Pecuaristas têm de se ajustar a novas regras sanitárias

A pecuária leiteira em Minas Gerais pode sofrer uma quebra caso o Mapa não reveja a data de entrada em vigor da Instrução Normativa 51, que impõe novas regras sanitárias para os pecuaristas. De acordo com estimativa feita pela Emater, o número ainda não é preciso, mas gira entre 10% e 20% dos produtores do Estado (cerca de 50 mil propriedades) que não conseguirão se adequar à nova regulamentação, que começa a vigorar no dia 1º de julho deste ano.

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A pecuária leiteira em Minas Gerais pode sofrer uma quebra caso o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não reveja a data de entrada em vigor da Instrução Normativa 51, que impõe novas regras sanitárias para os pecuaristas.

De acordo com estimativa feita pela Emater, o número ainda não é preciso, mas gira entre 10% e 20% dos produtores do Estado (cerca de 50 mil propriedades) que não conseguirão se adequar à nova regulamentação, que começa a vigorar no dia 1º de julho deste ano.

O coordenador técnico da Emater, Feliciano Oliveira, explica que esse percentual é preocupante, pois engloba, principalmente os produtores mais vulneráveis, que não conseguiram investir para fazer as adaptações necessárias. Oliveira explica que existem "rincões" no estado em que o produtor tem dificuldade de acesso à energia elétrica, o que atrapalha o resfriamento do leite, outros não têm estradas com acesso viável para a coleta do produto, além da necessidade de uma rede melhor estruturada de laboratórios para fazer a análise do leite.

O presidente da comissão técnica da pecuária de leite da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Alvim, explica que muitas vezes o produtor não consegue atingir os valores por falta de informação: "Para limpar o tanque de expansão, as latas, o balde tem que usar determinado detergente neutro. Mas se o produtor não sabe e compra o detergente no supermercado, igual ao que usa para lavar louça, que não tem o mesmo poder desingordurante, ele gasta mais dinheiro e o procedimento não funciona".

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Alessandro Rios, que também é proprietário do laticínio Verde Campo, a posição do MAPA, se vai adiar ou não a data da entrada em vigor da instrução normativa, ainda não é clara. Nos cálculos do Silemg, 75% dos produtores do estado atendem a regra. "Quanto mais se vai para regiões com menor infraestrutura mais problemas começam a surgir. Têm lugares que com um chuva forte não chega caminhão", aponta Rios. "Essa é uma norma que funciona em países onde o asfalto chega até a porta da fazenda. No meio rural, a estrutura é diferente. A energia elétrica é diferente", critica Rios.

Cuidado Essencial

Porém, Oliveira, da Emater, destaca que o cuidado é essencial, pois o leite é um produto nobre e altamente perecível, que exige uma série de manejos especiais no processo de obtenção, processamento e resfriamento. "É uma questão de saúde pública", destaca. Um caminho para acelerar o processo, na análise de Oliveira, é um esforço conjunto de todo o sistema agroindustrial da cadeia do leite.

O diretor do Departamento de Inspeção de Origem Animal do Mapa, Luiz Carlos Oliveira, afirma que o ministério está avaliando e que, dependendo do percentual de propriedades que não conseguirem a capacitação, pode traçar uma nova estratégia a partir de julho. "Não somos ambiciosos de imaginar que atingiria 100%", afirma.

A matéria é de Daniel Camargos, publicada no jornal Estado de Minas, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.


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nelsomar pereira fonseca
NELSOMAR PEREIRA FONSECA

MUTUM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/05/2011

Disse anteriormente, trabalhei na extensão, fazendo palestras, dias de campo, semana do produtor, palestras proferidas por especialistas da EMBRAPA de Coronel Pacheco, São Carlos, Fac. de Viçosa, de Lavras, e por Técnicos da EMATER-MG de grandes conhecimentos na área, além de palestras também em segurança alimentar. Hoje sou produtor de leite em pequena quantidade, mas procuro produzir com qualidade, pois sou produtor de alimento, é um dever de todos que produzem alimentos produzi-los com qualidade, quem vai comprar qualquer produto só o faz se for o melhor, quem vai comprar uma laranja podre, uma banana descascada, ou um litro de leite estragado, ou queijo?


Concordo que vai haver problemas para uns, mas quando será que cem porcento irá atender os padrões de qualidade? concordo com alguns comentários que foram realizados sobre os que acreditaram que a IN51 iria ser implantada e investiram principalmente em treinamentos da mão de obra e agora ver que seus esforços foram em vão, e amis uma vez quem não se preocupou com nada vai vencer, e não vão nunca implantar o sistema, porque o leite que vai paqra a sua mesa é de vaca apartada do rebanho na hora da ordenha, porque ele tem coragem de vender mais de tomar do veneno....


Concordo que os governos precisam melhorar as estradas, colocar pelo menos saibro nos pontos mais críticos, parar de importar, valorizar quem realmente põe a cara a tapa, põe alimento de qualidade na mesa do consumidor brasileiro, os laticinios precisam pagar por qualidade, parar de comprar "leite", sem os padrões minimos de qualidade, e o produtor também parar de chorar, e passar a produzir melhor, unir para discutir seus problemas, traçar as prioridades, lutar por uma melhor qualidade de mercado.


Eu disse anteriormente, que precisamos fazer marketing, onde está a propaganda beba leite, leite é saude? nos pontos de ónibus, rodoviárias, parada de passageiros? sabem quanto custa uma coca - cola, um copo de água, e o mais absurdo um copo de leite com ou sem café na padaria ou outro comércio? e quanto custa uma dose de pinga no buteco do copo sujo da esquina? R$1,00 e no entanto quando tem oportunidade de melhorar um pouco o preço, já vai para a tv, nos jornais, o globo rural como aconteceu nesta semana, que o leite teve um reajuste de mais de 12%, e no comércio foi para até R$3,00 nos supermercado, mas não dizem que há mais ou menos dois anos atraz o preço do leite ao produtor estava neste mesmo patamar, e que estamos somente recuperando o que foi tirado anteriormente, que o custo da ração, milho, soja, minerais, fertilizantes, combustíveis, energia eletrica, salários etc... subiram e continua subindo, mas o leite é o vilão, como outros produtos, como mtambém a carne.
Matozalém Camilo
MATOZALÉM CAMILO

ITUIUTABA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 05/03/2011

Acredito que a IN deve sim entrar em vigor. Porém todos os laticínios devem cumprir e exigir de seus fornecedores a qualidade do leite. Porque o que se vê até então, é que alguns laticínios cobram qualidade e pagam por qualidade enquanto outros não estão se precupando a mínima com o ítem qualidade do leite. Neste caso os fornecedores sem qualidade migram para os laticinios menos exigentes. A culpa maior de não adequarem suas qualidades, no meu entendimento, nem é tão grande dos produotres, mas sim dos laticínios que se submetem a coletar este leite. Se os laticinios tivessem levado a sério a IN deste o começo ( como fizeram alguns ) a grande maioria dos produtores pequenos ou grandes já teriam se adequado. A questão da qualidade não está no fato do produtor ser grande ou pequeno, mas sim está relacionado com a mentalidade do produtor de ver a importância de se adequar. Enquanto houver algúem coletando leite fora dos padrões, os produtores menos conscientizados continuarão a fornecer liete fora dos padrões. Logicamente existem algumas regiões de grande dificuldade ( na questão de estradas principalmente ) como mencionou meu amigo Feliciano da Emater MG. Estes casos deveriam ser analisadas à parte.


att,

Matozalém Camilo Neto
Médico Veterinário
Educampo
Ituiutaba MG
Durval Martins da Silveira
DURVAL MARTINS DA SILVEIRA

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/03/2011

Acho q a clase produtora de leite brasileira tem q escolher onde quer chegar.Alguns países e q são populosos,estão tendo crescimento de seus PIBs muito expressivos e o Brasil tem q evoluir p atender esta demanda.Não adianta ficarmos contemporizando,temos q ir a frente,somos um país continental com pontencial de produção de lácteos elevadíssima,agora se ficarmos nessa de sempre achar q o produtor é desinformado,não possui energia e etc a nossa pecuária leiteira vai continuar nesse q pode se chamar de sistema anti-econômico: em q o setor não tem preço, não investe em tecnologia,a produção não aumenta e produtor é mau remunerado.Temos q sair deste sistema e pra isso precisamos de exportar em escala importante.E prá isso precisamos investir em qualidade de toda cadeia produtiva do setor.
Durval Silveira.
Médico Veterinário
Roberto Trigo Pires de Mesquita
ROBERTO TRIGO PIRES DE MESQUITA

ITUPEVA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 26/02/2011

A IN51 simplesmente vai funcionar como um estilingue nas mãos dos beneficiadores e inspetores do leite cru que vão passar a "disparar uma saraivada de pedras nos telhados de vidro" da grande maioria dos fragilizados produtores nacionais, extremamente mal remunerados dentro de um sistema que privilegia o volume e não a qualidade das produções.

Está na hora de pensarmos em uma logística de captação diferenciada que viabilize a avaliação e preservação da qualidade do leite antes da coleta do mesmo e não apenas em termos de temperatura, densidade e acidez, que agregue valor ao leite entregue dentro dos padrões adequados e não simplesmente rebaixe o preço do reprovado.
Vigilato da Silva Fernandes
VIGILATO DA SILVA FERNANDES

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 25/02/2011

parabens Jose Carlos, concordo plenamente com vc...sua explanação foi educada, elegante e precisa....mais uma vez parabens.
Paulo Eduardo Pasquini Ferro
PAULO EDUARDO PASQUINI FERRO

MARINGÁ - PARANÁ

EM 24/02/2011

Boa tarde a todos,

Senhores, até quando vamos tampar o sol com a peneira? a uma decada a IN-51 vem sendo discutida e só agora os "tiradoures de leite" cairam em si. A realidade mundial do segmento lacteo força para uma melhora constante da qualidade de leite, e se o brasil não mehorar, sempre vamos ser um seleiro de produtos sem qualidade. Não acredito que devemos fazer um movimento contra a IN-51, e sim apoiarmos a implantação da mesma com limites menos agressivos e de maneira gradativa ir cobrando mais qualdiade.
JOSÉ CARLOS ZAUNRITH
JOSÉ CARLOS ZAUNRITH

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/02/2011

AIN51 sera a gota d´agua do nosso setor leiteiro. Isto se for implementada. Sera como a proibição do leite vendido na carroça (que ate hoje acontece em todas as cidades deste nosso Brasil varonil). Os pequenos laticinios seram extintos e olhem que estes vendem leite no spot p/ os grandes. Dentro das fazendas não temos muitas alternativas precisamos de investimentos na estrutura e manejo. Os produtores que não investiram no basico como melhorias de pastagens e genetica estão abondonando a atividade a largos passos. Se a normativa for aplicada como lei realmente ,teremos um day after na produçao leiteira do pais. Em contrapartida com os aumentos dos custos que observamos nos ultimos anos e o nosso cambio a estes valores não somos competitivos e ponto final. Tirando-se poucas propriedades que muita das vezes sao financiadas com outros recursos ou em outros sistemas de produção que o principal não é o leite poderão sobreviver. Não vejo muitos produtores a fim de encarar isso. Temos que avançar. Mas hoje vemos o leite perdendo espaço na vontade de investimento na area rural. Altos custos imobilizados na infra-estrutura e muito trabalho p/ se conseguir margem de cents por litro de leite. A qualidade é fator obrigatorio em qualquer produto ou serviço que se venda é fator essencial p/ qualquer empresa se manter na atividade ela tras beneficios p/ todos os envolvidos ate o consumidor final que e o nosso principal objetivo. Por tras de um produto honesto queremos ter o nosso reconhecimento da sociedade urbana.
Clemente da Silva
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 23/02/2011

Obrigado sr. Moacy Guilherme Botelho Coelho, por compartilhar comigo da mesma opinião em relação a qualidade do leite. É inconcebível que governos mesmo que seja da maior anarquia do mundo, possa permitir que se produza e se industrialize um alimento de primeiríssima necessidade e de tão alto valor nutritivo, indispensável a formação de ossos e dentes, necessário durante toda a vida de seres humanos, passe por mãos de pessoas sem a mínima noção dessas coisas e ainda pior, que esse produto seja finalmente assassinado dentro de uma linha industrial que segundo nossas leis trabalha dentro dos padrões estabelecidos e fiscalizados por ógão competente. É uma piada! Isso tem que acabar já!
Abraços,
Clemente.
Moacy Guilherme Botelho Coelho
MOACY GUILHERME BOTELHO COELHO

PINHEIROS - ESPÍRITO SANTO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 22/02/2011

Parabéns Clemente da silva, é por aí, NOMATIVA AGORA OU NUNCA, quem investiu acreditando nesta lei, que está esta balbúrdia,; Em épocoa de eleição não pode poquê é impopular, fora dela não pode porque o pobrezinho não teve condições! E quando é que vão poder? outra coisa! não tem pequeno nesta história não! São extrativistas mesmo! Quando chove tira leite, e , na sêca solta os animais pra morrer longe dos currais! São estes que não estão se adequando a normativa. TEM QUE SER AGORA! ( LEITE DAQUI PRA FRENTE É PARA PROFISSIONAL).
Samuel Guedes Borges
SAMUEL GUEDES BORGES

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/02/2011

Compartilho com diversas opiniões dos colegas, principalmente os técnicos. Não podemos balizar as coisas pelo IMPOSSIVEL, PELO DIFICIL, temos que buscar o MELHOR...
De forma geral, em meu estado, estamos enfrentando desafios com a qualidade do leite, principalmente por ainda nao termos um programa de pagamento por qualdiade. No entanto, se, segundo a matéria, Minas Gerais apresenta 75% de produtores adequados à IN51, nao vejo razão para não entrar em vigor. No entanto deve-se fazer um trabalho INTENSO e extensão rural (EMATER, LATICINIO) de educação dos outros 25%.

Sou a favor da IN, principalmente se queremos ser um país SERIO no setor leiteiro assim com a NOVA ZELANDIA.

O MAPA tem que cobrar, e de todos os estados da nação, não esquecendo as questões sociais do leite. Então deve ser um processo em que vai se aumentando a cada ano os desafio até chegar no resultado desejado.
Moacy Guilherme Botelho Coelho
MOACY GUILHERME BOTELHO COELHO

PINHEIROS - ESPÍRITO SANTO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 22/02/2011

Estamos como disse o humorista: "entre uma faca de dois legumes" de um lado a preocupação de quem não conseguio se adequar nos ultimos cinco anos! (não será com mais cinco, que irão conseguir).pois aí vem problemas das estradas que foge da administração dos produtores, tem a parte de investimentos que não fizeram até aqui! E não será daqui pra freste que farão! E tem o mais importante dos problemas; Todos que investiram durante todo este tempo, esperando esta bem dita, ou mal dita por outros, estão perdendo tempo e dinheiro, pois estão recebendo preços de leite sem nenhum cuidado,os tiradores de leite estão causando um prejuizo aos produtores de leite. Os investimentos foram altos em melhora de pastagens, irrigações,melhoras genéticas, tanques ~resfriadores, ordenhas mecanica, capacitação de pessoal e tantas coisas mais a espera da bem dita normativa, quando esta próximo de quem investiu tirar o dedo do "zói" novamente falam em prorrogação.Será quando vamos produzir com a qualidade exigida! Quando vamos ser realmente profissionais!Sei la !!!!! PREOCUPE SÓ UM POUQUINHO EM QUEM INVESTIU.
Clemente da Silva
CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 18/02/2011

Parabens Dr Fernando Melgaço, Grai Bel e Letícia Mendonça. Não da mais para contemporizar. Hoje em dia não existe mais produtor desinformado, nem ausência da informação, mesmo nos mais longinquos rincões desta terra. Existem sim é produtores acomodados e despreocupados com oquê produzem, uma vez que nunca ninguem lhes obrigou a produzir com higiene. Esse tipo de produtor, fará um grande favor a nação, se deixar de produzir leite e for criar minhocas, por exemplo. A IN51 está muito atrasada, está chegando tarde demais e ainda tem gente fungando, achando que vai prejudicar muita gente. Me perdoem os mineiros e gaúchos principalmente. Não quero aqui generalizar, pois nesses dois estados está a tradição em produzir leite e há muita gente produzindo com ótima qualidade tanto em Minas quanto no Rio Grande do Sul. Entretanto, é desses dois estados que sai o pior leite que o Brasil produz. Isso, não é por desinformação não senhores, é por mau costume mesmo, em produzir mal,porque segundo eles são mal remunerados...é oque dizem! Hora senhores, eu trabalhei em muitas empresas durante toda minha vida profissional, mas em nenhuma, apresentei um mau desempenho porque era mau remunerado, ou as normas da empresa eram contrárias as minhas aspirações. Quando me achava prejudicado, pedia as contas e saia para outra que me valorizasse. Acho que as pessoas não têm mérito nenhum em fazer bem feito qualquer trabalho a que se proponha. é uma obrigação do ser humano, fazer tudo com amor e respeito àqueles que vão consumir, ou utilizar algo que passou por nossas mãos ou nossa responsabilidade.
Aqui mesmo nesse artigo, vi comentários sobre qualidade do leite, infelizmente feito por mineiros, que não há estímulo para se produzir com qualidade. Da para engolir? Como disse o Graig Bel, não temos tempo para esse luxo de esperar. Há muito, estamos sendo atropelados, e levando a vida na flauta. A professora Letícia, diz que a tradição deve ser mantida, mas qualidade não é um plus, e sim uma obrigação. FALOU TUDO EM POUCAS PALAVRAS. o Dr Fernando Melgaço diz que o MAPA provavelmente irá prorrogar esse prazo. Eu, particularmente, acho que o MAPA nunca fez nada em favor da qualidade e pouco irá fazer daqui para frente, por isso também acho que irão prorrogar para que porcalhões, continuem a produzir lixo para por na mesa de seus compatriótas. A industria por sua vez, está torcendo para que as coisas continuem da mesma maneira, já que para eles, está ótimo! Acho por fim, que se o MAPA realmente quiser fazer alguma coisa para definir a questão deveria começar pelas industrias que recebem essa podridão que chamam leite e com auxilio de todo tipo de reconstituintes e estabilizantes, muitos deles nocivos à saúde humana, transformam isso em oque eles dizem que é leite, derivados, etc, e tal. E, a ANVISA Heim? Por onde anda quando se refere a qualidade do leite? Será que leite e seus derivados não seriam também da alçada da ANVISA?
Abraços e meus respeitos aos bons produtores de leit
Leticia Mendonça
LETICIA MENDONÇA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 17/02/2011

A tradição leiteira de Minas Gerais deve ser mantida sim, ninguém discorda disso. Mas nada impede que a tradição caminhe junto com a evolução e profissionalismo da atividade leiteira.

Leite de qualidade não é um plus que o produtor de leite pode ou não conceder a indústria e consequentemente ao consumidor dependendo do tanto que será bonificado por isso. Produzir leite de qualidade é uma obrigação. E eu não me refiro a produzir leite com qualidade utilizando modernos equipamentos de ordenha ou desinfetantes de última geração. Me refiro, por exemplo, à boa e velha solução de cloro, papel-toalha descartável e higiene das mãos dos ordenhadores. Isso não custa caro, e faz uma diferença enorme na qualidade final do nosso produto.

A IN 51 somente determina aonde devemos chegar. O fato dela estar em vigor ou não dificilmente vai mudar a opinião daqueles que se recusam a olhar pra frente e perceber que a produção de leite com qualidade é um caminho sem volta; a maioria daqueles que querem mudar, já estão pelo menos, tentando.

A informação de como produzir leite com qualidade está em todos os elos da nossa cadeia: técnicos, instituições de extensão e pesquisa, internet, associações, cooperativas. Queremos falar em competitividade, exportação, valorização da atividade e até mesmo em preço de leite? Façamos primeiro o nosso dever de casa.
paulo martins meira junior
PAULO MARTINS MEIRA JUNIOR

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/02/2011

concordo com a IN51, desde que o produtor seja remunerado de acordo com as exigencias,pois do jeito que está , estamos pagando para produzir, o governo quer qualidade com preços baratos, com os insumos,maquinarios e mão de obra subindo e alem de tudo o governo importando leite subsidiado,e cobrando impostos cada vez mais(estamos pagando agora até para vender bezerros) fica dificil
JOÃO FRANCISCO DALLA CORTE
JOÃO FRANCISCO DALLA CORTE

OUTRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/02/2011

Vendo as diferentes opiniões dos colegas. Concordo plenamente com a opinião do senhor Craig Bell. O leite é um alimento nobre, e estremamente perecível. A IN51 na verdade ja deveria ter entrado em vigor, pois seus limites de qualiddes estabelecidos ainda não equivalem aos de nossos concorrentes. O produtor deve encarar que esta produzindo um alimento, e cada vez mais os consumidores presam por qualidade, principalmente o de paises de primeiro mundo. E encaro que a entrada em atividade da IN51 tende a tornar os produtores um pouco mais profissinais no setor de um modo geral, não somete no quisito qualidade.

Atenciosamente
João Francisco Dalla Corte
Ronaldo Marciano Gontijo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/02/2011

Não temos mais como esperar para que a IN 51 entre em vigor. Enquanto tivermos esta concorrencia desleal dentro de nosso país nunca conseguiremos ter um valor melhor do nosso produto. É inacreditavel que ainda seja comercializado leite em latões, leite com residuos de antibioticos, leite com CCS acima de 2.000.000, UFC acima de 1.000.000. Isso é um absurdo. A gente se esforça para fornecer um leite de boa qualidade, sem nehum residuo, e somos obrigados a concorrer com tiradores de leite que fornecem o que chamam de leite por preços simbolicos. Assim não dá, alguem tem que tomar uma atitude.
Darlani Porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/02/2011

O leite, por ser um produto nobre, e sendo de pouco valor para o produtor, não cobrindo nem os custos de sua tirada, está na hora do governo ajudar de alguma forma nós produtores . A cobrança por qualidade e´ muito importante , mas o principal é a sobrevivivencia dos chamados pequenos produtores.
CRAIG BELL
CRAIG BELL

JABORANDI - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/02/2011

O problema é que o resto do mundo não para de avançar no quesito de qualidade de leite e infelizmente a qualidade do leite no Brasil tem que melhorar muito para concorrer, ou mesmo obter acesso aos mercados internacionais mais exigentes.

Depois de quase uma década para se adequar a IN51, vamos demorar mais uma década para implementar normas com limites ainda bem mais liberais que outros países? Não queremos avançar no assunto de qualidade do leite enquanto o resto do mundo fica ainda mais na frente? Acho que não temos esse luxo. IN51 deve entrar em vigor esse ano.

Atenciosamente


Craig Bell
Vigilato da Silva Fernandes
VIGILATO DA SILVA FERNANDES

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 15/02/2011

se querem acabar com pecuaria de leite do estao de minas,,e so colocar a normativa 51 pra funcionar. Acredito que 70% dos currais de leite seriam fechados se de fato a fiscalização for efetiva. Experimenta pra ver...Acho triste isso, lamentavel ao invés de haver uma politica de assistência tecnica, captalização do setor, melhoria de infra-estrutura, politica de melhoria de preços, o MAPA vem com regras que o produtor nao tem a menor condição de cumprir. LAMENTO TUDO ISSO...
Fernando Melgaço
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 15/02/2011

Aqui entra o que chamamos de bom senso. Acredito que o MAPA vai prorrogar esse prazo,pois é isso que recomenda o bom senso, dado as dificuldades que enfrentam os pequenos produtores de leite,para atenderem o que recomenda a referida Instrução Normativa 51.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.
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