No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.775/t) apresentou alta de 4,9% em relação à quinzena anterior. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 3.137,5/ton, alta de 6,8% em relação à quinzena anterior - foi a maior alta entre os produtos exportados pelo Oeste da Europa. O valor médio do soro de leite foi de US$ 1025/t, apresentando leve alta de 1,2%, e o da manteiga foi de US$ 5025/t, 1,8% maior frente à última quinzena.
A produção europeia de leite está menor do que na safra anterior, com a maioria dos países dentro da sua cota de produção. Recentemente, a Rússia limitou sua barreira de importação para a maioria das commodities que não cumprissem com os requisitos de produção do país, afetando a exportação de produtos lácteos de alguns países, caso dos EUA.
Na Europa, todo o excesso de produção tem sido destinado para a produção de queijos, na tentativa de corresponder à demanda russa. O que tem feito com que produtores de queijo demonstrem certa preocupação com a quantidade de estoques disponíveis para os próximos meses. Contudo, a demanda da Rússia tem diminuído aos poucos.
Processadores e comerciantes europeus têm afirmado que os negócios internacionais têm diminuído, em boa parte pela valorização do euro frente ao dólar. Apesar de haver estoques disponíveis, os preços estão sob níveis maiores do que os compradores desejam pagar.
Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.475/t, apresentando alta de 2,21% frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 3.200/ton, permanecendo praticamente estável (+0,79%) frente à quinzena anterior. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 3.975/t, estável frente à quinzena anterior, e a manteiga subiu 2,44%, ficando em US$ 4.200/t.
A produção de leite na Oceania continua sob níveis maiores do que na safra anterior, apesar de condições adversas de clima em algumas regiões podem causar algum efeito negativo na produção da primavera. Na Nova Zelândia, uma forte nevasca na Ilha Sul causou certo prejuízo à produção. Os produtores neozelandeses afirmaram que esse comportamento do clima tem estressado o rebanho, o que fez com que alguns produtores optassem por reduzir o número de ordenhas diárias. A produção de leite na Nova Zelândia continua firme, apesar dessa adversidade ter desacelerado um pouco o desenvolvimento.
Processadores e comerciantes esperam que o pico de produção se inicie dentro de 1 (Nova Zelândia) a 2 meses (Austrália), sob níveis maiores que a da safra anterior. A expectativa ainda é de aumento de 3 a 4% na safra neozelandesa e de 1 a 2% na australiana, frente a safra 2009-2010.
Seguindo o último leilão da Fonterra do dia 15 de setembro, os preços na Oceania sofreram um reajuste positivo. Processadores de leite têm utilizado os valores da globalDairyTrade como uma espécie de bench mark para ajustar seus preços médios. A expectativa é de um cenário menos volátil para o próximo leilão.
Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
Você já respondeu a Pesquisa sobre Associação de Produtores? Colabore auxiliando o MilkPoint a melhor compreender as atuais demandas dos produtores de leite em relação à atuação das entidades de classe, clicando aqui.