Uma posição firme foi expressa pelo presidente do Centro Médico Veterinário de Paysandú, Lauro Artia Almirón, durante a inauguração da 46ª Conferência Uruguaia de Buiatria que ocorreu recentemente. Lauro expôs que - sem o compromisso de todas as partes envolvidas - é arriscado comprometer o plano de luta contra a febre aftosa.
Ele disse estar convencido de que para uma campanha de saúde funcionar bem, além dos aspectos técnicos, é necessário o compromisso e a participação dos produtores, médicos veterinários, indústria e autoridades sanitárias. Também, destacou que - neste caso da campanha da febre aftosa - tanto a nível nacional como a nível de países vizinhos, “há várias opiniões contrárias para a retirada da vacina, em nome de importantes representantes e de diferentes setores".
“Atualmente, o mercado japonês para a nossa carne está prestes a abrir, um dos mercados com maior poder de compra, graças ao fato de que conseguimos manter um status sanitário privilegiado, com o esforço de todos os envolvidos na cadeia”, acrescentou o profissional. Esse status foi revalidado recentemente na 86ª sessão da OIE, onde o Uruguai ratificou a condição de Risco Insignificante para Encefalopatia Espongiforme Bovina, Livre de Febre Aftosa com Vacinação de peste bovina e equina e se declarou pela primeira vez livre da peste nos pequenos ruminantes.
Por outro lado, Artia destacou como um desenvolvimento positivo a criação de um grupo de trabalho para redefinir objetivos e estratégias dentro da Direção Geral de Serviços de Pecuária (DGSG), que articulará as atividades das divisões de Saúde Animal (DSA), Indústria Animal (DIA) e Laboratórios Veterinários (Dilave) nas campanhas de brucelose e tuberculose. O profissional disse ainda que um aspecto importante a melhorar são as dificuldades administrativas para a execução dos pagamentos de indenização do Fundo para Doenças Prevalentes, aspecto fundamental da campanha, que também deve ser articulado.
As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint.