PR: leite fica estável, mas rentabilidade é baixa

O preço do leite tem permanecido estável nas últimas semanas, período em que não se registrou quedas significativas, embora a remuneração não atenda às expectativas do produtor. Houve redução de R$ 0,0254/litro entre o preço sugerido pelo Conseleite-PR e o praticado no mercado para o leite padrão: em setembro, o valor que ficou em R$ 0,5889. Na última reunião realizada semana passada, o Conseleite definiu em R$ 0,5635 o valor para o período seguinte.

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O preço do leite tem permanecido estável nas últimas semanas, período em que não se registrou quedas significativas, embora a remuneração não atenda às expectativas do produtor. Houve redução de R$ 0,0254/litro entre o preço sugerido pelo Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR) e o praticado no mercado para o leite padrão: em setembro, o valor que ficou em R$ 0,5889. Na última reunião realizada semana passada, o Conseleite definiu em R$ 0,5635 o valor para o período seguinte. (Veja matéria relacionada)

Apesar da queda de preço pouco significativa e de um pequena redução no valor dos insumos - o milho registrou baixa - o setor ainda enfrenta dificuldades. ''O excesso de chuvas tem impedido o produtor de fazer feno, que é a reserva de alimento'', afirma Maria Silvia Cavichia Digiovani, assessora técnica da comissão técnica do leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), uma das entidades que compõem o Conseleite. Ela acrescenta que a produção é afetada também pela dificuldade que os animais têm em alcançar o alimento no pasto por causa da chuva.

Segundo Fábio Mezzadri, técnico do Deral, a produção de leite é uma atividade cara. ''O milho teve uma pequena redução, mas o mesmo não aconteceu com os outros insumos, como sal mineral e medicamentos. O sal mineral até subiu'', diz.

O produtor de leite vive as incertezas de um mercado que sofre influências da concorrência, às vezes predatória, e do leite trazido do exterior. ''Há poucos dias encontramos leite longa vida sendo vendido ao consumidor por R$ 0,92'', diz a técnica da Faep, lembrando que a tecnologia UHT encarece o produto. ''O produtor não tem capacidade para oferecer leite para ser comercializado por esse valor'', afirma.

Os problemas com a importação, segundo ela, arrefeceram no último mês. ''O Brasil conseguiu fazer acordos de preço e cotas com Argentina e Uruguai'', informa Maria Silvia. A técnica da Faep ressalta que os acordos são importantes pois não há como barrar as importações, processo normal de comércio.

A matéria é de Raquel de Carvalho, para a Folha de Londrina, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Paulo Mauricio B. Basto da Silva
PAULO MAURICIO B. BASTO DA SILVA

JARAGUÁ DO SUL - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/10/2009

Na prática, o valor recebido de leite pelo produtor tem sido maior (média geral) em função de concorrência no campo - vide valores CEPEA - que traduzem o valor real (com frete e FUNRURAL) recebidos pelos produtores.

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