Preço do leite ao produtor diminuiu 7,64% em 2017 no RS

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) elegeu sua nova diretoria para o biênio 2018/2019 na manhã desta terça-feira (23/1), em Porto Alegre. A gestão será presidida no primeiro ano pelo secretário geral da Fetag, Pedrinho Signori, e terá o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, como vice-presidente. Em 2019, as posições se invertem. "Vivemos um momento crítico, mas esse espaço é um instrumento importante de construção da cadeia. Os problemas são nossos e estamos aqui para colaborar

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O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS)  divulgou levantamento sobre o preço de referência do leite. Para janeiro, o valor ficou em R$ 0,9079, 1,68% abaixo do consolidado de dezembro de 2017, que fechou em R$ 0,9234. Importante lembrar que o Conseleite promoveu, em dezembro passado, ajuste na pesquisa, atualizando parâmetros de forma a considerar as mudanças tecnológicas registradas na produção nos últimos anos. 

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, os números refletem a sazonalidade da safra e uma pequena variação negativa de mercado. Além disso, lembra, reportam o reflexo da venda de leite ao governo dentro do Programa de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), o que impactou o valor do leite em pó no período. Para o professor da UPF Eduardo Finamore, a tendência do valor de referência da matéria-prima leite é de recuperação gradual no longo prazo. 

A posição é compartilhada pelo presidente do Sindilat, uma vez que o setor entra no período de menor produção do ano, entre os meses de fevereiro e março. "O produtor está ajustando suas contas, produzindo mais para compensar o impacto da redução de preço na sua receita. Para os próximos meses, a expectativa é que o leite tenha reação, principalmente em relação ao UHT, que vem tendo seus preços achatados no varejo", frisou Guerra. Contudo, avalia que o consumidor está mais seletivo nas compras, buscando preços menores.

Finamore ainda apresentou os dados finais do Conseleite de 2017. Segundo o levantamento realizado pela UPF, o ano de 2017 foi o pior em 12 anos para o setor lácteo gaúcho. O estudo indica que o ano fechou com queda de -7,64% no valor de referência do leite recebido pelo produtor.

Figura 1

Nova diretoria

O Conseleite/RS elegeu sua nova diretoria para o biênio 2018/2019 na manhã desta terça-feira (23/1), em Porto Alegre. A gestão será presidida no primeiro ano pelo secretário geral da Fetag, Pedrinho Signori, e terá o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, como vice-presidente. Em 2019, as posições se invertem. "Vivemos um momento crítico, mas esse espaço é um instrumento importante de construção da cadeia. Os problemas são nossos e estamos aqui para colaborar e construir juntos", disse Signori, empossado no ato. 

As informações são da Assessoria de Imprensa Sindilat.

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rosicleiton garcia da silva
ROSICLEITON GARCIA DA SILVA

SANTA HELENA DE GOIÁS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/01/2018

na verdade o leite ao produtor não aumenta devido ao grande numero de importação de lácteos feita pelas industrias Brasileiras, onde elas mesmo abarrotaram o mercado e fizeram o maior causa. E como eu digo o leite só é bom para as industrias que estão felizes e rindo para todos lado com lucros anuais e mensais exorbitantes , isso se da porque nosso pais não tem políticos e órgão com serenidade, pois com o prejuízo do produtor de leite com certeza que aqui nesse Brasil tem alguns sendo beneficiado, por isso todos fecha os olhos e faz vista grossa. vamos la população vamos beber o resto dos outros países.
Marcelo Pereira de Carvalho
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 25/01/2018

Rosicleiton, infelizmente não é esse problema, ou não é o único e nem principal problema do leite no país. As importações caíram 32% em 2017, e veja o que houve com o preço. Neste ano, elas representaram 5,3% do nosso consumo formal. Se considerar o leite informal na conta, cai para 3,7%. Ou seja, 96,3% do nosso consumo é produção interna. E foi justamente essa produção que aumentou e causou a situação verificada no ano passado, além, é claro, do baixo consumo em função de 3 anos seguidos de crise.

Claro que as importações trazem leite para dentro e, em determinados momentos, podem ser o fator decisivo. Mas os dados mostram claramente que não foi o problema neste ano, e isso é importante sabermos para "acertarmos de problema".

O artigo que traz as informações sobre consumo é https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/importacoes-caem-32-em-2017-206347/.

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