No Oeste da Europa, o preço médio do leite em pó integral (US$ 3.625/t) apresentou queda de 4% em relação à quinzena anterior, com valores entre US$ 3.450/t e US$ 3.800/t. O valor médio do soro de leite foi de US$ 887,5/t, queda significativa de 17,4% em relação à quinzena anterior, sendo cotado entre US$ 775/t e US$ 1.000/t - foi o maior reajuste entre os valores médios de exportação no Oeste da Europa. O preço médio do leite em pó desnatado foi de US$ 3.087,5/ton, apresentando deflação de 3,1% em relação à quinzena anterior, e seus preços variaram entre US$ 2.975 e US$ 3.200/ton. Os valores médios da manteiga foram US$ 4.650/t, apresentando leve alta em relação à quinzena anterior, de 1,1%.
A produção de leite no Oeste da Europa continua a apresentar crescimento, com alguns países já no seu pico de produção. O assunto mais importante no mercado europeu foi a decisão da Comissão Europeia de recolocar no mercado manteiga e leite em pó desnatado provenientes de seu estoque de intervenção. Os estoques de manteiga na Europa estão baixos e analistas acreditam que essa intervenção terá um impacto positivo. Em relação ao leite em pó desnatado, porém, a expectativa do impacto do mesmo no mercado europeu e internacional, segundo analistas, é ainda incerta. Contudo, a maior parte da comercialização do produto tem sido realizada no mercado interno comum.
Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral ficou em US$ 3.900/t, com valores entre US$ 3.700/t e US$ 4.100/t, apresentando queda de 3,1% frente à quinzena anterior e mantendo-se superior ao preço médio do Oeste Europeu. O valor médio do leite em pó desnatado recuou 5,6% em relação à quinzena anterior, ficando em US$ 3.400/ton, com preços variando entre US$ 3.000/t e US$ 3.800/t, foi o maior reajuste entre os valores de exportação da Oceania. O preço médio do queijo cheddar fechou a US$ 4.000/t, com valores entre US$ 3.800/t e US$ 4.200/t, apresentando leve queda (1,2%) em relação à quinzena anterior. Os valores médios da manteiga foram de US$ 4.100/t, leve alta de 1,2% em relação à quinzena anterior.
Na Ocenia, a safra 2009-2010 praticamente terminou. Na Nova Zelândia, a seca, especialmente na Ilha Norte, diminuiu a oferta de leite no fim safra, com os produtores secando seus rebanhos e reduzindo o número de ordenhas diárias mais cedo do que o de costume. A projeção é que o volume produzido nessa safra seja próximo ao do ano anterior.
Para significativa parcela dos produtores neozelandeses, a antecipação do anúncio de maiores preços para a safra 2010-2011 serviu de incentivo a investimentos em produção. Na Austrália, estima-se que a produção de leite em abril será 2,5% maior frente ao mesmo período em 2009. Mesmo assim a previsão é de redução de 4% na produção da safra 2009-2010 frente à safra 2008-2009.
Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

Médias em Maio
Para o mês de maio, os preços médios de exportação no Oeste da Europa e Oceania apresentaram alta para a maioria dos produtos em relação a abril. Na Oceania, os maiores reajustes em relação ao mês anterior foram da manteiga (7,2%), apresentando valor médio de US$ 4.075/ton em maio, e do leite em pó integral (5,7%), com valor médio de US$ 3.962,5/ton. O preço médio do queijo cheddar para o mês apresentou leve alta de 1,58% em relação a abril, ficando em US$ 4.025/tonelada. O leite em pó desnatado foi o único produto da Oceania que apresentou leve queda (1,4%) em seu valor médio de exportação, sendo valorado em US$ 3.500/tonelada.
No Oeste da Europa, a manteiga também apresentou o maior reajuste (10,8%) de preço para o mês de maio, sendo cotada a US$ 4.625/ton. O preço médio mensal do leite em pó desnatado (US$ 3.137,5/t) e do leite em pó integral (US$ 3.700/t) apresentaram valores praticamente estável em relação ao mês de abril, variando 0,4% e 1,5%, respectivamente.
Gráfico 3. Preços do leite em pó integral no mercado internacional - Oeste da Europa, Oceania e leilão da Fonterra.

As informações são do USDA e da Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.