No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.625/t) apresentou-se praticamente estável (-1%) em relação à quinzena anterior. O preço médio do leite em pó desnatado teve o mesmo comportamento (-0,9%), ficado em US$ 2.812,5/ton. O valor médio do soro de leite foi de US$ 1000/t, apresentando significativa alta de 8,1%, e o da manteiga foi de US$ 5125/t, 2,1% menor.
O volume de leite nesse outono (hemisfério norte) tem sido bem maior do que o de costume, segundo processadores de leite. A produção da União Europeia em setembro foi 4,5% superior ao mesmo período do ano passado, e as projeções de outubro e novembro devem seguir esse comportamento. Contudo, a produção acumulada no ano (Janeiro a Setembro) está 0,9% superior a de 2009.
Para a grande maioria dos produtos, os preços estão se mantendo ou sofrendo leve recuo. Processadores e comerciantes indicam que existe uma forte demanda por basicamente todos os produtos lácteos, mas o consenso é de que os preços chegaram próximos de seus níveis máximos. A oferta está alta para todas as categorias, exceção da manteiga, em termos presentes e disponibilidade futura. Por essa razão alguns acreditam que um "relaxamento" dos preços seria uma boa opção para comercialização dos produtos antes do período de férias.
Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.525/t, apresentando-se praticamente estável (+0,71%) frente à quinzena anterior. Os valores médios do leite em pó desnatado e da manteiga ficaram em US$ 3.050/ton e US$ 4500/ton, respectivamente, permanecendo estáveis. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 4.200/t, tendo uma leve alta (+1,2%).
A produção de leite na Oceania está no seu pico. A oferta está nos níveis esperados por produtores e processadores e a tendência é que se mantenha nesse patamar por um período. Na Nova Zelândia, a safra desse ano começou forte, depois sofreu um pouco em razão de adversidades climáticas, e agora têm sido observados novos aumentos. Assim que as condições climáticas melhoraram, o volume de leite apresentou alta, porém, ainda abaixo da previsão.
A produção na Nova Zelândia está 1,5% acima da última safra, mas a expectativa é de que esse valor chega a 3-4% quando a safra chegar ao fim. Na Austrália, a oferta encontra-se praticamente estável. Produtores de ambos os países estão preocupados com altas temperaturas e baixas umidades no verão. Na NZ já se discute possíveis implicações do La Niña, apontando para ventos mais fortes e seca.
Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

As informações são do USDA, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.