NZFSU aumenta receita no Uruguai, mas resultado ainda não é positivo

A empresa leiteira de capitais neozelandesas, New Zealand Farming Systems Uruguay (NZFSU), controlada pela multinacional Olam International, empresa produtora de commodities de Cingapura, fechou seu exercício fiscal em 30 de junho com perdas de US$ 8,7 milhões, piorando seu resultado com relação aos US$ 7,9 milhões de 2010, segundo comentários preliminares de seu balanço, devido aos maiores custos operacionais e impacto da seca.

Apesar desse desempenho pior, as receitas da companhia cresceram em 91% com relação ao ano anterior, com US$ 43 milhões. A remissão de leite à Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) passou de 68 milhões de litros em 2010 para 105,3 milhões de litros em 2011. Além disso, o preço médio por litro de leite enviado à planta passou de US$ 0,28 por litro para US$ 0,381 por litro em 2011.

O valor do rebanho leiteiro aumentou de US$ 8,1 milhões em 2010 para US$ 21 milhões esse ano. O número de cabeças passou de 56.153 para 62.483 em junho de 2011.

Os custos operacionais das fazendas aumentaram de US$ 20,9 milhões em 2010 para US$ 47 milhões em 2011. O maior aumento desse item foram os cultivos e os custos de alimentação, que passaram de US$ 6,1 milhões no ano passado para US$ 21,1 milhões esse ano.

Outro fator que incidiu nesse desempenho foi a seca, que afetou o centro do país (Flórida) durante seis meses, que elevou os custos de alimentação no Uruguai.

A empresa espera que a produção de leite continue aumentando, bem como as receitas e os custos. No entanto, com condições normais (sem seca), as receitas cresceriam mais que os gastos, portanto, espera-se fechar com um resultado positivo antes dos juros e impostos para o próximo exercício. A reportagem é do El País Digital.