Olam assume controle de mega fazenda no Uruguai

A maioria dos acionistas da empresa leiteira de capitais neozelandesas, New Zealand Farming Systems Uruguay (NZFSU) aceitaram a oferta feita pela multinacional Olam International, empresa produtora de commodities de Cingapura, de 51,04 centavos de dólar por ação.

Quando faltavam três dias para o fechamento da oferta, a Olam comunicou que possui 50,1% das ações da NZFSU e, dessa maneira, será a empresa que terminará de executar o projeto original de produção intensiva de leite no Uruguai, que ainda não foi completado em sua totalidade.

Segundo um informe de um consultor independente contratado pela NZFSU, para terminar o plano original, são necessários US$ 62,6 milhões, dos quais serão investidos US$ 17 milhões em irrigação e US$ 11 milhões na construção de novas fazendas leiteiras. A Olam já comunicou aos acionistas da NZFSU que tem a capacidade e os recursos financeiros para cumprir com esse objetivo de expansão.

No ano passado, a firma realizou uma emissão de dívida de US$ 30 milhões, mas estava autorizada pelo Banco Central a emitir até US$ 90 milhões. No último ano fiscal da NZFSU, fechado em junho, a empresa produziu 68 milhões de litros de leite, com 31 fazendas em funcionamento. O rebanho da firma chega a 55.000 cabeças. Esse ano, a empresa pode reduzir suas perdas para US$ 15 milhões.

Desde que iniciou suas atividades há dois anos, a firma neozelandesa registrou importantes perdas operacionais. Atualmente, o fornecedor mais importante da firma é a Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) e, até agora, não se sabe se a Olam introduzirá alguma mudança nessa estratégia.

As informações são do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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