Preços internacionais praticamente estáveis

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 29 de novembro e 10 de dezembro, apresentaram-se praticamente estáveis para a quase totalidade dos produtos na Oceania e Oeste da Europa frente à quinzena anterior.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.650/t, praticamente estável (+0,7%) em relação à quinzena anterior. Mesmo comportamento do preço do leite em pó desnatado (+0,4%), que ficou em média de US$ 2.825/ton. O valor médio do soro de leite não sofreu variação e ficou em US$ 1000/t, e o da manteiga foi de US$ 4975/t, um recuo de 2,9% frente à última quinzena - o maior recuo entre os produtos.

A produção de leite na Europa está, basicamente, sob baixos níveis sazonais com alguns países apresentando leves aumentos. Na França, onde a produção de leite apresenta relativas melhoras nessa época do ano, tem-se observado uma limitação para melhoras.

As condições climáticas e temperaturas frias de inverno estão sendo experimentadas em muitos países europeus, antes do habitual para esta época da safra. Os produtores e processadores de leite da UE indicam que, embora a produção de leite seja baixa, os aumentos sazonais provavelmente serão prejudicados pelos efeitos adversos do clima.

Alguns produtores nesses países afetados que estão produzindo acima da cota e precisam ajustá-la até março, irão utilizar dessa adversidade para controlar sua produção nos próximos 4 meses.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

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Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.550/t, apresentando variação de +0,7% frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado (US$ 3.050/ton), do preço médio do queijo cheddar (US$ 4.200/t), e da manteiga (US$ 4.500/t), permaneceram estáveis frente à última quinzena.

A produção de leite na Oceania está abaixo dos altos níveis sazonais registrados para o período. Produtores e processadores estavam esperando que o pico de produção perdurasse por mais tempo, mas não é o que tem ocorrido.

Fatores climáticos, na Austrália e Oceania, são as maiores influências de baixa produção no atual momento. Na Nova Zelândia, opiniões de ocorrência do La Niña e seca na Ilha Norte têm aumentado. Processadores de leite afirmam que mesmo que significativa quantidade de chuva ocorra em janeiro, um relativo prejuízo já será sentido na indústria.

As condições na Austrália são contrárias, já que o país vem enfrentando excesso de umidade e enchentes. A produção de leite no país tem decrescido após atingir seu pico, mas condições adversas indicam que essa queda pode ser intensificada.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

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As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.