MT: agentes opinam sobre reajuste dos preços

O presidente da Comissão do Leite da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso), Alessandro Casado, diz que a importação do leite de países como a Argentina e o Uruguai aumentaram a oferta do produto e forçou a queda nos preços ao produtor. "Estamos vendendo por cerca de R$ 0,65 o litro, 3 centavos a menos, sendo que nosso custo é de aproximadamente R$ 0,60 por litro".

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso, Eldon Sontag, diz que a redução, porém, não deve perdurar muito tempo, pois em breve os custos aumentarão e a oferta vai diminuir com o período de estiagem. "Ainda não sabemos de quanto será o aumento. Não será muito, mas em agosto teremos uma noção depois de contabilizar o impacto do inverno na região do país e na Argentina".

Já o proprietário da rede de Supermercados Modelo, Altair Magalhães, explica que a redução nos preços é consequência de mais oferta do produto. "O maior comprador de leite e derivados do Estado não comprou o que normalmente compra, com isso há um excedente de produção e o preço caiu". Magalhães diz que por causa da chuva que teve este mês, a alta no preço deve adiar um pouco mais e em outubro o consumidor deverá sentir os impactos. Nos supermercados de Cuiabá, os preços chegam a R$ 1,72, 21% a menos do que chegou a ser comercializado na entressafra de 2009, quando o leite custava em média R$ 2,20.

A matéria é de Laís Costa Marques, publicada na Gazeta Digital/MT, resumida e adaptada pela Equipe MilkPoint.


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