Neozelandeses ordenharão 25.000 vacas no Uruguai

Na próxima primavera, os neozelandeses estarão ordenhando cerca de 8% das vacas que o Uruguai tem produzindo leite e, inclusive, manejarão mais animais que todos os produtores que fornecem leite à Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) - ao todo, 13.888 vacas.

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Na próxima primavera, os neozelandeses estarão ordenhando cerca de 8% das vacas que o Uruguai tem produzindo leite e, inclusive, manejarão mais animais que todos os produtores que fornecem leite à Cooperativa Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (Conaprole) - ao todo, 13.888 vacas.

O setor leiteiro uruguaio segue com muita expectativa pela instalação da megafazenda leiteira de capitais argentinos , que deverá ordenhar 8.800 vacas manejadas em sistemas de confinamento. Porém, a expectativa é ainda maior sobre o investimento neozelandês da New Zealand Systems Uruguay, que planeja ordenhar 25.000 vacas em seus 31 estabelecimentos instalados no Uruguai, o que representa 8% do rebanho leiteiro do país.

Segundo a Câmara Uruguaia de Produtores de Leite, no Uruguai há entre 400.000 e 420.000 vacas leiteiras, das quais 75% (cerca de 300.000 cabeças) estão em plena produção. Esses animais estão produzindo 1,5 bilhão de litros anuais, com uma média de 13 litros por animal em sistemas de produção menos produtivos, e com fazendas modelo que têm uma produção média que ronda os 26 litros diários.

Embora o setor leiteiro do Uruguai apoie os investimentos estrangeiros porque permitirão crescer e exportar mais, teme o impacto que terá sobre os preços no mercado em razão da compra de insumos e de animais, para formar seus rebanhos.

As informações são do El País Digital, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.


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Marcello de Moura Campos Filho
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/07/2010

Para onde irá todo esse leite?

Pode-se estimar que o investimento de argentinos para ordenhar 8.800 vaca em confinamento produzirá 250.000 litros/dia e o investimento de neozelandeses para ordenhar 25.000 vacas produzirá 370.000 litros dia, totalizando 620.000 litros dia.

Com certeza esse leite não se destinará ao mercado interno do Uruguai mas sim para exportação.

O Real sobre-valorizado em cerca de 30% com relação ao dólar americano representa uma concorrência desleal para o produtor e para a indústria brasileira e facilidade para importação.

A planta que a Bom gosto pretende implantar no Uruguai ( que dependeria apenas de incentivos fiscais do governo daquele país ) seria para processar 600.000 litros dia. Coincidência?

A porteira para importação de leite do Uruguai está aberta. Será que esse leite seria exportado para o Brasil?

Se esse leite for exportado para o Brasil, representa cerca de 0,2 bilhões de litros ano, o que já caracterizaria o Brasil novamente como importador significativo de leite como já o foi no passado recente. E mais, isso pode ser apenas a ponta do iceberg.

Esses fatos indicam que é importante que as entidades que representam os produtores e as indústrias brasileiras discutam com o Governo brasileiro com urgência essa porteira livre para importação de leite do Uruguai, que poderá causar grande estrago à cadeia produtiva brasileira e á geração de renda e postos de trabalho no interior do Brasil.

Marcello de Moura Campos Filho
Presidente da Leite São Paulo
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