ONU e OCDE pedem código de conduta contra a fome

A ONU e a OCDE pediram que a comunidade internacional estabeleça um código de conduta que regulamente o setor agrícola e coordene conhecimentos e atividades na luta contra a fome e a desnutrição no mundo. Este pedido foi feito em informe conjunto da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) em Roma. A OCDE espera que o código de conduta, cujas negociações são realizadas na sede central da FAO em Roma, regulamente os investimentos e elimine os subsídios.

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A ONU e a OCDE pediram que a comunidade internacional estabeleça um código de conduta que regulamente o setor agrícola e coordene conhecimentos e atividades na luta contra a fome e a desnutrição no mundo. Este pedido foi feito em informe conjunto da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) em Roma. A OCDE espera que o código de conduta, cujas negociações são realizadas na sede central da FAO em Roma, regulamente os investimentos e elimine os subsídios.

Os orgãos reconhecem ainda a necessidade de "que o mundo produza o suficiente para alimentar sua população" e destaca que, "os recentes aumentos de preços e a crise econômica contribuíram para o crescimento da fome e para a insegurança alimentar."

Segundo os dados da FAO, cerca de um bilhão de pessoas sofrem de desnutrição, o que traz a necessidade não apenas de aumentar a produção e a produtividade agrícola, mas também de "regulamentar o sistema comercial", sustentam os autores do informe. "Se os preços dos alimentos continuarem altos de forma contínua, seguirão afetando negativamente a segurança alimentar, em especial entre a população pobre que destina uma parte importante de sua renda para comprar alimentos", explicam a FAO e a OCDE.

O Brasil figura junto com China, Rússia, Índia e Ucrânia entre os maiores produtores agrícolas da próxima década, segundo um informe conjunto da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) apresentado ontem (15) em Roma.

"O Brasil é o produtor agrícola com o crescimento mais rápido, e um aumento previsto de 40% até 2019", sustenta o informe ilustrado à imprensa por Jacques Diouf, diretor-geral da FAO, e pelo mexicano Angel Gurría, secretário-geral da OCDE. O documento aponta para um crescimento da produção agrícola mundial mais lento durante a próxima década em comparação com os últimos dez anos e calcula que os preços médios dos alimentos subirão entre 2010 e 2019. O aumento da produção agrícola será superior a 20% na Rússia, Ucrânia, China e Índia, estima o documento "Perspectivas Agrícolas". Para Gurría, "o setor agrícola mostrou sua capacidade de resistência às recentes instabilidades de preço e à crise econômica."

O especialista latino-americano convidou os governos a colocarem em marcha "medidas para garantir que futuros agricultores contem com as ferramentas para enfrentar riscos futuros, como contratos de produção, sistema de seguros e mercados de futuros", disse.

Por sua vez, o diretor-geral da FAO advertiu que "o papel dos países em desenvolvimento nos mercados internacionais cresce de forma rápida e condiciona cada vez mais o mercado mundial". "Seu papel e contribuição às questões políticas globais é de grande importância", explicou. Diouf lembrou que apenas 2% da população dos países desenvolvidos produz a quantidade de alimentos requerida em seus países, enquanto nos países em desenvolvimento essa porcentagem é de 60% a 80%.

A reportagem é do Jornal Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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Fernando Melgaço
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 17/06/2010

A fome no mundo sempre foi uma das minhas grandes preocupações,principalmente nos países pobres,estando entre esses os da África Sub-Saariana,região mais pobre do mundo.
A meu ver,o problema da fome no mundo está mais ligada à má distribuição do que da produção de alimentos.Sabemos,por exemplo que,no caso do leite,existem grandes estoques de leite-em-pó em muitos países ricos,enquanto noutros a falta de leite,mormente para as crianças,constitui-se num sério problema de subnutrição.
Não há dúvida de que a retirada dos subsídios à produção de alimentos nos países ricos,resultaria num incremento da produção nos países pobres e emergentes.Entretanto,todos nós sabemos o quanto será difícil essa tarefa,visto que aqueles países dificilmente retirarão os subsídios,temendo um grande êxodo dos produtores para as grandes cidades,além de tornarem-se dependentes da importação de alimentos de outros países,principalmente dos emergentes,estando entre eles o Brasil com sua grande capacidade de produzir alimentos.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.
Carlos Eduardo Costa Maria
CARLOS EDUARDO COSTA MARIA

ANHEMBI - SÃO PAULO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 16/06/2010

O Brasil tem todas as condições para se firmar como principal produtor de alimentos no cenário internacional e esta reportagem (muito bem adaptada pela equipe da MilkPoint que sempre faz um bom trabalho de divulgação de notícias importantes para nosso meio) deixa claro esta condição que o Brasil ostenta,desde que façamos a nossa parte,principalmente na adequação de um código florestal viável na promoção de uma agricultura e pecuária sustentável e de um máximo de preservação ambiental,com uma ação mais efetiva das instituições governamentais na implementação de um plano de crescimento do setor com adoção de politicas desenvolvistas (aperfeiçoamento dos subsídios credíticios,uma ampla revolução nos serviços extensionistas e melhoria na logistica de escoamento e armazenagem da produção).
Qual a sua dúvida hoje?