Para esse indicador, o IBGE não tem um base comparativa. No Censo Agro de 2006, os dados sobre “terras ocupadas” incluíam o uso por comodato — quando existe um acordo ou contrato de ocupação das terras entre as partes. Na atual edição, o uso por comodato foi calculado separadamente. “O comodato não configura uma ocupação irregular. É comum em São Paulo, por exemplo, o proprietário deixar alguém morar na sua terra sem custo, com o compromisso de tomar conta”, disse Antonio Florido, gerente da pesquisa do IBGE.
O total de terras concedidas por órgão fundiário, mas ainda pendentes de titulação definitiva de propriedade, era de 6,06 milhões de hectares no ano passado, crescimento de 1,8% em relação a 2016. A pesquisa mostrou também que 82% dos estabelecimentos estão em terras próprias. Outros 6,3% estão situados em terras arrendadas.
De acordo com o IBGE, o país tem 5.072.152 estabelecimentos agropecuários, que ocupam uma área total de 350.253.329 hectares. Essa área cresceu em 16,573 milhões de hectares em comparação a 2016. Essa expansão equivale ao território inteiro do Estado do Acre, por exemplo.
As informações são do jornal Valor Econômico.