O Primeiro Ministro neozelandês, John Key, ficou satisfeito com o acordo. “Esse acordo dará a nossos exportadores um acesso melhor ao mercado de mais de 800 milhões de clientes em 11 países da Ásia e do Pacífico, e ajudará às firmas neozelandesas a fazer negócios externos. Em particular, a TPP representa a primeira relação de acordo de livre comércio da Nova Zelândia com a maior e a terceira maior economia do mundo – Estados Unidos e Japão”.
Sucessivos governos da Nova Zelândia trabalharam tentando alcançar esse acordo por 25 anos. “Ele disse que a TPP eliminará tarifas sobre 93% das exportações da Nova Zelândia para novos parceiros de livre comércio – Estados Unidos, Japão, Canadá, México e Peru. “Estamos desapontados que não houve acordo para eliminar todas as tarifas para os lácteos, mas no geral, é um acordo muito bom para a Nova Zelândia”. Muitas preocupações levantadas anteriormente sobre a TPP não se refletiram no acordo final. Por exemplo, os consumidores não pagarão mais por medicamentos subsidiados como resultado do acordo.
“Nós vimos com a China como o acordo de livre comércio pode impulsionar as exportações de bens e serviços e aprofundar o comércio e as relações de investimentos”, disse ele “O benefício geral da TPP para a Nova Zelândia foi estimado em pelo menos NZ$ 2,7 bilhões (US$ 1,75 bilhão) por ano até 2030”. Key disse que o Governo está negociando com vários outros países e buscando ativamente um acordo de livre comércio com a União Europeia (UE).
A eliminação de tarifas prevista como parte do acordo economizaria NZ$ 259 milhões (US$ 167,95 milhões) por ano quando totalmente implementado. A Nova Zelândia, por sua vez, teria que remover NZ$ 20 milhões (US$ 12,96 milhões) por ano em tarifas sobre as importações de países da TPP. Os países que estão incluídos na TPP, além da Nova Zelândia, são: Estados Unidos, Japão, Canadá, México, Peru, Austrália, Cingapura, Brunei, Chile, Vietnã e Malásia. A Nova Zelândia já tem um acordo de livre comércio com a China, separadamente.
Embora o acordo no setor de lácteos tenha sido menor do que o esperado, Groser acredita que dentro de poucos anos, uma vez que o acordo estiver estabelecido, pode haver um clima político para acelerar algumas eliminações de tarifas. Mas houve alguns ganhos. Nos Estados Unidos, por exemplo, as tarifas serão retiradas dentro de 10 anos para fórmulas infantis e alguns queijos.
O acordo será transformado em texto e divulgado dentro de 30 dias. A Associação de Companhias de Lácteos da Nova Zelândia (DCANZ) disse que está desapontada com o acordo, que não traz benefícios ao setor. “Sempre foi bem difícil considerando que o setor de lácteos é um dos mais protegidos globalmente”, disse o presidente da DCANZ, Malcolm Bailey. “Embora a maior abertura de mercado seja necessária para ajudar na questão da volatilidade de preços no mercado global de lácteos, o acordo contém algumas melhorias úteis”.
Ele disse que a DCANZ fará uma avaliação completa à medida que mais detalhes da TPP sobre lácteos se tornarem disponíveis. “A remoção de distorções dos mercados globais de lácteos continuam sendo uma importante prioridade para a DCANZ. Estaremos acompanhando de perto a política comercial nas próximas semanas e conversando com o governo para definir o caminho a seguir”.
O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a conclusão do acordo TPP foi pequena, mas um passo significativo para o setor de lácteos. “A TPP foi um empreendimento enorme”, disse ele. “Embora o resultado para o setor de lácteos esteja longe de estar perfeito, apreciamos o esforço significativo feito pelo ministro Groser e seus negociadores para obter alguns ganhos no acesso a mercados para nossos produtores”.
Em 06/10/15 – 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,64849
1,54204 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
As informações são do https://www.nzherald.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint.