Perto de fusão, Itambé busca investidor

O novo conselho de administração da Itambé deu sinal verde, no fim de abril, para a central de cooperativas mineira acertar sua fusão com a paranaense Confepar e buscar um sócio estratégico para injetar capital na companhia, segundo o presidente da central Jacques Gontijo.

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O novo conselho de administração da Itambé deu sinal verde, no fim de abril, para a central de cooperativas mineira acertar sua fusão com a paranaense Confepar e buscar um sócio estratégico para injetar capital na companhia, segundo o presidente da central Jacques Gontijo. O Bradesco BBI foi contratado para encontrar o investidor.

Entre os potenciais investidores estão fundos de private equity e mesmo empresas estrangeiras interessadas no segmento de lácteos no Brasil, como a francesa Lactalis, a canadense Saputo e a holandesa FrieslandCampina.

Gontijo, que foi reeleito para a presidência da Itambé em março passado, afirma, entretanto, que não há nenhuma negociação em curso atualmente com empresas estrangeiras.

Tanto a fusão com a Confepar quanto a entrada de um sócio terão de ser aprovadas por uma assembleia das cooperativas associadas da Itambé. O projeto do laticínio mineiro para seguir crescendo também prevê a criação de uma S.A.
No ano passado, a Itambé faturou R$ 1,8 bilhão e a previsão é alcançar R$ 2 bilhões em 2011. Numa fusão com a Confepar, a receita combinada chegará a R$ 2,5 bilhões, estima Gontijo. A captação de leite para processamento deve somar 1,5 bilhão de litros este ano, sendo 1,2 bilhão de litros da Itambé, projeta ainda o executivo.

Com esse volume, a empresa resultante da fusão entre Itambé e Confepar continuaria no terceiro lugar no ranking de captação de leite no país, elaborado pela associação Leite Brasil, atrás da DPA (joint venture de Nestlé e Fonterra) e da Lácteos Brasil. O ranking não inclui a Brasil Foods.

O plano da Itambé de fusão com outras cooperativas de leite é uma maneira de fazer frente ao processo de consolidação no segmento de lácteos no Brasil. Nos últimos dois anos, grandes companhias foram formadas nesse segmento, como a Lácteos Brasil, resultado da união entre a gaúcha Bom Gosto e a Leitbom.
Esta última pertence à Monticiano, que tem como acionistas a GP Investimentos e a Laep, controladora da Parmalat.
Ainda que o processo de fusão com outras cooperativas venha se revelando uma tarefa complicada, Jacques Gontijo está otimista e acredita que a concretização da operação com a Confepar irá atrair outras cooperativas. "Na hora em que sair [a fusão] com a Confepar, devem surgir outras interessadas", aposta o presidente da Itambé.

A consolidação do setor de lácteos é uma tendência mundial. Recentemente, a Lactalis fez oferta pela italiana Parmalat, que pouco tempo antes vinha negociando com a Lácteos Brasil.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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ronan caetano mattos
RONAN CAETANO MATTOS

BURITIS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/05/2011

Torço para que de certo essa fusao entre a Itambe e a confepar, acredito que conforme o dito popular, a uniao faz a força .

Se for  administrada com seriedade, honestidade e o pensamento voltado para o bem de todos os envolvidos na cadeia produtiva, com certeza sera bom, e que  nao fique so nisso, que venha outras. Quanto maior mais poder.  
ÉDIMO ERHARDT
ÉDIMO ERHARDT

VERÊ - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 29/05/2011

Muito interesante.

Será que alem desta Fusão há outras para acontecer?
Cláudio Vieira Tavares
CLÁUDIO VIEIRA TAVARES

CRISTIANO OTONI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/05/2011

Faço parte do sistema Itambé e vejo a fusão de cooperativas como alternativa para continuarmos viáveis no setor.A Nova Zelândia por exemplo tem 95% do leite em uma única cooperativa e o nosso caminho é este. quanto mais cedo acordarmos para esta realidade, melhor. Se grandes empresas estão cada dia mais fazendo fusões, porque os produtores de leite ainda não não se atentaram para esta realidade no segmento?
Qual a sua dúvida hoje?