Preços de exportação têm alta na Oceania e recuo na UE

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos, entre 9 e 20 de agosto, apresentaram reajustes positivos ou mantiveram-se estáveis para quase todos os produtos no Oceania. No Oeste da Europa, a quase totalidade dos preços apresentou recuo quando comparados à quinzena anterior, exceção do soro do leite que teve alta significativa.

No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.587,5/t) apresentou recuo (-2,4%) em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.475/t e US$ 3.700/t. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 2.837,5/ton, apresentando queda de -5,8% em relação à quinzena anterior, foi o produto que teve a maior queda. O valor médio do soro de leite foi de US$ 1000/t, foi o único produto exportado do Oeste da Europa que apresentou alta (+17,6%).

A produção de leite na UE continua em declínio. Na comparação com o ano anterior, contudo, a produção de leite parece estar sob os mesmos níveis. Nas últimas semanas têm se registrado altas temperaturas e baixas umidades, indicando que o declinio da produção deve se acelerar.

Agosto é o mês de férias para muitos europeus, ocasionando uma redução no consumo de lácteos. Em termos de formação de preço, a Rússia tem sido um importante agente, com interesses crescentes, devido a uma seca que tem prejudicado sua produção de grãos, e consequentemente, de leite.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Clique na imagem para ampliá-la.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.150/t, com valores entre US$ 2.900/t e US$ 3.400/t, apresentando-se estável frente à quinzena anterior. O valor médio do leite em pó desnatado ficou em US$ 3.000/ton, uma leve alta (+1,3%) frente à quinzena anterior. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 3.950/t, também permanecendo estável frente à quinzena anterior.

O valor médio da manteiga foi de US$ 4.050/t na Oceania, alta de 2,6% em relação à quinzena anterior, e apresentou-se praticamente estável (-0,3%) no Oeste Europeu, sendo cotado a US$ 4.937,5/t.

Tem sido reportado aumentos na produção de leite na Noza Zelândia. Processadores indicam que apesar de não tratar de aumentos significativos, eles são perceptíveis. Na Austrália, o começo de uma nova safra está ainda com algumas semanas de atraso. Em razão da manutenção de baixas temperaturas do inverno e seca, a oferta de forragem segue reduzida. A Austrália divulgou recentemente sua produção de leite da safra 2009/2010, apontando queda de 3,9% frente a safra 2008/2009.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

Clique na imagem para ampliá-la.

As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


Você já viu a programação do Interleite Sul 2010, que trará um grande debate sobre competitividade em vários estados brasileiros e Argentina? Clique aqui para mais informações. Não deixe de participar desse evento!