Analisando o gráfico 1, observa-se que em novembro de 2010 os preços do leite na Nova Zelândia, em dólar, apresentaram alta de 2,3% frente a outubro, ficando em US$ 0,4224/kg. Na Europa, os preços ficaram praticamente estáveis (-0,96%), para US$ 0,4540/kg, e nos Estados Unidos, que apresentou o maior recuo, de 13%, o preço ficou em média a US$ 0,3887/kg.
A queda nos Estados Unidos se deu pelos expressivos crescimentos da produção desde junho de 2010 em comparação ao mesmo período em 2009 (veja matéria relacionada aqui).
No Brasil, o preço médio ao produtor (Cepea-Esalq/USP), em dólar, ficou em US$ 0,4168/kg em outubro.
Gráfico 1. Evolução dos preços na Europa, Brasil, Nova Zelândia, EUA e Argentina, em US$/litro.

A aproximação dos preços globais ao produtor se deu pela "correção" dos valores nominais apresentados em dólar, considerando a desvalorização da moeda norte-americana frente as outras moedas locais. Segundo o Índice Big Mac da revista britânica The Economist divulgado em outubro/10, que compara o poder de compra das moedas locais em razão do preço da commodity, o real está sobrevalorizado em 42%, enquanto o euro em 29%. O que "corrigiria" os preços para valores aproximados de US$ 0,2935/kg para o Brasil e US$ 0,3519/kg para a Europa. No caso da Nova Zelândia, segundo o ASB Weekly Report, o dólar neozelandês está sobrevalorizado em 15%, corrigindo o preço para US$ 0,3673/kg.
Esses "novos" valores indicam uma relativa aproximação entre os preços globais aos produtores, conforme indicado por um dos agentes de mercado consultados pelo MilkPoint.
Os preços ao produtor da Argentina (Gráfico 1) estão um patamar abaixo dos 4 outros acima citado. Porém, segundo mesmo índice Big Mic, divulgado em julho/10, o peso argentino estaria subvalorizado frente ao dólar, "corrigindo" seu valor para US$ 0,3514/kg.
Equipe MilkPoint
