O diretor da unidade de laticínios Latco, em Realeza-PR, Valdomiro Leite indica que a queda no preço do leite in natura pago ao produtor deve ter chegado ao limite. "Independentemente da seca que a região está sentindo, chegou ao fim o ciclo da aveia e começa o ciclo da pastagem. O preço estava em queda e agora se estabiliza e dependendo das condições climáticas, pode até subir. O centro-oeste do país está seco e lá se produz principalmente o queijo que abastece São Paulo e Rio de Janeiro. A região sul está em safra, mas se tiver que enviar leite para as outras regiões, o preço pode até subir, o que não é normal para esta época", avalia Valdomiro.
Diferentemente do Paraná e o centro-oeste, o Rio Grande do Sul e os países do Mercosul, Argentina e Uruguai, grande produtores de leite, a chuva é normal e lá a aveia está em plena formação de pastagem. "O Rio grande do Sul é grande produtor de leite longa vida e este não deverá ter aumento de preço para o consumidor. Como praticamente 50% do leite produzido no sul são para o longa vida, haverá um equilíbrio", prevê.
O leite brasileiro tem uma grande concorrência com os países do Mercosul. Como não há tarifa de exportação ou importação entre os países integrantes do Mercosul, o leite da Argentina e do Uruguai, por fatores climáticos e de produção, fica mais barato do que a produção nacional. "Assim o Brasil não pode exportar, pois a nossa produção não é competitiva", explica Valdomiro. "O Brasil tem que considerar a produção da Argentina e do Uruguai como mais um estado produtor de leite. Se perdemos no leite, ganhamos em outros produtos industrializados, mas devido à produção homogenia destes países, com pouco território e pouca população, a produção agrícola deles passa a ser forte concorrente nossa e por isso, têm preços menores. Entretanto, devido aos baixos preços praticados internamente, as importações em agosto reduziram bastante", finaliza Valdomiro.
As informações são do jornal Novo Tempo-PR, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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PR: diretor da Latco aponta estabilidade nos preços
O diretor da unidade de laticínios Latco, em Realeza-PR, Valdomiro Leite indica que a queda no preço do leite in natura pago ao produtor deve ter chegado ao limite. "Independentemente da seca que a região está sentindo, chegou ao fim o ciclo da aveia e começa o ciclo da pastagem. O preço estava em queda e agora se estabiliza e dependendo das condições climáticas, pode até subir".
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