Preços de exportação têm alta na UE e recuo na Oceania

Segundo dados do USDA, os preços de exportação de lácteos apresentaram reajustes positivos para quase todos os produtos no Oeste da Europa em razão da queda de produção quando comparada à safra anterior. Na Oceania, a quase totalidade dos preços apresentou recuo quando comparados à quinzena anterior; a queda se deve a um aumento previsto na produção para a próxima safra.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 3 minutos de leitura

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Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 26 julho e 6 de agosto, apresentaram reajustes positivos para quase todos os produtos no Oeste da Europa, exceto para o soro do leite. Na Oceania, a quase totalidade dos preços apresentou recuo quando comparados à quinzena anterior, exceção da manteiga que se manteve estável.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.675/t) apresentou leve alta (+1,0%) em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.500/t e US$ 3.850/t. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 3.012,5/ton, apresentando alta (2,1%) em relação à quinzena anterior, e seus preços variaram entre US$ 2.875 e US$ 3.150/ton. O valor médio do soro de leite foi de US$ 850/t, sendo cotado entre US$ 800/t e US$ 900/t - foi o único produto exportado do Oeste da Europa que apresentou recuo (-2,9%).

A produção de leite na UE continua em tendência de baixa. Os agentes de mercado têm especulado que, até o momento, a produção está baixa se comparada ao ano anterior. Entretanto, o pico de produção na primavera, devido a boas condições climáticas, foi suficiente para manter uma relação segura de oferta para as indústrias processadoras.

A produção de queijo foi forte no início da safra, em seguido cedeu um pouco, mas agora está se recuperando novamente. A produção de outros lácteos é totalmente dependente do volume de leite produzido e da destinação que as plantas dão ao leite fluido. Na maioria dos casos, há existência de estoque para ser comercializado internamento ou internacionalmente; porém, a maioria dos negócios tem ocorrido no mercado interno com as vendas internacionais limitadas.

Muitos compradores internacionais estão cautelosos e se afastando do mercado nesse momento. Os recentes resultados do último Leilão da Fonterra indicaram nova queda de preços. Contudo, os preços de exportação da Europa não foram afetados pelo resultado do leilão e tiveram alta.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Figura 1
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Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.150/t, com valores entre US$ 2.900/t e US$ 3.400/t, apresentando recuo de 3,08% frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 2.962,5/ton, recuando 5,2% frente à quinzena anterior, com preços variando entre US$ 2.725/t e US$ 3.200/t. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 3.950/t, com valores entre US$ 3.700/t e US$ 4.100/t, apresentando leve recuo (-1,27%) frente à quinzena anterior.

O valor médio da manteiga foi de US$ 3.950/t na Oceania, estável em relação à quinzena anterior, e apresentou alta de 2,1% no Oeste Europeu, sendo cotado a US$ 4.950/t.

A produção de leite na Oceania está às vésperas de um aumento sazonal. A produção na Nova Zelândia deve apresentar um relativo crescimento nas próximas 2-3 semanas e a australiana com uma semana de atraso. As condições no inverno foram típicas, o que deve ser um fator positivo e indicativo de uma boa safra.

Os produtores estão muito otimistas para a próxima safra, projetando um aumento de 3 a 4% na safra neozelandesa e de 1 a 2% na australiana, se comparado ao ano anterior.

O leilão da Fonterra, realizado no dia 3 de agosto, teve resultado esperado pela grande maioria dos processadores e produtores de leite, mas o impactado da queda ainda está sendo analisado. Como esse início de safra está abaixo se comparado com a safra 09/10, os estoques estão limitados, mas devem aumentar dentro das próximas 6 a 8 semanas.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

Figura 2
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As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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José Geraldo Alves
JOSÉ GERALDO ALVES

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/08/2010

Parabens pelo trabalho constante de monitoramento da conjuntura da produção de leite e de seus derivados. Sem estas informações fica muito difícil trabalhar junto aos produtores. Tenho usado vossas análises, comentários e projeções. O artigo é oportuno. Demonstra que os preços ao produtor brasileiro em 2010, ficará nos mesmos patamares atuais. Cabe aos produtores buscarem sistemas de produção de maior eficiência economica. Nossos produtores devem ser lembrados constantemente que o fator que determina a sustentabillidade da atividade não é apenas o preço recebido.Os preços ao produtor brasileiro permanece acima dos países produtores com os quais disputamos mercado. Att: José Geraldo Alves
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