Parmalat busca se reerguer no país

Trinta e oito anos depois de iniciar sua operação no Brasil, a Parmalat tenta se reerguer no país. A marca, que vive à sombra do pedido de concordata em 2004 e denúncias de adição de soda cáustica e água oxigenada no leite em 2006, tem planos para voltar a ocupar as gôndolas brasileiras até dezembro. A estratégia é suportada na recuperação da confiança do consumidor, investimento em portfólio e marketing.

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Trinta e oito anos depois de iniciar sua operação no Brasil, a Parmalat tenta se reerguer no país. A marca, que vive à sombra do pedido de concordata em 2004 e denúncias de adição de soda cáustica e água oxigenada no leite em 2006, tem planos para voltar a ocupar as gôndolas brasileiras até dezembro.

"Parmalat é sinônimo de leite e um ícone como marca. Hoje ela é tão forte quanto nos anos 90. Pesquisas mostram que o bonding (fidelidade) da Parmalat é superior ao de outras marcas. Quem mais se aproxima hoje é a Paulista, da Danone, que se for à venda (a operação de leite) nos interessa", afirma Fernando Falco, presidente da Leitbom S.A., negócio de leite da GP Investments que detém a marca Parmalat, LeitBom, Ibituruna, Poços de Caldas, Paulista (a franquia só para requeijão), Lady e Glória.

Esse portfólio foi constituido em março, quando foi formado um consórcio entre a Laep Brasil (Latin America Equity Partners), a última controladora da Parmalat, e a Leitbom S.A. O contrato lhe rendeu a licença para operar a marca Parmalat no país para produzir e comercializar lácteos até 2017.

Atendendo diferentes regiões do país e públicos de renda variada, a Leitbom vê na reativação das marcas Parmalat e Glória, e no fortalecimento do portfólio da Poços de Caldas, uma forma de ampliar sua rentabilidade e fugir dos prejuízos que afetam o mercado de leite em tempos de preço em declínio.

Em 2009, a Leitbom faturou R$ 550 milhões e até o final de 2010, pretende chegar a R$ 1 bilhão. O executivo acredita que com condições adequadas de produção e mercado, a receita mensal da empresa pode chegar a R$ 130 milhões. Ontem (22), a Leitbom informou ao mercado ter aprovado a contratação de empréstimo de R$ 67 milhões junto ao Itaú BBA. Segundo Falco, o valor será usado como capital de giro para financiar o crescimento da companhia.

Falco prevê estimular o consumo de Parmalat a partir da recuperação da confiança do consumidor. Para isso, resgatará a associação da marca com o técnico Luiz Felipe Scolari (de volta ao Palmeiras) em comerciais de TV. Está no planejamento deste ano gastos na ordem de 7% da receita para financiar o marketing.

Para atender o que chama de "demanda reprimida do mercado por produtos variados", Falco teve que ir ao campo para reconquistar os produtores de leite que, no começo, não aceitaram fechar contratos. Hoje, o executivo garante contar com 24,2 mil produtores de leite de todo país. São oito fábricas, cinco da LeitBom e três da Laep, espalhadas pelo país e uma nona terceirizada.

A matéria é de Françoise Terzian e Ruy Barata Neto, publicada no jornal Brasil Econômico, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.


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João Fernando dos Santos
JOÃO FERNANDO DOS SANTOS

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/07/2010

Parabéns a Leitbom e seus administradores, são pessoas sérias e não formariam um consórcio sem a plena certeza de sucesso. Torcemos realmente.....
Marcio P. Villa
MARCIO P. VILLA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/07/2010

Em primeiro lugar essa empresa deveria cumprir os pagamentos pendentes aos produtores desde o ano passado. Na região de Votuporanga -SP, desde que assumiram a operação do antigo laticínio Sonata - Lady, a gestão foi sempre conturbada penalizando sempre os produtores com as faltas constantes de pagamentos.
Concordo plenamente com o Sr Paulo Alcantara da Silva Jr.
Quando será que virão a publico dizer que estão pagando os seus fornecedores?
Recomendo aos amigos produtores que façam pesquisa detalhada antes de entrar como fornecedores dessa empresa.
Paulo Alcantara da Silva Junior
PAULO ALCANTARA DA SILVA JUNIOR

SANTO EXPEDITO DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/07/2010

Bom de duas uma:

Ou eles estão falidos ou tem más intenções.

Produtores, transportadores fornecedores etc... estão sem receber desde o começo do ano, só aparecem para divulgar que estão comprando empresas ou recebendo dinheiro de fundos.

Acho uma total falta de respeito, primeiro vão pagar as contas para depois ficar anunciando que estão afim de comprar alguma coisa.

Marcio de oliveira castro
MARCIO DE OLIVEIRA CASTRO

SANTA FÉ - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/07/2010

Parabéns a leitbom, por reerguer essa marca, e espero que a leitbom venha a formar parceria com nós aqui , na nossa região de ARAGUAÍNA-TO,que venha a parmalat novamente para alegria de consumidores e produtores.
LINDOMAR BUENO
LINDOMAR BUENO

XANXERÊ - SANTA CATARINA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 24/07/2010

Parabéns a esta empresa que trabalhei e com muito orgulho torço muito por ela....
Marcos Teixeira da Silva
MARCOS TEIXEIRA DA SILVA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 23/07/2010

É a milésina tentativa da parmalat de se reerguer. Como é que vai se reconstruir uma empresa com plantas industriais antigas e que tem 80% do seu negócio concentrado em leite longa vida, que possui margens baixissimas. Quanto a leitbom, a empresa, também de parque indústrial ultrapassado, passa por sérias dificuldades conforme fontes do mercado. Será que o dinheiro empregado nesse projeto não irá para o ralo, como todos as tentativas de reerguer a parmalat. Será que os controladores dessas empresas não estão com dois problemas na mão, que foram comprados por um valor muito acima do mercado e agora valem menos da metade.
João Marcos Guimarães
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 23/07/2010

Torço para que a marca PARMALAT volte e volte forte. É uma marca que foi construída com o trabalho inicial muito bonito,participei dele, depois foi se prostituindo e chegou onde está.Lamentável.
Ela ainda tem forças e vai se reerguer tal qual Fênix.
Qual a sua dúvida hoje?