No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.675/t) apresentou leve alta (+1,0%) em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.500/t e US$ 3.850/t. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 3.012,5/ton, apresentando alta (2,1%) em relação à quinzena anterior, e seus preços variaram entre US$ 2.875 e US$ 3.150/ton. O valor médio do soro de leite foi de US$ 850/t, sendo cotado entre US$ 800/t e US$ 900/t - foi o único produto exportado do Oeste da Europa que apresentou recuo (-2,9%).
A produção de leite na UE continua em tendência de baixa. Os agentes de mercado têm especulado que, até o momento, a produção está baixa se comparada ao ano anterior. Entretanto, o pico de produção na primavera, devido a boas condições climáticas, foi suficiente para manter uma relação segura de oferta para as indústrias processadoras.
A produção de queijo foi forte no início da safra, em seguido cedeu um pouco, mas agora está se recuperando novamente. A produção de outros lácteos é totalmente dependente do volume de leite produzido e da destinação que as plantas dão ao leite fluido. Na maioria dos casos, há existência de estoque para ser comercializado internamento ou internacionalmente; porém, a maioria dos negócios tem ocorrido no mercado interno com as vendas internacionais limitadas.
Muitos compradores internacionais estão cautelosos e se afastando do mercado nesse momento. Os recentes resultados do último Leilão da Fonterra indicaram nova queda de preços. Contudo, os preços de exportação da Europa não foram afetados pelo resultado do leilão e tiveram alta.
Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.150/t, com valores entre US$ 2.900/t e US$ 3.400/t, apresentando recuo de 3,08% frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 2.962,5/ton, recuando 5,2% frente à quinzena anterior, com preços variando entre US$ 2.725/t e US$ 3.200/t. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 3.950/t, com valores entre US$ 3.700/t e US$ 4.100/t, apresentando leve recuo (-1,27%) frente à quinzena anterior.
O valor médio da manteiga foi de US$ 3.950/t na Oceania, estável em relação à quinzena anterior, e apresentou alta de 2,1% no Oeste Europeu, sendo cotado a US$ 4.950/t.
A produção de leite na Oceania está às vésperas de um aumento sazonal. A produção na Nova Zelândia deve apresentar um relativo crescimento nas próximas 2-3 semanas e a australiana com uma semana de atraso. As condições no inverno foram típicas, o que deve ser um fator positivo e indicativo de uma boa safra.
Os produtores estão muito otimistas para a próxima safra, projetando um aumento de 3 a 4% na safra neozelandesa e de 1 a 2% na australiana, se comparado ao ano anterior.
O leilão da Fonterra, realizado no dia 3 de agosto, teve resultado esperado pela grande maioria dos processadores e produtores de leite, mas o impactado da queda ainda está sendo analisado. Como esse início de safra está abaixo se comparado com a safra 09/10, os estoques estão limitados, mas devem aumentar dentro das próximas 6 a 8 semanas.
Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
