Nilza decide futuro amanhã em assembleia

A assembleia para avaliar mudanças no plano de recuperação judicial da Indústria de Alimentos Nilza ocorrerá na próxima terça (19). Pela proposta encaminhada ao juiz Héber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP), a empresa receberá a injeção de R$ 4,5 milhões para o pagamento de dívidas trabalhistas estimadas em R$ 4,2 milhões.

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A assembleia para avaliar mudanças no plano de recuperação judicial da Indústria de Alimentos Nilza ocorrerá na próxima terça (19), às 10h, sem a necessidade da maioria simples dos credores. Pela proposta encaminhada ao juiz Héber Mendes Batista, da 4ª Vara Cível de Ribeirão Preto (SP), a empresa receberá a injeção de R$ 4,5 milhões para o pagamento de dívidas trabalhistas estimadas em R$ 4,2 milhões.

Como a Nilza está fechada desde junho, a receita viria da venda da unidade industrial de Campo Belo (MG), para a Novamix Indústria e Comércio de Alimentos, que já tem arrendada a planta. O negócio prevê ainda a cessão de algumas máquinas e da marca Fazenda Mineira de leite longa vida, produzida pela Novamix, também fabricante dos queijos Quatá. Os R$ 4,5 milhões são a diferença entre os R$ 2,9 milhões já pagos pela Novamix e os R$ 7,4 milhões previstos para serem amortizados em até seis anos, período do arrendamento.

"É um valor irrisório diante do tamanho do ativo da Nilza e não podemos concordar com isso" disse Lucas Terra Gonçalves, advogado do Sindicato da Indústria de Alimentação de Ribeirão Preto, que representa cerca de 130 ex-funcionários da Nilza. Segundo ele, além dos R$ 4,2 milhões de dívidas trabalhistas que devem ser pagas obrigatoriamente até o dia 21 de outubro, a Nilza tem cerca de R$ 4,5 milhões de rescisões contratuais de empregados demitidos após a aprovação do plano de recuperação judicial.

Pela estratégia da Nilza, com a venda da unidade de Campo Belo a empresa conseguiria adiar em mais um ano a possível falência. Isso porque, em outubro de 2011 começa o pagamento dos pequenos produtores que forneciam leite para a empresa e foram incluídos no plano de recuperação judicial. No total, a dívida, incluindo os credores financeiros, soma R$ 340,8 milhões. Caso a nova proposta não seja aceita pelos credores, dificilmente a Nilza escapará da falência, pois teria de pagar a parcela de dívidas trabalhistas daqui a uma semana. A indústria tem ainda processadoras em Ribeirão Preto (SP) e de Itamonte (MG). Ambas foram fechadas em junho de 2010 e tiveram todos os funcionários demitidos.

A Nilza tem como donos o empresário Adhemar de Barros Neto, com 65%, e o Fundo de Participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar), com os 35% restantes. A empresa foi procurada por meio da advogada Sílvia de Luca, única porta-voz da Nilza, que ainda não se manifestou.

A matéria é de Gustavo Porto, publicada na Agência Estado, adaptada pela Equipe MilkPoint.


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