Para EUA, China continuará comprando bastante leite em pó

De acordo com artigo publicado no informativo "Export Profile" do Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, sigla em inglês), um dos principais indicadores do mercado global de lácteos para o ano de 2011: o poder de compra de leite da China. A indústria começou o ano querendo saber se o apetite voraz da China por lácteos importados poderia continuar.

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De acordo com artigo publicado no informativo "Export Profile" do Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, sigla em inglês), um dos principais indicadores do mercado global de lácteos para o ano de 2011: o poder de compra de leite da China.A indústria começou o ano querendo saber se o apetite voraz da China por lácteos importados poderia continuar.

As compras de leite em pó integral do país aumentaram em quase quatro vezes em 2009 (para 177.000 toneladas) e em 84% no ano passado, quando chegaram a 325.000 toneladas. Agora, com dados de cinco meses de 2011, parece que seus hábitos de compras se manterão por pelo menos mais um ano: de janeiro a maio, as importações de leite em pó cresceram 54%, para 212.000 toneladas, bem acima do ritmo do ano anterior.

"Uma combinação de fatores suportam o caso para a China continuar sendo uma fonte de pressão positiva nos preços globais dos lácteos", disse o vice-presidente sênior do USDEC, Marc A. H. Beck. "A forte economia chinesa continua direcionando o apetite dos consumidores e o país não pode suprir suas próprias demanda de lácteos".

A China perdeu grande parte de sua capacidade de processamento devido a questões recentes de segurança e a economia da produção de leite agora desestimula a rápida expansão que marcou o desenvolvimento do setor nos anos noventa e começo dos anos dois mil, fornecendo uma vantagem às importações. "Enquanto os preços globais se alinham favoravelmente com os custos de produção na China, nós teremos oportunidades".

A China continua lutando contra a reputação de baixa segurança alimentar. Notícias divulgadas na mídia em junho trouxeram uma nova rodada de ceticismo sobre os produtos alimentícios domésticos e, especificamente, sobre os lácteos. A associação oficial de lácteos alegou que o setor de processamento aceitou padrões mais tolerantes de leite cru em 2010. Um executivo de uma das maiores processadoras de lácteos do país disse que "os padrões de produção de leite da China são praticamente os piores do mundo". O próprio governo chinês emitiu um relatório muito honesto que dividia a culpa por repetidos escândalos de segurança alimentar entre a "supervisão ineficiente do Governo", a baixa disseminação de requerimentos de regulamentação e a falta de escrúpulos dos processadores de alimentos e bebidas.

As críticas, que ganharam uma ampla cobertura da mídia na China, vieram após um já duro começo do ano, que incluiu alegações de presença de proteína hidrolisada de couro no leite, um caso letal de nitritos no leite e descobertas adicionais de produtos lácteos contaminados com melamina.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disseram em seu relatório de previsões agrícolas de 2011-2020 que esperam que levará "vários anos" para restaurar a confiança dos consumidores chineses, apesar dos esforços do país para fortalecer a vigilância. O relatório estima que a participação da China no mercado global de compra de leite em pó aumentará em mais de 13% nesse ano (de cerca de 11% em 2010). Apesar disso de suas previsões graduais de compra declinarem até 2016, os dias em que a China comprava de 50.000 a 150.000 toneladas (alcance de compras anuais de 2000-2008) são coisa do passado. O poder de compra da China ficará em cerca de 350.000 toneladas em 2016 e, então, gradualmente começarão a aumentar novamente.

Figura 1


As informações são da USDEC, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/08/2011

Prezados Senhores: A China, realmente, tende a ser (se já não é) o mais novo "tigre" que vem da região. Basta ver a sua expansão comercial pelo mundo, com marcas de automóveis competitivas, inovadoras e de qualidade. Também, em outro setores, a produção "made in China" tem lugar de destaque, atualmente. Com a economia aquecida e a população de grande porte da China, o consumo de alimentos, que era, já desde longos anos, uma constante preocupação, passa a ser a maior de todas. Entre eles, o setor de lácteos tem sido o que mais se destaca, com importações expressivas. Recentemente, aqui em Juiz de Fora, Minas Gerais, realizou-se um encontro internacional voltado para a produção de leite e que teve como mote as relações comerciais entre Brasil e China. Isto demonstra a importância deste novel mercado. Tomara que não esbarremos no problema da qualidade de nossos produtos na caminhada para a exportação, que pode nos tirar deste marasmo em que nos encontramos e fornecer alguma esperança de melhora no mercado da produção de leite, com maiores preços e aumento significativo de consumo externo.


Um abraço,








GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG
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