do país não espelham a realidade dos produtores nesses paises.

De acordo com o último indice BigMac no Brasil o dolar americano está sobrevalorizado em 31% e o peso argentino desvalorizado em 52%.

Se fizermos os ajustes para essas distorções cambiais teríamos o seguinte quadro:
o produtor receberia US$ 0,50/litro na Argentina, US$ 0,36 nos USA e US$ 0,30 no Brasil, o que indicaria que o produtor argentino é o que mais recebe e o produtor brasileiro o que menos recebe.

Os gráficos com preços aos produtpores em váruos paises são interessantes para ver a tendência dos preços, mas alertamos que comparação de preços aos produtores em US$/litro obtidos da conversão pelo câmbio local não faz sentido em função das distorções da política cambial nos diversos paises.

Marcello de Moura Campos Filho
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