NZ e UE têm recuo nos preços em maio

Segundo dados divulgados pela <i>Land-en Tuinbouw Organisatie</i> (LTO - Nederland), Federação de Agricultura e Horticultura da Holanda, os preços pagos ao produtor, em dólares, em maio/2010 apresentaram recuo na Nova Zelândia e Europa, e alta nos Estados Unidos, em relação ao mês anterior. Em maio, os preços do leite na Nova Zelândia, recuaram 4,24% (de US$ 0,3520/kg para US$ 0,3371/kg), comparados a abril. Na Europa, os preços recuaram 3,16%, de US$ 0,3712/kg no mês de abril para US$ 0,3595/kg em maio. Nos Estados Unidos, houve alta de 3,79% em comparação ao mês anterior (de US$ 0,3221/kg para US$ 0,3344/kg).

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Segundo dados divulgados pela Land-en Tuinbouw Organisatie (LTO - Nederland), Federação de Agricultura e Horticultura da Holanda, os preços pagos ao produtor, em dólares, no mês de maio/2010 apresentaram-se recuo na Nova Zelândia e Europa, e alta nos Estados Unidos, em relação ao mês anterior.

Analisando o gráfico 1, observa-se que em maio de 2010 os preços do leite na Nova Zelândia, em dólar, apresentaram um recuo de 4,24% (de US$ 0,3520/kg para US$ 0,3371/kg - valor considerando leite contendo 8,6% de gordura + proteína), comparados a abril. Na Europa, os preços, em dólar, recuaram 3,16%, de US$ 0,3712/kg no mês de abril para US$ 0,3595/kg em maio. Nos Estados Unidos, houve alta de 3,79% em comparação ao mês anterior (de US$ 0,3221/kg para US$ 0,3344/kg).

Na Europa, os maiores preços foram praticados na Itália, com a Granarolo pagando 0,3398 euros por quilo (US$ 0,4270/kg), em média.

Vale ressaltar que, em euros, os preços apresentaram variação positiva para as três regiões. As quedas dos preços, em dólar, são devidas a maior relação euro/dólar no mês de maio (1 euro = US$ 1,2565) em relação a abril (1 euro = US$ 1,3406).

Comparando os preços pagos ao produtor (valores nominais) com maio de 2009, as variações, em dólar, foram todas positivas e significativas. Na Europa, a mesma foi de 8,9%, na Nova Zelândia de 41% e nos Estados Unidos de 34,8%.

Gráfico 1. Evolução dos preços na Europa, Brasil, Argentina, Uruguai, Nova Zelândia e EUA, em US$/litro.

Figura 1

No Brasil, o preço médio ao produtor, em dólar, ficou em US$ 0,4403/kg em maio.

Equipe MilkPoint


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Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/07/2010

Riscos da comparação de preços ao produtor em diversos paises em US$

A matéria "NZ e EU tem recuo dos preços ao produtores em maio", publicada no Giro Lácteo do Milkpoint em 06/07/2010, apresenta um gráfico com a evolução dos preços aos produtores no Brasil, na União Européia, na Nova Zelândia/USA, na Argentina , e em maio os preços seriam os seguintes:

Brasil .............US$ 0,44/litro
UE .................US$ 0,36/litro
NZ/USA ....... US$ 0,34/litro
Argentina ...... US$ 0,32/litro

Aparentemente o preço de US$ 0,34 da NZ/USA representaria uma média do mercado mundial, com os preços na EU 5,9% maiores, na Argentina 6,0% menores, e a grande distorção seria o Brasil, com os preços 29,4% maiores.

Todavia se ao invés de uma taxa de câmbio de 1 US$ = R$ 1,75 a taxa de câmbio fosse de 1 US$ = R$ 2,26, ou seja, uma desvalorização de 29,4% do real frente ao dólar americano, o preço ao produtor no Brasil resultaria em US$ 0,34/litro, igual ao da NZ/USA, na média do mercado mundial.

No Brasil produzimos leite em Reais, e todos sabemos que o Real está supervalorizado com relação ao dólar americano, e qualquer comparação simplista dividindo os preços recebidos pelo produtor aqui pela taxa de câmbio introduz a distorção da taxa cambial, sobre a qual o produtor de leite não tem nenhuma ação.

Temos alertado ao Governo e a indústria nacional, que ao analisar os preços pagos aos produtores e a competitividade da pecuária leiteira nacional não se pode fazer essa comparação simplista, que introduz a distorção cambial, que pode afetar a sustentabilidade econômica da produção de leite até mesmo para os produtores mais eficazes, colocando em risco a auto-suficiência para o abastecimento do mercado interno e levando o País a voltar a ser significativo importador de leite como acontecia até o passado recente. É bom lembrar o equivalente em leite fluido do balanço do leite em pó representou importação de 0,5 bilhão de litros em 2009 e até o meio deste ano importação já atingiu cerca de 0,15 bilhão de litros.

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
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