Pela primeira vez, número de bovinos por hectare no Brasil cresceu, diz IBGE

Pela primeira vez desde o início do recenseamento agropecuário realizado pelo IBGE (em 1920), a área dedicada a pastagens no Brasil diminuiu. Isso levou a um adensamento da criação de bovinos, o que permitiu o aumento do número de cabeças por hectare também pela primeira vez desde o início do levantamento. Os dados preliminares do Censo Agropecuário de 2017 foram divulgados na semana passada pelo IBGE. O censo anterior havia sido realizado em 2006.

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Pela primeira vez desde o início do recenseamento agropecuário realizado pelo IBGE (em 1920), a área dedicada a pastagens no Brasil diminuiu. Isso levou a um adensamento da criação de bovinos, o que permitiu o aumento do número de cabeças por hectare também pela primeira vez desde o início do levantamento. Os dados preliminares do Censo Agropecuário de 2017 foram divulgados na semana passada pelo IBGE. O censo anterior havia sido realizado em 2006.

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Em 11 anos, cerca de 23 milhões de hectares deixaram de ser utilizados como pastagem no país. No ano passado, a área era de 149,670 milhões de hectares, 13% abaixo de 2006.

Figura 1

No mesmo período, também houve diminuição na quantidade de bovinos no Brasil, mas essa redução foi mais tímida. De 2006 a 2017, o número de cabeças de gado caiu 2,4% e alcançou 171,858 milhões. O recorde foi registrado em 2006, quando o país tinha 176,148 milhões de animais, segundo o IBGE.

Diante da retração da área de pastagem muito mais acelerada, houve um ligeiro aumento no número de bovinos por hectare de pastagem, de 1,1 em 2006 - menor índice da série histórica - para 1,15 no ano passado. Ainda assim, trata-se de uma produtividade considerada muito baixa.

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Apesar dessa melhora de produtividade, a relação é a segunda menor da história e ainda está abaixo da quantidade média de cabeças por hectare que se observava em 1995, que era de 1,16.

Em 2017, as pastagens passaram a ocupar uma área menor do que em 2006 em todas as regiões do Brasil. A região Nordeste foi onde mais perderam espaço. Mais de 8,5 milhões de hectares deixaram de servir para a alimentação de animais no Nordeste.

As regiões onde as pastagens menos perderam espaço foram o Norte e o Centro-Oeste. As pastagens da região Norte ocupavam 31,295 milhões de hectares no ano passado - o equivalente a cerca de 6% da área ocupada pela floresta amazônica. Em relação a 2006, a retração foi de 1,3 milhão de hectares. O índice de adensamento dos animais era de 1,14 cabeça por hectare.

O Centro-Oeste, que abriga cerca de um terço da área de pasto do país (36%) e dos bovinos (35%), perdeu 2,9 milhões de hectares de pastagens nesses 11 anos, ocupando 53,9 milhões de hectares em 2017. A região tinha, em 2017, um dos piores índices de produtividade da pecuária brasileira, com 1,11 cabeça por hectare de pastagem.

Os melhores índices de adensamento dos bovinos estão na região Sul do país, onde havia no ano passado em média 1,63 cabeça por hectare de pastagem, e no Sudeste, com 1,22 cabeça por hectare. As duas regiões contribuíram para uma retração de quase 10 milhões de hectares de pastagens nesses 11 anos, e juntas tinham 40,3 milhões de hectares de pastagens.

As informações são do jornal Valor Econômico.

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